Capítulo 21: De novo!

1 mês depois...

“...Os acontecimentos recentes têm assustados e muito, a população tanto trouxa quanto bruxa. Afinal, sabemos quem está por trás deles, ou melhor, sabemos quais pessoas estão por trás disso. Os comensais da morte, como auto intitula o Lorde Das Trevas, estão “tocando o terror” na população trouxa.

No mundo trouxa, os jornais mostram cada vez mais mortes aparentemente sem causa, mas todos sabemos o que aconteceu: Vitimas do poderoso feitiço das trevas, a maldição da morte: Avada Kedavra....”

Hermione abaixou o jornal com raiva. Já era o 4° artigo sobre isso naquela semana! Morte no mundo trouxa; Mundo trouxa aterrorizado; Trouxas assassinatos...

Onde que isso iria parar?!

– É, pelo visto Voldemort voltou à ação. – disse Harry, sussurrando apenas para Rony, Gina e Hermione. Depois contaria para o resto.

– Nós ainda temos que ir atrás de seis Horcru...

– Cinco. – Harry interrompeu Hermione. – Afinal, eram sete, ok, destruímos o Diadema de Ravenclaw, menos uma, seis. Mas ele já destruiu a Horcrux que estava em mim, então, não seriam sete nesse tempo, e sim, seis. Menos o Diadema... Cinco.

– Ok, mas ainda sim, temos que ir atrás de cinco Horcruxes. – disse Hermione. – Já sabemos onde todas estão, certo?

– Certo. – disse Harry. – A Taça está no cofre de Bellatrix, o medalhão está na caverna, já que Regulo ainda não o pegou, o Diário está no cofre dos Malfoy , o Anel na casa dos Servolos e Nagini... Eu realmente preciso dizer onde Nagini está?

– Então, - começou Rony, que ate então estava apenas comendo e prestando a atenção. – sabemos onde todas as Horcruxes estão. Entao, - concluiu mais uma vez. – é só ir lá pegar e depois destruímos na sala precisa.

– Fala baixo, Rony! – Hermione sussurrou, meio que gritando. – E não é tão simples assim, “ir lá pegar”. Pra isso, temos que ter um plano, e muito bem traçado. O Gringots não é tao fácil de se roubar, lembram da ultima vez?

– Claro. Minha bunda ainda doe, por causa daqueles espinhos de dragão. – comentou Rony, passando a mão rapidamente na bunda.

– Rony, - chamou Hermione. – nós nem sentamos naquele dragão.

Harry riu e Rony ficou vermelho.

– Ah, é.

Hermione rolou os olhos.

– Como eu ia dizendo, não é fácil roubar o Gringots. Da ultima vez, caímos naquele poço sem fundo que anulou a poção. – ela suspirou. – Temos que ter um plano de mestre, algo que nos deixe no escuro, sem eles saberem o que fizemos

...

...

...

...

...

– Não foi isso que eu quis dizer...! – gritou Hermione, enquanto voavam no dragão. De novo.

– Pelo menos deu tempo de pegar os dois! – gritou Harry. – E qual é a do dragão mais uma vez?!

– Tivemos que escapar de algum jeito, Potter! – gritou Gina. – E eu ainda quero saber que história é esse de “dragão mais uma vez”. Vocês não vão me escapar!

– Eu queria saber o que deu errado dessa vez... – começou Hermione, pensativa. – Soltem! – ela gritou para os outros.

E mais uma vez eles caíram no mar. Nadaram até a ilha já conhecida pelo trio, e Hermione secou suas roupas.

– Ufa. – Rony suspirou aliviado. – Essas roupas pesam!

– Acredite, aposto que um uniforme de quadribol pesa muito mais. – disse Hermione. – Mas enfim, eu queria saber o que deu errado dessa vez. Quer dizer, fizemos como da ultima vez, mas dessa vez sem poção polissuco... Nós não caímos naquele precipício encantado...

– Fizemos até no escuro dessa vez... – disse Harry, aborrecido.

– Mas gente, até que tudo deu certo: nós não fomos reconhecidos, não fomos presos... – disse Gina, claramente olhando pelo lado positivo.

– É, mas continuamos nesse fim de mundo. – Rony estreitou os olhos. – Pelo menos nossa roupa tá seca.

– De nada Rony. Que isso, não foi nada... – resmungou Hermione. – Bom, vamos? – falou, estendendo a mão.

Harry segurou a mão direita de Hermione, Gina segurou a mão direita de Harry e Rony segurou a esquerda de Hermione.

– Vamos pra onde...? – gritou Rony, sentindo seu umbigo ser puxado.

– Hogsmeade? – ele perguntou, quando finalmente a sensação ruim de aparatar passou.

– Sim, onde mais? – Hermione riu. – Temos que voltar pro castelo, ou você se esqueceu que ainda estamos tendo aula?

– Ah, é... Aulas... Tão divertido. É o meu passatempo preferido. – Rony disse, sarcástico.

Eles haviam saído no mesmo dia do anuncio de jornal. Planejaram tudo pela manha e foram depois do almoço. Não falaram com ninguém, nem com Dumbledore.

Quando chegaram à escola, já era a hora do jantar.

– Onde será que eles foram? Já está anoitecendo e eles ainda não apareceram! – disse Lily, nervosa.

– Calma Lily, eles já chegam por ai. – falou Sirius, sem tato algum com a amiga.

– Não me peça pra me acalmar, Black! – ela abaixou a voz. – É o meu filho que sumiu!

– E é o meu afilhado também! – ele revirou os olhos. – Eu estou preocupado também, Lilian, mas só acho que se ele estivesse em perigo, teria nos avisado.

– Ah, como se você não o conhece. – foi à vez de Lilian revirar os olhos. – Você sabe como ele é, Black! É igual a você e ao Potter.

– Hãm... Lily querida, você está se esquecendo de que ele é um Potter, e que você vai virar uma também. – James disse, dando um sorriso de canto no final.

– Não, eu não estou me esquecendo, mas fala a verdade: O que você faria na situação deles? Tenho certeza que não seria avisar.

– É ok, ela venceu, Almofadinhas.

Sirius bufou e cruzou os braços, parecendo uma criança mimada.

– Sirius... – chamou Marlene, sorrindo.

– Oi? – ele perguntou ainda emburrado.

– Quantos anos você tem? – ela perguntou, piscando inocente.

– Você sabe que eu tenho 17. – ele respondeu mal humorado. – Por que quer saber?

– Por nada, querido. – ela respondeu, ainda se fazendo inocente. – Só que, as vezes, suas atitudes me lembram uma criança... Só achei que você deveria saber que, geralmente, pessoas com essa idade têm atitudes dessa idade. – ela explicou lentamente, como se falando com um retardado.

– Mais tarde eu te mostro as atitudes dessa idade. – ele sorriu malicioso, finalmente deixado a birra de lado.

Marlene gargalhou, sabia que Sirius iria responder algo parecido.

– Ei, olha eles lá. – apontou James.

– Finalmente! – disse Sirius. – Achei que iria ter que levar, eu, Sirius Gostosão Black, uma ruiva preocupada pro St. Mungus!

– E por quê? – perguntou Rony, mal se sentando e colocando um monte de comida em seu prato.

– Porque a senhorita toda-estressadinha aqui... – ele viu o olhar mortal de Lily e abaixou a cabeça, olhando pro seu prato de comida quase intocado. – Nada não. – respondeu, coçando a nuca.

– Ótimo. – disse Lily, enfiando com raiva, um garfo na boca.

– Lily, Meu Lírio, cuidado com isso, pode se machucar. – disse James.

– Cala a boca, James.

– Ok, calei.

– Então, vão nos contar onde estavam?

Sirius, Lilian, Marlene, Remo e Dorcas, que estavam conversando entre sí, se viraram na direção do quarteto.

– Er... Bem... Sabe o que é... – tentou Harry, passando a mão no cabelo nervosamente. Lily arqueou a sobrancelha, olhando o gesto. Harry rapidamente, sob o olhar de Lilian, abaixou a mão, tentando concentrar-se em uma boa resposta. – Então...

– Então, vai nos contar ou não? – perguntou Sirius, impaciente.