Supernatural

Apenas um sonho... de amor?


— Você tinha razão, Lili – disse Ella enquanto observavam a lua cheia pela varanda do quarto de hotel.

— Sobre o que? – disse Lili sorrindo – Eu tenho razão sobre tantas coisas.

Ella deu um soco, de brincadeira, no queixo de Lili, sorrindo

Ella hesitou em falar – acho que gosto dele.

Lili olhou pra irmã como se perguntasse o que ela queria dizer com aquilo então Ella falou por pensamento “Dean”.

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— Ah! – disse Lili seriamente – Isso tem a ver com o que o djin lhe fez ver? – Ella assentiu com a cabeça.

— Eu descobri que o que eu mais queria é construir uma vida tranquila, ter uma família igual a que nos nunca tivemos. Não sentir como se tudo à nossa volta fosse um enigma. Tínhamos construído uma família com eles, um lar... bem louco diga-se de passagem, mas com direito a crianças e cachorros. E o mais importante, éramos felizes Todos nós. – Lili olhava encantada pra irmã enquanto ela falava – queria que tivesse visto como foi bom, foi mágico. Queria que tudo fosse verdade... Acho que estou ficando emotiva e carente de mais e esse ai é o seu papel - Lili estendeu a língua para a irmã sorrindo. – E você com o que sonhou?

— Nossos pais, a tia Rachel, Leo e...

— Raphael, né?

— É. Estavam todos vivos, e felizes. Leo estava casado com Gabrielle e eu... Você sabe, eu não ficava com ninguém por que tinha o Diogo e Raphael e eu não queria magoar nenhum dos dois. Não quero falar sobre isso. Se não vou acabar chorando e Dean e Sam vão pensar que eu só sei chorar e me meter em encrenca. – Ela sorriu com os olhos cheios d’água

— Não se preocupe eles não pensam isso, eles têm certeza. – disse Ella rindo

Elas riram juntas e se abraçaram. Passados alguns minutos foram se sentar ao lado dos irmãos.

— To com fome, vamos comer um hamburger?– disse Ella – tem algum lugar legal por aqui?

— Tem um bar que toca umas musicas bem legais e o cheeseburguer de lá é divino. – disse Dean.

— Ah não! – resmungou Sam enquanto Dean abria a porta pra Lili e Ella saírem – já tem duas semanas que você me faz ir naquele bar que toca as mesmas breguices.

— Olha lá como fala do rock – disse Lili voltando pra puxá-lo pela mão.

Os quatro saíram no impala de Dean. Sam e Dean estavam com a tradicional calça jeans com uma camisa de malha uma camisa de botões aberta e um casaco. Lili e Ella também estavam de calça jeans. Ella usava uma camisa folgada preta com escrituras em indianas em branco e Lili usava uma bata branca.

Eles chegaram ao bar e se sentaram numa mesa perto do palco onde uma banda tocava

— A versão do Joey Ramone de What a wonderful world – disse Lili

— A musica é tão linda e fizeram essa coisa horrorosa com ela – disse Sam pra provocar Lili que rolou os olhos aceitando a provocação

— Aceita um desafio? – perguntou ela

Ella e Dean se entreolharam pensando onde aquilo iria parar

— Aceito.

— Se eu perceber que você está curtindo essa musica a próxima você dança comigo.

— E se não você vira uma caneca de cerveja. – disse Sam

— Aceito – disse Lili se divertindo com a situação

Quando a musica chegou no refrão Lili percebeu que Sam estava balançando a cabeça animado, no ritmo do som. Se pôs de pé – ARÁ! Vai ter que dançar comigo.

Sam sorriu pra ela deixando claro que aquilo tinha sido de propósito

— Com o maior prazer!

Quando acabou Sam se levantou e estendeu uma mão pra Lili

— Aceita essa dança?

Lili gargalhou e pegou a mão dele se levantando. Ella se levantou e correu até o rapaz que estava cantando e cochichou no ouvido dele

— Vocês podem tocar Patience do Guns and Roses?

Sugestão: ouça a música pra ler essa parte do capítulo!

O cantor assentiu e comunicou o resto da banda. Ele começou a assoviar como Axl. A música começou e Lili colocou as mãos atrás do pescoço de Sam e ele colocou as mãos na cintura dela.

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— Sempre me disseram que eu sou alta – disse Lili – mas você realmente é muito, muito alto!

— Um tema de alguém que está sem graça com a situação. – Sam riu - Mas eu vou morder sua isca. Dean só foi maior que eu até eu completar quinze anos depois eu espichei.

Os dois sorriam enquanto conversavam

— E o patinho feio fica com a garota. – Disse Dean que observava os dois. Ele afastou a cadeira da mesa e se recostou com a garrafa de cerveja na mão.

Ella olhou o rosto dele de perfil. Ele estava pensativo olhando pra o nada.

— Dean – Ella parou e respirou fundo, o ar úmido daquele lugar – Eu não sei se você reparou que na noite em que dormimos naquele motel perto do Road House, eu e Lili acordamos no meio da noite de um jeito só um pouquinho diferente.

— Só um pouquinho? – Disse Dean sarcástico – Lili deu um grito que poderia ter acordados todos do hotel se a maioria dos hospedes não parecessem tão bêbados, e você... Bom, você se jogou em cima de mim – Dean sorriu de um modo sedutor.

Ella olhou para ele incrédula e ergueu uma sobrancelha.

— Não! Eu não me joguei em cima de você, eu caí em cima de você, o que é bem diferente! Bom... eu e Lili, somos muito unidas, Tia Rachel dizia que essa ligação toda que temos é apenas porque somos gêmeas. Mas eu acho que é mais do que isso. Naquela noite quando eu consegui dormir, eu tive um sonho que no começo foi como uma lembrança extremamente feliz. E por incrível que pareça Lili também estava tendo o mesmo sonho, e nós tínhamos consciência disso. Foi tão estranho Dean, era como se nos duas estivéssemos voltado no tempo e nos vendo de frente, junto com a minha a família, só que de repente um homem apareceu, e tudo ruiu.

— Um homem? Que homem?

— Era ele. O demônio do olho amarelo. Ele disse que estávamos nos metendo em algo que não era da nossa conta e que se pularmos fora agora, ele poderia nos poupar como poupou o meu irmão por um tempo... – ela olhou para Lili e Sam que ainda dançavam – Ou então... Sei lá, mas aí com um simples gesto dele Lili começou a se contorcer de dor, eu não sei o que aconteceu, talvez eu deva ter bloqueado o sonho e então eu acordei com o grito dela que aliás, foi por isso que eu cai em cima de vossa majestade, e eu já lhe pedi desculpas.

— Em italiano.

— Sim, mas não deixa de ser desculpas. - Ella voltou seu olhar pra ele.

Depois de um silencio que pareceu uma eternidade Dean perguntou.

— E você pretende obedecê-lo depois do que aconteceu?

Ella o olhou com um meio sorriso nos lábios.

— É claro que não! Eu quero ajudar, não quero ele faça mal a mais ninguém, nenhuma criança vai crescer órfã como eu por causa dele. Ele nos amaldiçoou. Você pode ter certeza eu ainda vou ver aqueles olhos amarelos escurecerem.

— Eu concordo com você, mas se quiser matar ele, entra na fila, porque o primeiro tiro vai ser meu.

— Eu não me importo com quem vai dar o primeiro tiro, mas eu vou está lar.

— Você sabe que vai ser difícil, né? Ele se esconde muito bem e o padrão de vida de um caçador não é muito o estilo de garotas. – Dean dava a ultima golada no restante de cerveja e já fazia sinal para que o bar man trouxesse outra.

— O que você quer dizer?

— Eu quero dizer que essa vida é cheia de desconfortos, motéis baratos, comida ruim, horas na estrada de um lugar a outro do país, nomes falsos, identidades falsas, violência...

— Então mais uma vez Dean Winchester está me desqualificando por ser mulher. – Disse Ella com um ar meio engraçado no rosto – Pois saiba o senhor que eu sou muito adaptável, eu não tenho frescura. Eu gosto do velho e bom rock in roll, adoro pegar estrada e tenho que te confessar eu sempre quis viver as margens dá lei como nos filmes. Então, acho que o senhor deve parar de me subestimar e se acostumar com a nossa presença – Ella encarava Dean com ferocidade e ele tinha um meio sorriso nos lábios.

— Ham... Eu não quis dizer isso eu só queria dizer que – Dean começou a tentar se explicar, mas logo foi cortado.

Eles ficaram alguns segundos calados até que ele disse

— Roqueira, entende de carro e ainda por cima é linda. Garota... – ele deu uma pausa pra olhar pra Ella – Você tem que casar comigo!

— Quem sabe... em Vegas?

Mais alguns momentos de silencio e Ella disse:

— Você acha que quando matarmos o demônio as pessoas que ele matou irão voltar?

— Desculpe, mas você está falando com um caçador e não com um diretor de cinema! – Dean olhou pra Ella que agora fitava o nada com uma expressão triste. Depois de alguns segundos ele disse – Você falou meu nome.

— Oi? – as orelhas dela queimaram de vergonha. Ela sabia do que Dean estava falando

— Quando estava naquele salão dos horrores, na hora em que te encontrei, você estava dizendo meu nome.

— Claro que não. Você estava sonhando, Dean! – disse Ella desviando o olhar dele. Então ele arrastou a cadeira pra perto dela.

— Eu também sonhei com você – disse ele pondo a mão no queixo de Ella, forçando a olhar pra ele – mas meu sonho não lhe fez justiça.

Ella sorriu, mas Dean continuava sério. Ele olhava os olhos castanho escuros dela.

— Se quer saber, eu beijei você no meu sonho.
— Beijou? – Ella olhou com um sorriso – E eu beijei bem?

— Não lembro. Beija de novo!

Então Dean que estava com a mão em em seu queixo arrastou até chegar à nuca e depois puxou seu rosto pra perto e apertou os lábios contra os dela.

— Lili, olha só – disse Sam mostrando os dois. Eles sorriram

— Achei que eles nunca iam se entender! – Sam olhou sem entender. – Vocês homens são tão insensíveis. Se isso fosse um programa de televisão todos os telespectadores já teriam entendido que Ella gosta de Dean. É tão obvio.

— Tem razão, vocês mulheres podem ser ilegíveis, mas também podem ser transparente como água.

— Me de um exemplo.

— Você iria adorar que eu fizesse uma coisa agora.

— O que? – disse Lili baixando o rosto com os olho arregalados

Então Sam à puxou pra mais perto e agora haviam dois casais se beijando no meio do salão na noite gay de um bar qualquer dos EUA