Caramba! Eu estava mesmo gostando dele, e quem sabe, ele de mim. Eu só pedia a cada segundo que ele fosse diferente, que ele gostasse de mim de verdade e não fosse como os outros; que fingiam gostar de mim pra depois rir da minha cara.

Meu irmão não estava em casa. Ótimo! Dava pra ouvir música no último volume.

Já no meu quarto lembrara que havia esquecido o celular no banco do passageiro, não tinha jeito; eu teria que ligar. E assim fiz. Cinco toques e ele já havia atendido.

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Havia muito barulho e eu só conseguia ouvir risadas vindo do banco de trás.

Lucas: Alô? É a menina que eu dei carona hoje?

Eu: Isso, Isabella, eu mesmo.

Lucas: E aí, tá boa?

Ouvi uma voz sussurando do fundo: “mais uma idiota que acredita que você gosta dela?”. Não consegui ouvir a resposta. Continuei.

Eu: Tô sim, é que eu esqueci meu celular aí, esse aí que você tá usando, no seu carro, certo? Onde posso pegá-lo?

Lucas: Te entrego segunda na aula, pode ser? É que eu estou meio ocupado… - ele respondeu, com uma voz meio constrangida, sem esquecer que amanhã já era sábado.

Eu: Ah, pode ser.. Então, é só isso.. Tchau.

Lucas: Tchau, beijos. - desligamos.

Abri minha bolsa para pegar minha carteira. Encontro um papel todo embolado, parecia um rascunho. Tinha escrito:

“Como você me dói de vez em quando…”

Caio Fernando Abreu. Tinha que ser alguém realmente muito chegado pra saber que eu era apaixonada pelos trechos dele. Agora uma pergunta dominava minha mente: quem colocou aquele papel ali?