Love Story
Capítulo 4: Ah como Eu Queria que Sonhos Virassem Realidade...
- Filipe, você está prestando atenção no que eu falo?-bronqueou Gabriella olhando para o menino com uma sobrancelha arqueada.
- Na verdade... não.-respondeu ele com sinceridade.
- Mas você tem que prestar! É aquele negócio: você se ajuda que eu te ajudo também, poxa!
Filipe ajeitou sua cadeira de forma que ela ficasse de frente para a da monitora, olhou para ela e perguntou:
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Gabriella, posso te contar uma coisa?
- Conte. Você não estava prestando atenção mesmo.
- Eu não preciso de ajuda em matemática. Minhas notas são ótimas e mesmo eu ficando com 30 eu passo.
- Então por que você me pediu ajuda, criatura?
- Você tem certeza que não sabe?-falou ele. Gabriella se calou. – A verdade é que eu queria ter você por perto e não consegui outra maneira a não ser essa disso se realizar.
- Eu não entendo. Por que logo eu?-disse a menina olhando para o chão.
- Porque desde que você fez meu curativo eu não paro de pensar em você. Porque você me encantou com seu jeito doce. E porque eu amo você.
A morena olhou para ele, mas não conseguiu falar nada. Só se rendeu ao beijo inesperado de Filipe. O beijo mais especial de sua vida. Seu primeiro beijo.
- Eu também te amo. Muito, muito...
- Gabriella! GABRIELLA!-gritou o menino, e a morena deu um salto da cadeira.
- O que aconteceu?-perguntou a menina meio zonza.
- Eu estava falando uma conta e você dormiu. Acho que o que aconteceu com Beatriz te afetou um pouco.
- Ah, então aquilo foi um sonho?-disse a menina com uma cara triste.
- Aquilo o que?-intrigou-se Filipe.
- Nada. Nada demais.
- Eu acho que por hoje está bom. NOSSA! Já são quase dez horas! Como o tempo voou!
- QUASE DEZ?! MEU DEUS! MINHA RONDA DE GALA!-exclamou a menina pegando seu fichário e saindo correndo para fora, sendo seguida por Filipe, que perguntou:
- Você vai rodar a escola toda sozinha?
- Bom, eu estou torcendo pra não encontrar ninguém.-respondeu a garota observando cada canto do corredor por onde passavam.
- Nem pensar! Eu te acompanho.
- Acho lindo seu gesto, Filipe, mas pode ir se deitar. Estou acostumada a fazer essa ronda.
- Não! Eu quero te fazer companhia. Eu gosto de te fazer companhia.-falou docemente o garoto, fazendo o coração de Gabriella acelerar.
- Se você insiste tanto, o que eu posso fazer?-se rendeu ela.
Depois de um tempo os dois não tinham nada pra falar. Na verdade eles tinham, mas estavam com vergonha o suficiente para ficarem calados.
- Gabriella...-chamou Filipe
- Sim?
- Me conta o seu sonho? O que você teve na biblioteca...
- NÃO!-falou a menina em um tom mais alto.
- Por que?-insistiu o chefe do time de futebol.
- Quer dizer... Era um sonho bobo, nada a mais que isso.-justificou a menina que estava visivelmente nervosa.
- Se era bobo porque você está assim tão nervosa?
- Eu não estou nervosa u.u
- Está sim. \\õ/
- Não estou. u.u
- Está sim. \\õ/
- Não estou. ò.ó
- Está sim. \\õ/
- AAAH!-gritou Gabriella se jogando nos braços de Filipe assustada ao ouvir um barulho realmente estranho. - Que barulho foi esse?
- Não sei, mas quando eu descobrir me lembre de agradecê-lo.-respondeu o garoto olhando para a menina e rindo.
- Muito engraçado. ¬¬
- Vamos ver o que é?-perguntou ele dando a mão para a monitora e indo na direção do som esquisito. Gabriella ficou ligeiramente corada com o toque do garoto.
- O que é?
- Shi! É um gatinho.
- Gatinho? *-*
- Aham. Filhote.-disse Filipe soltando a mão da menina e pegando o filhotinho.- Parece que ele não tem menos de uma semana.
- Que gracinha *-*
A menina ficou realmente encantada com o gatinho bebê. Bom, todos ficariam. Ele tinha pêlo branquinho como a neve e uma carinha muito fofa. Parecia estar pedindo ajuda.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Bach.-disse a monitora.
- O que?-intrigou-se o menino.
- O nome dele. Bach, o meu gatinho.
- SEU GATINHO?-gritou o garoto.
- Fique quieto! Se o diretor te ver ele...
- Eu o que, senhorita Fristich?-perguntou o rabugento diretor Albert, fazendo Gabriella e Filipe gelarem e esconderem o gatinho atrás de suas costas.
- O senhor iria nos cumprimentar e ir dormir, porque, nossa! Está muito tarde.-tentou reverter a situação o menino.
- Não me venha com suas gracinhas, senhor Geardheart. Vocês dois estão encrencados por estarem sozinhos na escola de noite.
- Não culpe o Filipe, senhor Albert. É minha culpa. Eu tinha que fazer minha ronda de gala e pedi para que ele me acompanhasse. Por favor, não fizemos nada demais.-disse a monitora em um tom de piedade.
- Isso é verdade senhor Geardheart?-dirigiu-se para o capitão do time de futebol, que recebeu um beliscão de Gabriella e afirmou com a cabeça.
- Viu? Só complique a mim, senhor. Eu falhei, me desculpe.-falou a menina.
- A senhorita está encrencada, senhorita Gabriella. Bastante encrencada. Amanhã bem cedo se dirija a minha sala para uma conversinha.-terminou o diretor se virando e indo embora.
- Por que você disse aquilo?-interrogou Filipe.
- Porque eu sei o quanto especial é o time de futebol pra você. E porque eu não queria que você se desse mal por minha culpa.
- O que tem haver o time de futebol com... Oh não! Você é monitora!
- Era.-corrigiu a garota sorrindo e pegando o gatinho no colo.
- Eu sou um idiota!-exclamou o garoto frustrado.
- Claro que não é!
- Se eu não tivesse insistido em ir com você provavelmente nada disso teria acontecido.
- Se você não tivesse insistido em ir comigo provavelmente eu não teria... não teria encontrado meu gatinho.-disse Gabriella. Mas ela deu a entender que queria ter falado outra coisa.
- Você vai ficar com ele mesmo?
- Vou. E vou assumir todas as responsabilidades que um gatinho proporciona.-respondeu a menina com os olhos brilhando parando em frente a porta do seu dormitório.
- Quero só ver no que isso vai dar...
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