Capítulo 12

POV Dimitri

No capítulo anterior...

Terminei de ler e enxuguei a lágrima traidora. O céu já estava escuro e em breve Sophia chegaria. Eu não estava pronto para responder suas perguntas, então aproveitei para dormir.

E como eu não tenho tanta sorte, eu sonhei com alguém que eu sempre quis ver. Mas não foi um sonho. Foi um pesadelo.

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Eu estava numa sala de reuniões. Havia duas pessoas ali e nenhuma delas parecia me notar. A mulher era jovem, aparentava ter uns 30 anos, usava um vestido grego preto e seus cabelos cacheados ruivos estavam soltos. Eu não conseguia ver seu rosto porque estava encoberto pelas sombras, mas eu tinha a leve impressão de que eu a conhecia. O homem usava um terno e aparentava ter uns 50 anos. Eles estavam discutindo.

- Todas as tropas estão prontas e posicionadas. Atacaremos dentro de um mês. – o homem falou.

- Ah Crio, para que todo esse mau-humor? – perguntou a mulher – Não está satisfeito? Não era isso que você queria?

- Eu estaria satisfeito se a minha filha não tivesse me tirado o poder. – ele falou a olhando de maneira odiosa e acusadora.

Espera ai... Se o homem é Crio e a mulher é filha dele, então ela é Catarina, minha mãe! Ai meus deuses... Ela está armando um ataque ao Olimpo para o próximo mês. Que ótimo, eu a conheço agora e descubro que tenho que lutar com ela mês que vêm.

Ela gargalhou e o olhou irônica. – Ora papai, não está satisfeito por ser o meu general? Sabe, aposto que Hipérion não pensaria duas vezes antes de tomar o seu lugar.

Crio grunhiu. – Não ouse. – ele ficou sério e me olhou de repente -Parece que temos companhia.

Minha mãe me olhou com um sorriso sarcástico. – Oh, que surpresa! – falou sarcástica e algo me dizia que ela não estava realmente surpresa. – Deixe-nos a sós.

- Há, para você ajudar seu filhinho a salvar o sagrado Olimpo de vocês?

Catarina olhou mortalmente para o titã. – Salvar o Olimpo? – ela riu – Jamais salvaria aqueles velhos miseráveis. Eles merecem perder o poder. Agora nos deixe a sós Crio.

O titã saiu resmungando e fechou a porta atrás de si. Catarina se levantou e sentou-se à mesa à minha frente, me olhando com interesse.

- Não vai cumprimentar sua mãe não?

- Não. – me pronunciei pela primeira vez.

Ela sorriu. – Ora querido, não seja mal educado... Não foi essa a educação que eu te dei. – ela gargalhou – Ops... Eu acho que você não teve mãe, não é?

Eu trinquei os dentes. Ela sabia que eu a queria por perto e que sentia falta dela e do papai e usava isso a seu favor.

- Sabe Dimitri, tudo o que você sempre quis pode se realizar. É só você decidir se juntar a nós. – ela falou se aproximando de mim – Eu serei uma ótima mãe e Cáos, um bom pai. Nós sentimos sua falta.

Ela acariciava meus cabelos enquanto falava. Eu fui tomado pela vontade de me juntar a eles e tê-los ao meu lado pelo resto da minha eternidade. Seria perfeito. O que mais eu poderia querer? Foi quando eu me lembrei dos deuses e semideuses, todos aqueles que me ajudaram e nos meus amigos. Lembrei-me de uma pessoa em especial.

- Não posso fazer isso.

Ela me olhou mortiferamente. – Você irá se arrepender...

Em questão de segundos ela já estava com a mão em meu pescoço e apertava fortemente. Eu já estava ficando sem ar quando um homem abriu a porta com força e empurrou minha mãe para longe.

Ele segurou em meus ombros e num piscar de olhos nós estávamos numa clareira. Ele me olhava com tristeza, carinho e... Amor?

- Olá Dimitri.

- Quem é você?

- Eu sou Cáos, seu pai. – ele disse num sorriso – Nós não temos muito tempo, logo Catarina irá nos achar. Filho, sua mãe foi dominada pela loucura. Você sabe que precisará enfrentá-la, não?

- Sim, sei sim.

- Filho, você precisa ser treinado pelos melhores. Diga a Quiron que eu quero que seus mestres sejam Percy Jackson, Annabeth Chase, Thalia Grace, Nico di Ângelo, Bernado Meinerz e Emanuela Raimann. Além de treinos com deuses, é claro. – ele disse sério e logo mais sorriu – Dimitri, fique com isso.

Ele estendeu a mão, me entregando uma caixinha preta. A abri e vi um lindo anel.

- Ele pertenceu a sua mãe. Foi com ele que eu a pedi em casamento. Ela me pediu para entregar a você quando ainda estava bem.

- Muito obrigada.

- O entregue para aquela que conquistar seu coração. - ele sorriu.

- Farei isso. – sorri.

A clareira tremeluziu e Cáos assumiu uma cara séria.

- Nós não temos mais tempo, sua mãe está tentando interromper e ela irá conseguir.

- O que irá acontecer com você? – perguntei preocupado.

- Eu não sei filho, mas não se preocupe. – ele me abraçou – Cumpra sua missão e seja feliz.

Eu fechei os olhos e quando os abri eu estava no meu chalé. O sol já estava no céu e Sophia ainda dormia.

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(n/a: o anel)