Objective

Mishaps


Mishaps

Os olhos negros de Nathan encaravam o quadro branco a sua frente.

A sala de educação artística se encontrava com alguns alunos em cima das longas mesas em dupla, tendo um mutirão de várias conversas.

A professora, Sra. Braga, dava os primeiros passos para dentro da sala de aula.

Sua pasta preta foi depositada na pequena mesa de madeira, com um vidro do mesmo tamanho em cima.

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- Muito bem turma, podem se sentar, vamos começar aula. – ela disse começando a se virar para pegar o pincel e começar a escrever no quadro.

- Com licença... – a voz delicada de Annabelle invadiu a sala e os olhares caíram para a porta.

- Srtª. Fuller, entre. – a professora disse em uma voz suave – Aqui está seu livro, vamos começar a ver apreciação visual. – ela informou devagar, com o sorriso simpático no rosto – As aulas são feitas em duplas, então pode se sentar, com o Sr. Black aqui. – ela disse apontando para Nathan.

- Ok. – ela disse andando devagar até a mesa e se sentando ao lado de Nathan. Sem apresentações ou palavras.

- Muito bem, agora que estão todos acomodados... – ela pausou dando um breve sorriso para Annabelle – Vamos começar. Vou passar a vocês esses pequenas massas, onde vocês vão fazer uma arte qualquer, mas ela deve ser muito bem modelada, para ganharem os pontos. Ah! E cuidado com a ponta do modelador, não quero ter que mandar ninguém para a enfermaria.

A professora pegou uma grande bacia a começou a passar mesa por mesa distribuindo sacos com a massa de argila.

- Eu sou Nathan. – o garoto se virou para cumprimentar a nova parceira.

Os olhos verdes de Seline encaram a mão estendida e o rosto amigável, e permaneceu na mesma posição.

- Ok... – Nathan disse abaixando sua mão sem graça – Sei que se chama Annabelle, e que veio que veio da Inglaterra... Estranho que você não tenha sotaque.

- Eu não nasci lá. – ela disse seca e o encarando.

- Mas viveu um tempo, não viveu? Deveria ter pegado um pouco.

Os olhos de Seline o encaravam sem pudor, ele estava começando a incomodar com as perguntas.

- Aqui está a massa de vocês – Sra. Braga depositou os dois sacos a frente um do outro – Annabelle, se tiver dúvida, Nathan vai lhe explicar, ou se precisar me chame.

Seline assentiu.

- Podem começar! –ela disse alto na frente dos dois, para a sala ouvir.

Seline apertou o pequeno botão verde, fazendo a maquina rodar rápido, ela depositou a massa ao topo, que desci lentamente, rodando com o pequeno mastro da máquina, e ganhando contornos pequenos, suas mãos rodavam com a máquina sem interresa.

- Tem que criar um contorno. – Nathan dando contornos precisos a sua peça.

Seline não respondeu, seus olhos caiam no menino de óculos e com o cabelo castanho jogado para o lado que perdia a precisão às vezes. Suas mãos se encontravam a centímetros da ponta afiada.

Em segundos, a palma da mão deu de encontro com a lâmina, perfurando a pele fina do menino, o sangue fresco invadiu a sala. Seu aroma penetrou pelas narinas de Seline.

- Dany! Oh Deus! Eu disse para terem cuidado! – a professora advertia.

Os olhos de Seline começaram a mudar de cor, uma parte de seus olhos se encontrava quase vermelha.

- Eu posso o levar a enfermaria. – Seline avisou.

- Isso seria ótimo, Annabelle, então vamos prosseguir turma.

O menino se levantou devagar da cadeira, segurando a mão sangrenta.

- Então, você é a novata que veio da Inglaterra. – ele perguntou timidamente.

Os olhos vermelhos vibravam quase domando o verde dos olhos, o monstro no corpo de Seline se preparava para ser solto.

- Sim... - ela respondeu calmamente.

- Inglaterra é um país incrível... – a enfermaria se encontrava do outro lado da escola e quando eles saíram de dentro do prédio, Seline tinha uma brecha.

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Ela pegou o corpo magro do menino e pressionou contra a parede de tijolos.

- Sabe, eu tenho um grande fraco, por garotos de óculos... – ela disse no ouvido do menino, com os dentes cerrados.

-Sério? – ele perguntou com um animo em sua voz.

- Sério... – ela repetiu se o encarando com os olhos inocentes – Sério – sua voz repetiu mais uma vez, mais ríspida e mais medonha, o branco de seus olhos se transformaram em um vermelho vivo, a íris verde de seu olho se fechou, como os olhos de um gato, deixando com a coloração como um azul quase branco brilhante, seus dentes longos apareceram.

Dany apavorado com a cena começou a berrar.

- NÃO! NÃO! POR FAVOR! SEJA O QUE FOR ME DEIXE EM PAZ! Ave Maria... – o menino começou uma pequena reza.

- Ah pare! Isso nunca ajudou ninguém. – sua voz ríspida disse em um sibilo, dando um tapa forte no rosto de Dany, o fazendo virar a cara e a marca da mão deixando um hematoma em seu rosto.

- POR FAVOR! NÃO! EU NÃO FIZ NADA!

- É você não fez... – ela disse com a voz se tornando delicada – Mas eu preciso de um novo corpo... Amy Johnson já está com a pele gasta, não dá mais para usar... – ela disse esticando os lábios, formando um sorriso sínico em seu rosto.

- OH MEU DEUS! Você a matou! Você á assina! O QUE VOCÊ É? – ele berrava

- Seu pior pesadelo... – seu rosnado avisava o ataque.

- TENHA PIEDADE! – o menino berrou novamente

Os olhos medonhos o encaravam...

- Eu não sinto nada. – a voz ríspida disse por fim, dando o bote.

Os gritos de dor foram cessando e a vida de Dany sendo tirada.

Mas os gritos altos avisaram o ataque, Seline ouvia os movimentos acelerados dentro da escola.

Sua roupa suja de sangue e sua boca suja de sangue a denunciariam.

Sua mão branca passou em seu rosto, borrando o sangue pelo rosto.

Ela posicionou o corpo no chão, como se ele tivesse sido atacado, por cima de seu corpo.

Quando tudo estava armado, ela se pôs a gritar.

- Socorro! Socorro!

Ela ouvia o barulho da correria pela escola.

Ela deu uma leve risada sínica, ela tinha todos na mão.