She Is Amazing

Capítulo Cinco


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Capítulo Cinco

‒ Sasuke! Sasuke!! – Karin chamava o garoto enquanto corria por entre a multidão de estudantes no corredor. O Uchiha parou para ver a ruiva.

‒ Ninguém merece – resmungou Naruto, que acompanhava Sasuke. O loiro passou a mão pelos cabelos e acrescentou mais alto para o amigo: ‒ Ei, Sasuke, estou indo para a cantina, não estou a fim de aturar essa idiota hoje. – Sasuke observou o Uzumaki virar-lhe as costas e continuar seu caminho, depois virou a cabeça na direção de Karin que finalmente havia chegado ao seu lado e agarrado seu braço como normalmente fazia.

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‒ Oi, gatinho! – Riu estupidamente. Sasuke suspirou e tomou e mesmo caminho que Naruto, mas Karin puxou seu braço. – Sasuke, preciso conversar com você. – Ele estudou sua expressão séria e então assentiu. A pegou-lhe a mão e puxou-o até uma sala vazia.

‒ Sobre o que quer falar? – perguntou ele quando Karin não deu indícios de que começaria a falar. Escorou-se em uma das classes e cruzou os braços, a expressão indiferente.

‒ Bem, eu estava conversando com a Tenten – disse e ajeitou os óculos ‒, e ela me disse que você tinha passado o sábado com aquela garota nojenta, a Haruno. – Karin avançou um passo para mais perto de Sasuke, quase colando seus corpos e então começou a brincar com os botões da camisa branca do uniforme de Sasuke, não encarava o garoto, que havia franzido as sobrancelhas ao escutá-la. – Eu não acreditei, sabe – Seu riso sem graça quase fez Sasuke afastá-la. ‒, porque é impossível...

‒ Afinal, onde você quer chegar? – indagou Sasuke impacientemente. Karin levantou a cabeça e por sua expressão, parecia que estava ofendida por ser interrompida de forma brusca.

‒ Hum, eu, bem, eu queria saber se é verdade – disse ela. Sasuke fitou-a por um momento, ponderando a ideia de dizer a ela para não meter-se em sua vida.

‒ Eu fui a um jogo de futebol onde o irmão dela jogou – disse calmamente. Karin deu um passo para longe de Sasuke, sua face adquirindo um tom tão forte de vermelho que deixou o moreno intrigado.

‒ Você passou o dia com ela?! – Seu tom agudo e alto fizeram Sasuke arquear as sobrancelhas. – Por que? Aquela garota burra e feia! Sasuke, o que você tem na cabeça?! E por que não me disse, você tem obrigação de me dizer...!

‒ Ei, ei, espera aí! – Interrompeu irritado e desencostou-se da classe. – Eu não tenho obrigação de nada, muito menos de dar satisfações a você. E eu não passei o dia com a Haruno, eu já disse que só fui ao jogo.

‒ Mentira! – Gritou ela, Sasuke pensou que se ela continuasse naquele tom alguém iria aparecer ali. – Tenten me disse que você levou ela e o menino para o hospital depois! Você é amigo deles, agora?!

‒ O Luka tinha se machucado! ‒ respondeu um tanto confuso, era impressionante como fofocas se espalhavam rapidamente. ‒ Eu só ajudei, mas não sou amigo de ninguém, você enlouqueceu, isso sim!

‒ Ah, claro – disse sarcasticamente. – E você agora não pretendia me contar que eles são seus vizinhos.

‒ O que...

‒ Tenten também me contou, por acidente, é claro, por que como eu sou sua namorada, ela achou que eu deveria saber! – Bufou furiosa. Sasuke não disse nada, apenas andou em direção a porta.

‒ Aonde você vai? – Karin perguntou exasperada. Sasuke voltou-se para ela, sério.

‒ Já disse, não preciso dar satisfação alguma para você, se está incomodada, caia fora, o problema é seu, não vou perder o meu tempo escutando seus gritos – disse veemente e voltou a dar-lhe as costas. Estava quase na porta quando Karin o abraçou por trás, impedindo-o de continuar.

‒ Não! Não é isso! Me desculpe, desculpe, Sasuke! – exclamou e pelo seu tom embargado, Sasuke poderia dizer que Karin estava a ponto de chorar. – Não quis irritar você, mas... mas eu, eu fiquei com medo de que você estivesse tendo alguma coisa com aquele garota idiota e... Por favor, Sasuke, desculpe! – implorou.

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Sasuke não gostou nem um pouco daquilo, não gostava dos braços de Karin lhe apertando e de todas aquelas palavras choramingadas por ela. O garoto desvencilhou-se dos braços da ruiva, que postou-se a frente dele, como se o impedisse de passar. Antes que ele pudesse mandar que saísse da frente, Karin passou os braços à volta do pescoço de moreno e beijou-lhe com força ‒ Sasuke colidiu com a classe mais próxima, quase a derrubando e caindo junto.

‒ Opa! – Ela exclamou risonha, os braços ainda em torno do pescoço do Uchiha, que não havia achado nenhuma graça daquilo tudo.

‒ Me solta! – vociferou ele, desvencilhando-se mais uma vez da garota e não hesitando em sair dalí sem olhar para trás. Karin riu como se nada tivesse acontecido e correu atrás de Sasuke, para ela estava tudo bem.

‒ Você falou com Sakura hoje? – Miya perguntou-lhe naquela tarde, quando Uchiha mais novo encontrava-se deitado no sofá, descansando. Ele demorou para responder, pensando na pergunta, ele não havia visto Sakura, nem mesmo no almoço.

‒ Não, nem a vi hoje – disse sem ânimo. Miya suspirou de forma cansativa e olhou fixamente para Sasuke, que sentiu-se desconfortável sob o olhar da mulher. – O que foi? – resmungou.

‒ Sasuke, querido, eu acho que você devia conhecer mais essa menina, sabe. – Sorriu docemente. – Sakura é filha de um grande amigo do seu pai e provavelmente vai ter um futuro muito parecido com o seu. Quem sabe se... – Sasuke sentou-se abruptamente, uma careta estampada na face clara.

‒ Você ainda não desistiu? – Miya tratou de se fazer de desentendida, piscando algumas vezes, “confusa”. – Miya, esqueça isso, quantas vezes vou ter que dizer para você...

‒ Nenhuma – interrompeu-o de forma cansativa. – Eu só estou dizendo o que acho, só isso, mas você sempre leva para o lado errado. – Suspirou. Sasuke riu baixo.

‒ Não, eu não. – Não querendo levar aquela conversa adiante, Sasuke levantou-se do sofá e passou por Miya, indo na direção da porta da frente sem pressa alguma.

‒ Você é quem sabe, querido – disse ela pegando a vassoura, que estava encostada na parede, a empregada balançou a cabeça, desgostosa.

Sasuke sentou-se nos degraus da varanda, e apoiou os cotovelos nos joelhos, entediado. Como era possível que não houvesse nada para fazer? Ele resmungou alguma coisa sobre pessoas inúteis – Sasuke nem sabia ao certo quem eram os inúteis, na verdade só precisava xingar alguma coisa. Sobressaltou-se quando a porta da casa vizinha fechou-se com um estrondo alto, parecia que a pessoa que a tinha empurrado tinha uma força descomunal. Um grito abafado foi ouvido pelo garoto, que esticou o pescoço para enxergar o corpo encolhido de Sakura, sentada nos degraus da varanda, assim como Sasuke, mas aparentemente muito mais chateada.

A Haruno matinha o rosto escondido nas mãos, seu corpo tremia devido ao choro. Sasuke foi tomado por uma curiosidade imensa ‒ era assim que ele chamava aquela vontade de ir até ela. Ele observou-a levantar a cabeça e seu rosto molhado pelas lágrimas ser banhado pela luz do sol. A porta voltou a abrir-se e Luka apareceu, caminhou até a irmã e sentou-se ao lado dela.

‒ Sah – murmurou receoso, Sasuke nunca tinha visto Luka daquela forma, parecia tão triste quanto Sakura, só que não chorava.

‒ Você devia estar no seu quarto – disse ela limpando as lágrimas e olhando para o garotinho ruivo. – Ela não vai gostar de saber que você andou escutando por trás das portas. – Bagunçou os cabelos dele. Luka lançou-se para frente e abraçou a irmã fortemente, a face de Sakura contorceu-se tentando não chorar.

Luka disse algo a Sakura que Sasuke não conseguiu compreender, então o menininho volto para dentro de casa cabisbaixo. Sakura suspirou entrecortadamente e Sasuke, tomado pela curiosidade, levantou-se e foi até a ponta da varanda.

‒ Ei! – Chamou indiferente. Sakura olhou-o assustada, de repete sem voz. – Você está bem? – perguntou pacientemente. A menina virou o corpo para fitar melhor o Uchiha.

‒ Eu... Sim, estou bem – disse coma voz fraca. Ele sabia que ela estava mentindo, sentou-se ali, na ponta, apoiando as costas na parede da casa.

‒ Não parece. – Sorriu fracamente. Sakura olhou para suas mãos, que se retorciam em seu colo. – Se quiser falar... – Gesticulou para que ela entendesse que ele estava li para ouvi-la se ela precisasse. Era estranho, se ele ainda não a compreendesse, faria de tudo para estar longe, deixá-la chorar, talvez pensar que ela merecia.

‒ Não, não é nada de mais. – Sorriu. – Bobagens.

‒ Sua mãe é uma bobagem? – Sasuke estava dizendo por dizer, não sabia se o problema era realmente a mãe de Sakura, na realidade o Uchiha ainda tinha dificuldades para aceitar que aquela mulher tão bela pudesse causar tanta tristeza em Sakura e Luka.

‒ Hum, talvez – murmurou depois de alguns segundos encarando Sasuke. – Nós discutimos, só isso. – Mais lágrimas escorreram por sua face e de repente Sasuke quis estar mais perto dela, confortá-la. – Ela está... dizendo coisas que... não são verdade.

‒ Eu já deixei de escutar essas coisas há muito tempo – comentou ele calmamente, aquele assunto era algo em que ele poderia se identificar com ela. – Meu pai as vezes tenta me dizer coisas para me aborrecer, mas eu prefiro não prestar atenção. – Ela riu.

‒ Assim não deve machucar tanto. – Aquilo era verdade, por mais que Sasuke ignorasse o pai por rebeldia, ele apenas estava tentado não saber o que seu pai pensava dele, tentando esquecer que talvez ele não fosse o que esperava. Eles trocaram um sorriso desanimado.

Ficaram em silêncio, o céu ficou alaranjado no por do sol, era incrível como podia ser confortante estarem somente na presença um do outro, sem falar ou até mesmo olharem-se. Sasuke pensou em coisas que gostaria de fazer e mais de uma vez, ele quis fazer Sakura sorrir, não daquela forma triste, mas um sorriso verdadeiro, aquele que poderia fazer com que ele sorrisse também.

‒ Hoje sua namorada tentou fazer com que eu caísse duas vezes – disse ela repentinamente, seu tom era sério. – Com sorte eu consegui continuar caminhando sem tropeçar. Ela estava furiosa comigo, até me colocou alguns apelidos novos. – Seu riso rápido foi sem ânimo algum.

‒ Hn – resmungou.

‒ Ela disse que eu estava tentando roubar você dela. – Suspirou e balançou a cabeça, lembrando-se. – Maluca. – Sasuke sorriu, concordando com a rosada mentalmente. ‒ Ela gosta de você, isso é obvio, mas eu ainda acho que você devia colocar uma coleira nela. – Brincou, o semblante mais alegre. Ela levantou-se e passou as mãos na calça para tirar a poeira. – Bem, vou entrar. Obrigada pelo conselho, vou tapar os ouvidos de agora em diante. – Sorriu e Sasuke também postou-se em pé, não teria graça ficar ali sozinho, então iria fazer o mesmo que a garota. – Até amanhã, Sasuke. – Despediu-se.

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‒ Até amanhã – murmurou antes que ela fechasse a porta. Sasuke encontrou Miya olhando para um quadro na sala, mas nem lhe deu atenção, foi direto para as escadas. A empregada foi para perto de onde Sasuke tinha desaparecido para ter certeza de que o garoto não estava por perto e então soltou uma risada alta e divertida antes de seguir pelo corredor direto para a cozinha. Ela não tinha precisado mover um dedo, tudo estava se encaminhando perfeitamente.