P.O.V. Elizabeth

- Eu estou esperando uma resposta! – eu disse batendo o pé.

- Eu não tenho ideia! – ele admitiu.

- Eu tenho! Você me libera da sua adorável presença e eu vou para o show! Se você me deixar sair nesse exato momento, acho que ainda sou capaz de pegar algumas músicas e depois sair para um barzinho para comemorar o sucesso da banda do Michael! – eu disse animada, ainda esperando ter alguma chance de fazê-lo me deixar sair.

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- SEM CHANCES! – ele gritou. - Quem é Michael? – ele perguntou olhando-me confuso.

- O namorado da Jane! – eu respondi com cara de: “dãã... é óbvio!”

Depois de um tempo...

- Tive uma idéia! Vem comigo! – ele disse e me arrastou para seu quarto. De novo!

Chegando lá, ele ainda segurando minha mão, foi até uma gaveta e tirou um par de algemas, as quais trancou em nossos pulsos, unindo-nos.

- Pronto! Agora você não pode fugir de mim e eu não preciso ficar te trancando em nenhum cômodo da casa, já que você não pode ir a lugar nenhum sem eu ir junto! – ele disse se achando o inteligente.

Olhei para ele desacreditando que o animal nos trancou com algemas.

- Você tem a chave pelo menos, né?! – eu disse, crendo que receberia um sim como resposta.

Bill ficou mais branco do que ele já é realmente e, num sussurro, disse o que eu mais temia:

- Não.

- VOCÊ NOS TRANCOU JUNTOS SEM TER UMA CHAVE PARA DESTRANCAR? VOCÊ TEM NOÇÃO QUE SÓ CONSEGUIREMOS UM CHAVEIRO AMANHÃ DE MANHÃ? E AINDA ASSIM SERÁ DIFICIL, JÁ QUE AMANHÃ É DOMINGO! QUE MERDA BILL, VOCÊ NÃO PENSA? – eu gritei com ele, louca da vida que teria que ficar grudada com ele eu sei lá durante quanto tempo por causa da estupidez do animal que se dizia meu responsável.

- Eu não me lembrei desta parte! Eu pensei que essa seria a solução, já que você insiste em tentar fugir! – disse ele tentando se explicar.

Suspirei resignada com as coisas que me aconteceram em menos de um dia! Deitei-me em sua cama, puxando-o junto, já que estávamos “grudados”.

- Nem com o meu irmão que é meu gêmeo eu nunca precisei ficar grudado assim! – comentou ele, erguendo nossas mãos algemadas para mostrar sobre o que ele estava falando.

Bufei como sempre fazia quando estava com raiva.

Após uma meia hora de silencio, com os dois olhando para o teto, surgiu-me um pensamento na minha cabeça que me deixou curiosa.

- Posso perguntar para que você tem algemas? – eu perguntei o encarando ao me sentar.

Ele, que ainda estava deitado, ficou super corado e chegou até a me dar uma reviravolta no estômago ao chegar à conclusão.

- Não responda! Eu não quero mais saber! – eu disse voltando a me deitar.

- Eu não ia te contar mesmo! – ele disse de certo ainda corado.

Eu dei uma risadinha.

- Tanto faz! – eu disse.

Ficamos mais um bom tempo daquele jeito, os dois deitados olhando para o teto até que do nada o Tom entra no quarto.

- Ué, o que vocês estão fazendo aí deitados e sem brigar? – perguntou ele.

Sem falarmos nada, apenas levantamos os nossos punhos algemados.

- Para que vocês dois se algemaram? – perguntou Tom confuso.

- Pergunta pro Bill, ele que nos algemou! – eu respondi ainda deitada sem olhar para a cara de nenhum dos dois.

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- Se você não tivesse se trancado na sala olhando algum filme pornô, eu não teria tido essa brilhante idéia! – ele respondeu, apoiando-se nos antebraços para poder enxergar Tom.

- Eu não estava olhando filme pornô, mas isso não vem ao caso! Onde foi que vocês conseguiram essas algemas? – Tom perguntou curioso.

Agora eu imitei o gesto do Bill, apoiando-me nos antebraços para poder encará-los.

- São do Bill! – eu disse, super dedo duro.

De novo, Bill corou violentamente.

- Ahá, safadinho! Eu sabia que por baixo desse seu jeitinho calmo e meio afeminado tinha um pervertido tentando se mostrar! – disse Tom rindo.

Eu gargalhei alto.

- Não tem graça! E eu não sou pervertido, nem safado! Aliás, não é da conta de vocês porque eu tenho essas algemas! – disse Bill alterando-se.

Tom e eu continuamos rindo, o que fez Bill bufar de raiva.

- Calma, maninho! Eu tenho coisas bem piores! Por sinal, se você quiser emprestado, é só me pedir! – disse Tom em meio às risadas.

Eu já estava atirada na cama de novo, sem forças para nada de tanto que eu ria.

- Chega dessas piadinhas! Não quero ouvir mais nenhuma ou eu juro Tom, que vou deixá-lo sozinho com a Samara durante uma semana inteira! Só você e a garota, sem Georg, sem Gustav e sem mim! – ele disse.

Tom ficou branco e parou de rir na mesma hora, o que me fez rir ainda mais.

- E você, garota dos infernos, se não parar neste exato momento eu juro que ligo pro seu pai e ele te põe em um internato até o final da sua carreira escolar! – disse Bill, dessa vez para mim.

Agora fui eu quem parou de rir. Olhei para Tom que olhava emburrado para Bill e perguntei:

- Ele é sempre assim?

Tom soltou uma risada sem graça nenhuma.

- É pior! É bom você ir se preparando para aguentá-lo, não sei como EU o aguento! – disse Tom olhando-me, ambos ignorando Bill que olhava para nós sem acreditar que era o assunto da conversa e ainda assim não participava.

- Eu estou aqui, sabia? – disse Bill.

Olhei bem para a cara dele e o cortei.

- E daí?

- Quer ajuda para catar os dedinhos? Eu vi um caindo para baixo da cama! – disse Tom “solidariamente” para o gêmeo.

- Vão à merda! – disse Bill emburrado.

- A gente podia era ir pra sala, isso sim! Ficar assistindo televisão! De qualquer forma não poderemos dormir mesmo! – eu disse.

- Por que não poderemos dormir? Por mim já estaríamos dormindo! – disse Bill.

- Porque eu não vou dormir na sua cama! – eu disse.

- Por quê? – perguntou ele.

Olhei para ele como se o cara fosse deficiente mental.

- Como eu posso ter certeza que essa cama não está infestada de germes, pulgas, piolhos e carrapatos das vagabundas que você trás para cá? – eu disse.

Ele me olhou com uma sobrancelha erguida.

- Você só pode estar brincando! – disse ele depois de um tempo.

- Com você eu não brinco. Eu dou a real! – eu respondi.

- Em primeiro lugar, não é da sua conta se eu trago alguma “vagabunda” para o meu quarto! Em segundo lugar, eu durmo aqui todos os dias e garanto que não tenho pulgas, nem carrapatos, nem germes, nem PIOLHOS! - disse ele, alterando-se ao falar o ultimo elemento.

- Eu não vou arriscar! – eu disse.

- Então podemos dormir no seu quarto! – disse ele.

Arregalei os olhos sem acreditar que ele realmente tinha me proposto isso.

- SEM CHANCES! Meu quarto tem cama de solteiro e não te quero dormindo lá por nada nesse mundo! – eu disse.

Ele me olhou de canto.

- Então vamos dormir na sala, aí dormirmos todos juntos e ficamos assistindo o resto da maratona de Friends! – pronunciou-se Tom, com a melhor ideia da noite.

- Perfeito! – eu exclamei, achando Tom um gênio.

- Tem certeza que não vai esperar a gente dormir para colocar em algum canal da Playboy? – inquiriu Bill.

- Infelizmente terei que concordar! Nada de canal pornô não estou a fim de acordar no meio da noite e ver aquilo! – eu disse.

- Tudo bem, seu bando de pervertido! Sem canal pornô! Por sinal, acho que terei até que bloquear os canais pornôs, já que estamos com uma criança em casa! – disse Tom pensando que agradou.

Dei a língua e Bill virou os olhos.

- Vamos logo antes que comece o próximo episodio e eu não esteja lá para ver! – disse Tom e Bill e eu nos levantamos da cama (um empurrando o outro, é claro!) e fomos com o outro gêmeo para a sala, onde passamos a madrugada assistindo Friends (eu juro que se eu voltar a ver Friends na minha vida eu vou me matar com uma faca de cozinha!) até eu enfim cair no sono.