A Minha Vida em Mystic Falls
Capítulo 27
Capítulo 27
POV Demi Adams
Acordei no dia seguinte com dores de cabeça, mas mesmo assim levantei-me e fui para a escola. A conversa com a tia Melinda ainda estava a fervilhar na minha mente, e recusava-se a sair.
Flashback ON
-Tia, preciso que me contes tudo – pedi.
Ela suspirou e fitou-me muito séria.
-É bom que te acalmes porque preciso que te prepares para o que eu te vou contar. Tenho a certeza que já deves de ter lido a nossa origem. No entanto, há consequências. Aos dezoito anos nós passamos por algumas transformações. O nosso corpo muda e as nossas hemoglobinas também.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!-Somos mortais?
-Somos. Mas não com qualquer coisa. Se morrermos ás mãos de algum poder sobrenatural, voltamos dos mortos, mas podemos matar alguém da nossa espécie. Isto tudo, apenas quando fazemos dezoito anos.
-E a minha mãe? Ela também era?
-Sim, era, mas o teu irmão não. Ele era simplesmente humano, apenas transportava o ADN das ninfas.
-E porque é que eu sou? E tu és?
-Porque somos ninfas, e no nosso mundo não há nada de masculino a não ser os nossos consortes.
-Isto é muito para mim – afirmei. – Vou dormir.
-Demi, só mais uma coisa.
Virei-me para ela e encarei-a.
-Nós temos como função matar os seres que magoam os humanos. Eles habitam a Terra e são filhos dela, logo, são nossos irmãos. Nós protegemos o que é nosso e somos vingativas.
-Que género de seres? – indaguei, já com medo da resposta.
-Vampiros, lobisomens, monstros do Tártaro que querem a morte dos nossos.
Acenei com a cabeça, sem dizer uma única palavra e retirei-me para o meu quarto.
Flashback OFF
Bateram no vidro e eu pulei assustada. Stefan estava com Elena atrás dele e olhavam-me preocupados. Abri a porta e saí do carro com a mochila e com os livros.
-Bom dia – falei e eles cumprimentaram-me.
-Ainda tens muito que me explicar – falou Elena.
-Estás com ele. Não há nada para explicar.
-Há sim! – exclamou ela. – Eu estava com o Stefan porque ele me perguntou se aquela eras tu.
-Porquê? Estou diferente?
-Não me perguntes. Então vimos-te… estavas distante.
-Era porque estava – disse e fui para a minha aula. – Até logo, Elena.
Entrei na aula e tentei prestar atenção, mas a conversa não me saía da cabeça. Tomei apontamentos do que o professor estava a dizer, mas nem sabia o que estava a escrever. Havia mexericos na sala, como todos os dias, mas naquele dia, incomodavam-se especialmente. Tinha algo a ver com alguém novo em Mystic Falls, mas não percebi. Só entendi quando entrei na aula de História com Bonnie e Caroline. O novo professor de História tinha chegado.
-Chamo-me Alaric Saltzaman – disse ele. Tinha um aspeto jovial e ao menos sorria de maneira verdadeira. Foi tudo o que ouvi, porque desliguei completamente. Tinha outros problemas em mente, como por exemplo o Damon. Ele tinha saído de casa em estado de choque e eu não sabia como ele iria reagir a mais umas quantas coisas sobre mim.
Felizmente, História era a minha última aula naquele dia, por isso, fui direta a casa dos Salvatore. Bati à porta e ninguém atendeu.
-Queres que eu abra? – indagou Stefan atrás de mim, sorrindo.
-Sim, por favor.
Dei-lhe passagem para a porta e ele rodou a maçaneta.
-Nunca trancamos a porta – disse ele e deixou-me passar primeiro.
-Nem eu conseguiria abrir a porta! É tão…
-Antiga? É do século passado.
-Literalmente – brinquei e ele riu.
-O Damon está lá em cima – informou ele e eu dirigi-me ás escadas. – Demi.
-Sim?
-Preciso de um favor teu.
-Se eu puder ajudar.
-Acho que sim. Podes, por favor, falar com a Elena?
Acenei com a cabeça, percebendo o que ele sentia. Damon também correu para longe de mim quando percebeu o que eu era.
-Claro que sim. Fica descansado.
-Obrigado, Demi.
-De nada, Stefan.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Subi as escadas e bati à porta do quarto do Damon, com o meu coração a palpitar de tal forma que parecia que o batimento cardíaco estava no meu cérebro.
-Entra – disse Damon e eu abri a porta, espreitando lá para dentro. A televisão estava ligada e ele estava deitado na cama com um copo de whisky na mão, atento à televisão.
-Damon – falei e ele desviou os olhos da televisão. Os seus olhos brilharam e numa fração de segundo ele estava de frente para mim. Colocou a sua mão no meu rosto e obrigou-me a olhá-lo nos olhos.
– Fui um estúpido. Estou desculpado?
Acenei com a cabeça e beijei-o. Os seus braços rodearam a minha cintura e eu larguei a minha mochila no chão. Coloquei as minhas mãos no seu pescoço, puxando-o mais para mim. Os beijos com Damon eram sempre assim: deixavam-me sem fôlego e ele nunca tinha medo de me magoar. Na verdade, ele nunca me magoava, apesar de usar um pouco mais de força do que algum humano usaria.
-Explica-me tudo – sussurrou ele, com os lábios no meu pescoço.
-É difícil explicar, mas para esclarecermos as coisas, fiquei a saber que somos inimigos.
Fitou-me atento.
-Preciso mesmo que me expliques tudo.
-Primeiro, explica-te tu. Porque saíste ontem de casa assim? Deixaste-me ali, mais confusa do que aquilo que eu já estava e por momentos pensei que era um monstro.
-Não! – exclamou ele. – Não, de maneira nenhuma. Não és um monstro. És o ser mais belo deste mundo.
-Não exageres! – exclamei, afastando a sua mão do meu rosto.
-Não estou – ele apertou a minha mão e encaminhou-me para a cama. – Conta-me. O que sabes sobre ti?
-Sou uma ninfa da terra. Se é que isto faz sentido.
-E aos dezoito vais atrair todos os géneros de espécies. Bem, é melhor preparar-me.
-Estás a pensar em ficar comigo nos próximos anos?
-Sim, porque não? Não tenciono sair de Mystic Falls.
-Isso é bom.
-Ai sim?
-Sim.
-E posso saber porquê, senhora ninfa das terras com o sangue tentador – disse ele, passando os seus dedos pela minha carótida.
-Estás com fome?
-Não, que ideia. Sou só um vampiro! – ironizou ele.
-E se… - parei a frase a meio, com medo a reação dele. Não seria a primeira vez que ele beberia do meu sangue, mas foram sempre circunstâncias anormais. Aqui não. Estávamos num sítio calmo, sem qualquer tipo de tensão.
-Diz, o que estás a pensar?
-Não sei se será uma boa ideia – disse, tentando desviar a conversa.
-Hum… tenta-me.
-Tu é que pediste, não te esqueças – avisei-lhe e saltei da cama. A primeira coisa que vi afiada foi uma tesoura com bico. Peguei nela e antes de ele ter tempo para reagir, desferi um corte no pulso.
-Ah! – gritei.
-Não! – gritou ele, sobre o meu grito e ficou estático.
-Tu está com fome. Não faz mal – assegurei e subi para cima da cama.
-Isto não é boa ideia.
-Damon, não há problema.
Ele fitou-me, com os olhos cheios de desejo.
-Estou a falar a sério.
De um segundo para o outro, estava no outro canto do quarto com uma mão no meu pescoço. Ela não me apertava, apenas me imobilizava e assustou-me um pouco.
-Para a próxima, diz-me para não ser apanhado desprevenido.
Vi-o morder o seu pulso e colocou-o na minha boca. Tentei soltar-me a todo o custo, mas já era tarde demais.
-Eu gosto de morder, mas é no sítio que eu quero e quando eu quero – disse ele furioso e voltou a beijar-me de maneira selvagem.
POV Damon Salvatore
Eu estava realmente muito chateado com a Demi. Eu gosto de morder e de beber sangue, mas o dela era diferente e chegava a tornar-me viciado no sangue dela, por isso, mais valia beijá-la do que pensar no sangue que ela tinha a escorrer pela mão.
Ela correspondeu ao beijo e colocou as pernas em volta da minha cintura. Levei-a para a cama e comecei e distribuir beijos pelo seu pescoço. As coisas já estavam a aquecer e muito, quando me lembrei que ela era simplesmente uma humana. Quer dizer, uma humana não, uma ninfa. Isto era de doidos. O que ela disse era completamente verdade: nós éramos inimigos. Mas isso importava? Raios, claro que não! O que eu sentia era ainda mais forte do que eu sentia pela Katherine, e só de pensar que ela já chegou a raptá-la… é melhor nem pensar nisso.
-Damon! – exclamou ela, assustada. – Os teus olhos!
Saí de cima dela e tentei acalmar-me, respirando fundo, mas o seu sangue tinha impregnado o ar com aquele cheiro sedutor e tornou-se praticamente impossível resistir.
-Sabes uma coisa? Tens toda a razão, eu tenho fome – falei e aproximei os meus caninos do seu pescoço. A sua pulsação acelerou logo. – Posso?
-S-sim.
Nem pensei duas vezes. Cravei os meus caninos na sua pele macia e bebi do seu sangue quente, sedutor e cheio de sentimentos.
POV Demi Adams
Depois de ele ter bebido do meu sangue, deu-me mais do seu e fiquei a descansar sobre a sua almofada na sua cama, enquanto ele ia buscar alguma coisa para eu comer. Sim, porque já era meio da tarde e a única coisa que o meu estômago tinha engolido no dia todo tinha sido café e coca-cola.
Acabei por adormecer de exaustão e quando acordei, já era pôr do sol. O sol refletia nos vidros e tornava difícil a visão do meu ponto de vista. Os raios de sol penetravam por entre as folhas das árvores.
-Uau! – exclamei e fui até à janela.
Os seus braços abraçaram-me por trás e pousou o queixo no meu pescoço.
-Nunca pensei que gostasses destas coisas.
-Que tipo de coisas?
-Coisas românticas, pieguinhas e isso.
-Pois ficas a saber que eu gosto e muito.
-Então faremos isto todos os dias. E este fim de semana vou levar-te a um sítio.
-Agora estou curiosa. Onde?
-Um sítio. Não fica muito longe, mas podemos acampar e passar lá o fim de semana inteiro. Espero que a tua tia deixe.
-Ah, claro! E se ela não deixar?
-Bem, vejamos… eu tenho uma coisa que se chama poder de persuasão.
-Que não deixas ninguém recusar algo que tu não queiras.
-Exatamente – disse ele e acabámos de ver o por do sol em silêncio. – Passas comigo aqui a noite?
-Estás com medo do escuro, é?
Vi-o revirar os olhos pelo canto do olho.
-Claro que não. Só gostaria muito da tua companhia.
-Tenho que falar com a minha tia.
-Eu falo, pode ser?
-Não consegues compeli-la a nada daqui – disse e fui até à mochila pegar o meu telemóvel.
-E quem disse que eu preciso disso? – falou ele apontando para ele mesmo. – Sou lindo, charmoso, confiável, com muitos argumentos e podemos estender a lista, se quiseres.
-Sim, claro – disse-lhe e entreguei-lhe o telemóvel. – Boa sorte!
Ele procurou na lista o nome dela e depois retirou-se para a cozinha para conversar com ela. Por incrível que fosse, ela deixou.
-Vamos passar uma noite maravilhosa – disse ele, abrindo muito os olhos e sorrindo travesso para mim.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!
Fale com o autor