- Warrick, leve Nick com você. E Grissom, você fica com Greg e Brass para achar Sara. Boa sorte.

Grissom suspirou ao ouvir o que Ecklie dissera.

Aquilo estava ficando cada vez pior.

Ele ficou parado, olhando para Catherine que se afastava cada vez mais de onde eles estavam. Não sabia o que sentir. Pena por ela ter perdido o emprego, arrependimento por não a ter segurado antes ou raiva por Ecklie a ter mandado embora.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Catherine era uma das melhores CSIs que ele já vira naquele laboratório, e seria difícil substituir alguém como ela. E aquilo só piorava a tentativa de encontrar Sara. Sem Nick e Warrick para ajudar, e agora sem Catherine, sobraram apenas três para ajudá-la.

Balançando a cabeça para afastar os sentimentos, Grissom se dirigiu até a sua sala, onde esperaria por Brass.

Catherine estacionou seu carro e desceu em direção a porta de sua casa sem dizer uma palavra. Lindsay mordeu o lábio enquanto a seguia – tudo indicava que ela estava encrencada.

Uma vez lá dentro, Catherine jogou sua bolsa no sofá e se sentou com a cabeça entre as mãos.

- Mãe? – perguntou a jovem, meio insegura.

- Hum?

- Você está bem?

Catherine levantou sua cabeça para encarar sua filha.

- A Sara está desaparecida, o Hank pode ser o culpado, eu perdi meu emprego... Como diabos eu posso estar bem? – e voltou a abaixar a cabeça.

Alguns minutos se passaram em completo silêncio, Catherine sem vontade nenhum de dizer algo, e Lindsay tentando pensar em falar algo decente que não pusesse mais lenha na fogueira.

Suspirando, Lindsay se aproximou de Catherine e se ajoelhou em sua frente, ficando na altura de seus olhos.

- Mãe, me desculpa.

Catherine ainda ficou calada por alguns segundos e finalmente sorriu.

- Tudo bem. Não foi culpa sua. Eu estava mesmo louca para dar um tapa no Ecklie. O ruim é que não tenho como ajudar a Sara!

- O Greg vai nos manter informadas.

- É, mas...

- E nós podemos agir por nós mesmas.

- Como assim? – a voz de Catherine era um misto de curiosidade e surpresa.

Lindsay sorriu, feliz por ter se livrado do castigo e por distrair Catherine.

- Eu ia te contar antes, mas já que você deu uma de maluca e quase matou o Ecklie não consegui. Mãe, eu dei umas investigadas por lá e acho que talvez o idiota do Ecklie tenha alguma coisa a ver com o sumiço da Sara.

A jovem agora tinha toda a atenção de Catherine.

- E como é que você pode ter tanta certeza disso?

Então Lindsay contou tudo o que descobrira.

- Uma casa... – Catherine começou a pensar. – Não sei o que isso pode significar.

- Quem sabe o Hank não queira uma casa?

- E para que ele faria isso? Se ele já está com a Sara escondida em algum lugar...

- Talvez porque ele queira se mudar com ela.

Catherine baixou a cabeça novamente e afundou o rosto nas mãos, seu corpo tremendo com os soluços.

- Mãe, calma, nós vamos encontrar a Sara, não se preocupe.

- Eu sei – respondeu Catherine com a voz meio abafada. – Eu sei.

Duas horas se passaram. Greg havia conseguido o guardanapo e a análise das digitais. Sorrindo, ele estava caminhando pelo corredor à procura de Grissom. O encontrou em sua sala, completamente absorto em meio a vários relatórios.

- Grissom?

- Greg. E então?

- As digitais do guardanapo batem com uma das encontradas no papel que o Warrick encontrou. São do Hank. Ou seja, ele é um culpado.

- Calma lá, Greg, não atropele as evidências. Encontre Brass e peça para ele ir até o endereço e...

- Já fui – Brass disse anunciando sua presença. – E adivinhem...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- O cara se negou a revelar informações sobre os seus clientes?

- Boa tentativa, Greg. Na verdade, ele fez isso mesmo, mas então eu disse que ele poderia ir preso por obstrução de justiça. Aí ele nos informou de boa vontade que o nosso Hank foi sim alugar uma casa com ele.

- E o que o Gary tem haver com isso?

- Foi ele quem deu o endereço para Hank. Ele é amigo do dono da imobiliária.

Grissom sorriu.

- E você sabe onde é a casa alugada?

- Você não vai acreditar.

- Tente – insistiu Greg. Brass havia conseguido deixar o CSI nervoso.

- No meio de um quase-deserto. Não é exatamente um deserto, mas é quase inabitável. E essa casa está lá, a quase uma hora de carro do LVPD.

- Beleza! – Greg gritou.

Tanto Brass como Grissom olharam estranhamente para ele.

- Ah... Uma casa no meio do deserto de Nevada é suspeito, não acham?

- Exatamente, Greg. E é para lá que iremos. – Greg começou a ir à direção da porta. – Assim que conseguirmos o mandado para entrar lá – o detetive acrescentou.

- Não podemos entrar amigavelmente?

Com essa até Grissom riu.

- Greg, se o Hank for mesmo o culpado, você acha que ele vai deixar a polícia de Las Vegas entrar em sua casa?

- Ok! Eu vou... Tomar um café. Me avise na hora que você for, falou?

- Ok.

Assim que Greg saiu da sala de Grissom, ele pegou o celular e discou imediatamente o número de Catherine. Certamente essa notícia a deixaria feliz.

Afastando-se da sala de Grissom, Greg esperou o celular tocar umas três vezes, até que alguém finalmente atendeu.

- Greg? – era Catherine e ela estava mais do que ansiosa. – Descobriu alguma coisa sobre Sara?

- Oi Catherine sim, eu estou bem.

- Sem brincadeiras, Sanders – alertou ela.

- Desculpe. Sim, eu descobri. O Brass foi na imobiliária e o cara disse que o Hank havia estado lá sim e que tinha alugado uma casa no meio do deserto de Nevada. Bom, não exatamente no meio do deserto, já que...

- Onde é essa casa? – Catherine o interrompeu.

- Eu ainda não tenho o endereço certo, mas, Catherine, você não está planejando ir para lá. Está?

Um minuto de silêncio.

- É claro que estou! – Catherine gritou tão alto que Greg teve que afastar o aparelho do ouvido. – Acha que eu vou ficar parada aqui? De jeito nenhum!

- Catherine, você não...

- Não se atreva a dizer o que eu posso e o que eu não posso, Greg. Eu... O que você quer, Lindsay? – alguns segundos silenciosos. – Tá bom. Greg, a Linds quer falar com você.

- Oi, Greg.

- Ah, oi. O que você quer?

- Greg, preciso que você descubra de quem é aquele carro preto. Eu tenho quase certeza de que o carro não é do Ecklie, então não perca tempo com ele.

- Vou ver o que posso fazer.

- Faça rápido.

- Claro, Sra. Willows – Greg caçoou e depois de mandar um abraço, foi até a sala de Archie. Quem sabe ele não teria uma boa imagem do carro?