Meu Querido Cunhado

Capítulo 47 - Fim?


– Igor? O que faz aqui? – Então, ele me beijou ali mesmo, na porta de casa. Na frente da minha mãe. O olhei de olhos arregalados. E me virei pra minha mãe, que ria de leve. – Licença.

Fechei a porta o empurrei até a calçada. Confusa e surpresa. Cruzando os braços. Esperei até ele falar.

– Eu disse que aguentava alguns minutos, não disse? Estou aqui há uns 15 minutos, andando de um lado pro outro, cada segundo um martírio. Você sabe como sou exagerado, louco, mais do que deveria, por certa garota. Essa a minha frente. E bem... Se passaram agorinha, exatamente 59 minutos desde que você foi embora. Eu disse: Aguento alguns minutos. Não uma hora sem você. Lembra disso?

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– Eu tenho uma boa memória. – passei as mãos pelo cabelo, confusa. E meio encantada. Pô, porque ele tem que dizer essas coisas fofas? Afz.

– É, você tem uma boa memória.

– E agora você tem a sua também.

– Bela indireta. – Ele riu de leve, ainda olhando para mim, de braços cruzados.– Mas, eu não quero essa memória.

– Como?

– Eu quero perder a memória de novo. Só pra você ficar comigo.

– Eu... Eu não...

– Eu fui idiota. E paguei por isso. Eu acho... Mereço sofrer mais e tudo o mais. Eu sofro, Malu. Sofro. Me bate, me xinga, me maltrata. Faz tudo o que quiser. Só continua comigo.

– Igor...

– Eu te amo. E só quero ter você. De novo e...

– Cala a boca! Você me magoou tanto. Me fez sofrer tanto. E ainda assim, eu te amo. Sinto falta do meu melhor amigo e do meu amor. E eu lamento te dizer, mas seu castigo serei eu. Que se dane tudo, o certo o errado. Também não posso ficar sem você. Tudo. Culpa. Desse. Maldito. Amor. – pausei, respirando fundo. Não sabia se ria ou se chorava. E nem me deixei pensar. Não me importava o resto. Não agora. Eu tinha tempo, e podia conviver com isso se eu continuasse com Igor. – Você me paga, Igor Borges... Me paga por ter me feito ficar apaixonada por você.

– Pago com juros. Enquanto você me quiser. E me amar. Te pago. – O beijei, feliz e mais satisfeita do que já me senti em qualquer momento da minha vida. Não restavam dúvidas. Eu amava aquele garoto. Amava mesmo. Conhecia-o, ele me magoou, acabou comigo. Mas me deixou inteira, me consertou. E eu sabia que me manter longe era bobagem. Tinha deixado tudo pra trás, queria o garoto. E sinceramente, parei de pensar enquanto o beijava. Apenas provando o gosto de seus lábios, e sentir seus cabelos macios em meus dedos. E suas mãos firmes em meu quadril, me puxando para si. Me afastei de leve e mergulhei naqueles olhos quentes e amorosos. Então ele se inclinou, me beijando de leve. Com uma posse contida e segura, em que eu era dele. E ele era meu.

Ficamos assim no fim da tarde. E eu queria, muito. Que tivesse sido pra sempre... Mas pra sempre nunca existe.


***


Entrei em casa, quase às nove horas, sorridente e saltitante. Igor e eu havíamos passado o fim de tarde na praia. Conversando, deitados na areia e trocando beijos. Meu estomago,a te agora, parecia cheio de borboletas.

Subi para o meu quarto, praticamente bailando. Tirei a sandália no corredor e prendi meus cabelos num coque com a minha caneta do bolso. Precisava de um banho, desabar na cama. Mas antes esperaria Igor me ligar, assim como ele prometera. Estanquei no quarto, ao encontrar Cecília sentada na cama, abraçada a um travesseiro. Sua expressão era abatida, e me assustou.

– Vi vocês chegando pela janela. Fizeram as pazes?

– Decidimos tentar novamente.

– Isso é...

– Ótimo? Sei que não gosta mais dele.

– É, não gosto mais... – Ela murmurou, sentei ao seu lado, apreensiva. Segurei suas mãos geladas e tremulas nas minhas.

– Cecília, o que houve?– Ela olhou nos meus olhos e lágrimas escorreram pelos seus olhos cor de areia. Ela continuou em silêncio. – Está me deixando preocupada.

– Eu preciso te contar uma coisa, Malu.

– Estou ouvindo.

– Eu não queria te magoar mais ainda. Ou estragar novamente a sua vida e... Eu...

– Cecília, para de enrolar e diga logo.

– Eu estou grávida. – estanquei, surpresa pela informação. Tentei digerir, minha irmã está grávida. Ok. Mas porque isso estragaria a minha vida?

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– Eu não entendi. – Cecília colocou as mãos no rosto e começou a chorar. Então, a realidade me tomou. Impossível! – Não...

– Eu sinto muito.

– É ele? – Engoli em seco, esperando que ela entendesse a pergunta.

– Sim, Igor é o pai do meu bebê.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.