Eu Não Posso Culpá-lo

Capítulo 2- Eu Não Posso Culpá-lo

PDV Annabeth

Eu gostaria de poder culpá-lo...

Mas a verdade é que eu não posso!

Amo-o demais para isso.

A verdade é que eu entendo.

Entendo que para ele seja difícil.

E para falar a verdade, para mim também é difícil.

Afinal, somos filhos de deuses e casamento nunca é fácil para um semideus. Nossos pais nunca nem se quer se CASARAM! Como podemos tomar uma atitude dessas assim, sem pensar?

E para ser sincera... Se Percy não tivesse dito que precisava pensar... Provavelmente EU o faria!

É uma decisão importante e que vai definir toda nossa vida daqui para frente.

Não é que eu não o ame.

E nem passa mais pela minha cabeça que ele também não o faça.

Mas é que precisamos pensar antes de tomar qualquer decisão.

Eu sempre fui uma pessoa que segue o caminho da razão.

Mesmo que seja difícil eu devo admitir que depois que conheci o Percy comecei a seguir mais meu coração do que a razão que sempre me guiou.

Mas quando o assunto é casamento...

Convenhamos... Precisamos ser racionais.

Casamento não envolve só amor.

Por exemplo, a própria deusa do amor, Afrodite, tem um casamento que não deu certo e esta só ama verdadeiramente o amante, Ares.

Casamento envolve divisão de contas, convivência e quando se tem filhos então?

O casamento pode ser algo muito bom quando se casa com a pessoa certa e na época certa.

Não adianta nada se casar com a pessoa certa em uma época ruim.

Antes de casarmos precisamos estar preparados para tudo que vem a seguir.

Pois a vida não acaba depois do casamento. Ela continua. O final feliz só acontece depois. Com os anos de amor sem fim que nunca vão acabar mesmo depois da morte.

E o mortal que um dia pensou que a Cinderela não teve problemas no seu casamento com o príncipe se enganou.

Brigas e desentendimentos são normais.

E o verdadeiro final feliz só acontece quando se está verdadeiramente FELIZ.

Eu e Percy não precisamos nos casar para sermos felizes.

Eu realmente não me sentiria bem se acabasse igual às outras deusas. Traídas e infelizes!

Principalmente sabendo que a culpa é minha por ter dito o maldito SIM!

Quero fazer as coisas sem preça e sem nenhuma preção por parte de tudo e de todos.

E é justamente por isso que eu vou para a casa do meu pai em São Francisco.

Não é porque eu não ame mais o Percy.

Eu o amo mais que tudo nessa vida, mas preciso de um lugar pra pensar.

E preciso de diferentes pessoas para me aconselhar.

Como eu disse uma vez ao Percy: Tudo ficará bem no final, e se tudo ainda não está bem é porque ainda não chegamos ao final.

Fechei minha mala e sai do meu quarto. Entrei no carro do meu pai e fui para São Francisco.

Espero encontrar bons conselhos lá.