Desilusões de Vandra

Capítulo 1


Eu estava parado em frente ao prédio branco, onde me disseram que tudo aconteceu.Mesmo tendo ouvido da família dela, eu não conseguia acreditar, tinha que confirmar.Entrei dentro do prédio, na recepeção havia um senhor, digitando no computador.

– Com licença... - Disse já me aproximando, ele olhou para mim e continuei. – Aconteceu um acidente aqui na semana passada?

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– Acidente? Você quer dizer o suicidio?

– Sim... - Respondi de cabeça baixa, então era verdade.

– Foi aqui, pobre garota, era tão linda... - Confirmou, olhando para cima pensativo.– Você é o jovem da entrevista? Fiquei sabendo que alguns alunos das escolas daqui vão fazer uma matéria...

– Matéria?

– Sim..... você é algum familiar da garota então?

Eu simplesmente não conseguia ficar mais ali, as lágrimas queriam sair pelo meu rosto.Me virei, deixando ele sem resposta. Mas antes de ir pela porta, ouvi uma voz feminina reclamando, me surpreendeu ouvir o que dizia:

– Velho tarado e..... cego! Por quê não me responde?! - Estava parada do outro lado do balcão, fitando aquele senhor. Vestia uma camiseta branca, era um uniforme escolar.

[ Flash back on ]

Havia uma garota loira, seus cabelos se mechiam, estava ventando muito.Era como um filme passando lentamente, ela não conseguia me ver, só eu a via.

– Desculpe. - sussurrou a garota para o nada, olhando baixo, e logo após, pulou. Não sabia para onde, eu estava paralizado, só podendo olhar para a mesma direção.
Acordei com minha mãe chamando, estava exausto e cansado, parecia que nem havia dormido.

– Você fica dizendo coisas enquanto dorme, credo... - Disse ela cruzando os braços.

– O que eu disse?

– Sei lá, não entendi direito... esquece. - Continuou já me fitando. - Nunca notei como você fica estranho quando acorda.

– Não enche mãe...

[ Flash back off ]

Eu podia reconhecê-la, tinha certeza, era a mesma do sonho.

– Por que você não me vê também?! O que isso significa...? - Continuou ela pensativa.

Ele não a respondia, muito menos a olhava, só continuava a digitar normalmente.A garota sentou-se no chão ainda perto do balcão, e gritou em meio a lágrimas:

– O que está acontecendo?!

Me aproximei até ela lentamente, e estendi minha mão para que pudesse se levantar.Ela tentou segurar, mas sua mão atravessou a minha.
O que houve? Será que ela é um espirito... Vandra... é o espirito da Vandra???!!

– Está tentando dançar com o ar garoto? - Ironizou o senhor recepcionista, rindo.