Obsession

Volta Agitada


Um burburinho começou e eu ouvi algumas meninas de Afrodite gritarem, e acho que até uns meninos também. Aff.

- Não atirem!! – gritei imediatamente, me levantando. – Os campistas me olharam confusos, e Ryuu olhava tudo atento, ele nunca tinha vindo aqui. Achava engraçado a maneira como os automatos de Hefesto pareciam reais, ele estava olhando e absorvendo tudo que via.

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- Percy? – perguntou Quíron. Ele estava em sua forma verdadeira, e o arco já estava posto nas mãos. Cara, ele era rápido.

- Eu mesmo! – sorri, descendo do dragão. – Ryuu, Forma Alfa!

Imediatamente, ele se afastou e suas peças foram mudando de posição, até eu ter na minha frente um Ryuu do tamanho da minha mão. Abaixei e o peguei. Ele subiu no meu ombro e ficou ali olhando tudo. Ouvi ‘’ohs’’ e ‘’ahs’’ na multidão.

- Percy!! – gritou alguém. Me virei pra olhar, e era Thalia, com o jeans preto de sempre, o Allstar e uma camiseta da...

- Lady Gaga?? – perguntei.

- Algo contra ela? – rebateu, com a sombrancelha erguida. Continuei encarando. Ela suspirou – Eu gosto da garra dos Monsters.

Eu ri – era bem a cara dela. Ela chegou mais perto, mas parou de repente.

- O quê? – perguntei.

- Seus... Hã... Seus olhos mexem. – ela falou.

Eu sabia do que ela estava falando, mas resolvi implicar: - Você queria que eles fossem imóveis?

- Você entendeu. – ela falou. Suspirei.

- Eu sou o deus dos tornados. Então... Meus olhos meio que refletem um tornado. – falei.

- Huh. – ela falou. Depois piscou e me abraçou. Ryuu tentou morder o cabelo dela. – Acho que eu devia ter me acostumado com coisas estranhas a esse ponto.

- Sempre caçando monstros por aí, devia mesmo. – concordei. Ela ficou envergonhada. – O quê?

- Eu saí. – ela falou baixinho. HEIN????

- Ei, Percy! – chamou outra voz. Era Nico. E junto com ele vinham Annabeth e o namorado dela.

- Nico. – o cumprimentei com um aperto de mãos. – Annabeth. – falei frio. Ela assentiu. – E... James?

- Jonas – respondeu com a mão estendida.

- Pior ainda. – falei.

- O que você está fazendo aqui, Pers?

- Ordens de Zeus. Algo sobre eu não fazer nada. E atazanar os deuses. – falei enteidado, e ela riu. - E aí, qual a programação pra hoje??

- Caça à bandeira. Mas Quíron falou que vai ser ‘’diferente’’.

- Eles vão permitir dragões de bronze?? – perguntei, os olhos brilhando.

- Ah, fala sério que você quer levar essa coisa!! – ralhou Nico.

- Essa coisa pode te queimar. – eu falei.

- Olha o tamanho dele!! Nesse tamanho ele não faz nada alem de levar um chute, e se voce levar ele na forma original ele vai fazer tanto barulho que vai levar o outro time direto pra você!

Suspirei: - Ryuu, Forma Beta. – ele pulou do meu ombro e caiu no chão do tamanho de um pastor alemão. Ouvi mais ‘’ohs’’ e ‘’ahs’’.

Quíron se aproximou com um pigarro: - Me desculpem, semideuses, mas vocês precisam voltar para o almoço. – Thalia revirou os olhos, e eles foram. – Senhor Perseu, vai almoçar tambem?

- Não, Quíron. Vou para meu chalé.

- Seu, ou...

- Meu. – falei. – ele assentiu.

Andei calmamente, até uma espécie de penhasco que havia na praia. Eu achei o lugar perfeito para construir meu chalé: No alto, perto do vento, e ao mesmo tempo próximo do mar e da areia. É, agora eu tenho um palácio e um chalé. Bem legal, não?

Entrei nele, e me senti em casa. Ryuu pulou numa cama e começou a olhar tudo, pulando de cama em cama, e fuçando os mini-tornados nos cantos do chalé. Eu me sentei numa das redes da varanda, que davam para o mar. Olhando para baixo, vi o chalé de Poseidon. Me lembrei de como costumava dormir lá, e agora eu tinha meu próprio chalé, maior e melhor que aquele.

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E depois olhei pro mar. Estava verde e calmo. Calculei que abaixo do penhasco ele devia estar fundo o suficiente para que eu pulasse sem quebrar a cabeça. Verifiquei que tinha uma janela aberta, para Ryuu sair se quisesse, e tirei a camisa e os sapatos. E pulei no oceano.

* * * * *

Eu estava saindo do mar, já de noite, quando vi Thalia na praia. Ela acenou para eu chegar mais perto.

- Caça à Bandeira!! – ela gritou. Ah, droga, tinha esquecido.

- Ah, droga! – falei. Saí correndo. – Obrigada por me lembrar, Thalia. Ei, quais são os times, a propósito?

- Azul: Chalés de Athena, Hades, Ares, Démeter e Afrodite. Vermelho: Zeus, Apollo, Hefesto e Dionísio. Os deuses menores estão espalhados.

- Diga a Quíron que estou no Vermelho. – falei, e ela sorriu.

- Vou me trocar. Obrigada de novo por me lembrar. – falei. Quando estava voltando para meu chalé, olhei por cima do ombro e vi Thalia olhando para mim... Hã.... Pra minha bunda, na verdade. Quando percebeu meu olhar ela corou e saiu andando.

Tentando ignorar o olhar de Thalia segunda atrás, eu tomei uma ducha rápida e botei a armadura que tinha ganhado de presente de meu pai. Era azul, com espirais azuis, que representavam tornados. Peguei também Anaklusmos, que agora era um anel de lápis-lazuli que eu carregava na mão direita. Não peguei elmo, eu sempre odiei aquelas coisas, e não era como se eu precisasse de um.

Pronto para batalha, eu encontrei todos os campistas me esperando para começar a partida. Nos dividimos, cada time papra seu lado, e Quíron deus as regras, as quais eu nem dei atenção. Estava meio ocupado olhando para Thalia. Ela não olhou na minha cara até o jogo começar.

- Apollo e Dionísio, distraiam eles pelas bordas. Hefesto, vocês ficam no rio. Os outros, fiquem atrás. Eu e Percy vamos pegar a bandeira. – falou, e olhou pra mim, como se quisesse minha aprovção. Assenti. Era estranho olhar nos olhos dela, sendo que ela estava olhando minha bunda a dez minutos atrás, mas eu tentei ignorar. – Vamos!! – ela gritou, e todos gritaram em consentimento e foram para seus lugares. Ouvimos o outro time gritar também e os barulhos de metal raspando comerçaram.

Eu e Thalia corremos até onde deveria estar a bandeira deles, esbarrando com um semideus no caminho. De repente avistamos a bandeira no ponto alto do terreno, e do nada, Nico se materializou na minha frente.

- Vá!! – gritei para Thalia, enquanto pegava Anaklusmos e golpeava Nico. Eu podia ter simplesmente conjurado um tornado, mas aqui eu era um semi-deus, e só poderia usar meus poderes de semi-deus. A faca dele passou a centímetros do meu pescoço. Eu desviei e peguei o outro braço dele, e virei. Não com força suficiente para quebrar, mas ia causar um bocado de dor.

Ele gemeu e caiu no chão, eu peguei a faca dele e botei no meu cinto. Thalia tinha acabado de pegar a bandeira, e estava prestes a vir na minha direção quando Annabeth e um outro garoto caíram de algumas árvores próximas dela. Porquê eles demoraram tanto?, me perguntei.

Não dava tempo de correr até lá, e enquanto Thalia ganhava tempo com alguns raios, eu fiz uma enorme bola de água aparecer ao redor da cabeça do garoto. Ele tentou gritar, mas a água já tinha entrado na garganta dele, e ele caiu no chão, tossindo. Enquanto isso, Annabeth se virou para mim e foi a distração de Thalia para correr.

- Ela está fugindo!! – gritou alguém no meio da multidão. Ouvi um barulho de raio. Annabeth olhou para o lugar onde estava Thalia, mas eu cheguei até ela e falei:

- Não vai lutar comigo?

- Percy, saia daqui, deixe eu pegar a bandeira de Thalia, e talvez você continue inteiro. – eu sorri e brandi minha espada contra a dela.

Ela desviou do meu ataque, deixando apenas a espada, e eu fiz uma força desnecessária, que me levou ao chão. Ela começou a correr na direção de Thalia. Deixar um inimigo consciente? Não é a cara de Annabeth.

Me levantei a tempo de empurrar meu corpo sobre o dela e jogá-la no chão. Ao mesmo tempo, ouvi os gritos de comemoração de nosso time, tínhamos ganhado.

Olhando para baixo, vi o rosto de Annabeth a centímetros do meu. A boca dela estava aberta, e eu podia sentir a repiração dela em mim. Eu olhei para ela, e ela olhou para mim.

- Ganhamos. – falou alguém do meu lado.

Imediatamente eu rolei para o lado, e deixei Annabeth se levantar. Olhei para a pessoa que falou comigo, e era Thalia, mas ela não parecia nada feliz.

Com um olhar para Annabeth, ela saiu dali com passos firmes. Annabeth se levantou, olhou para mim, revirou os olhos e saiu, me deixando no meio da mata, com meu time comemorando a vitória ali perto, e eu imaginando o que tinha de errado nessas garotas.