Inconstância

Inconstância


Estou de mãos atadas ante um precipício

O abismo profundo me tenta

Pede-me que o siga

Estás tu a mim atado?

Sigo no vácuo de meu ser

Vivo no presente o passado

Desafio a minha voz em minha garganta

Calo-me e entrego-me ao sacrifício

A turbulência de minha cabeça turva de um ar rarefeito

A vida me enoja

Me sinto enjoado na percepção do nada,

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Abaixo do nível do mar

A água, a água me cura

Me cura e me liberta e me livra da náusea

Água fria e pura, rica em oxigênio

Mas não deixarei declarações sensacionalistas

Nem retratos de uma personalidade concreta

Não eu,

Não declararei guerra nem paz

Declararei o inconstante.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.