- Juliana... Cavalo descontrolado... Perigo! Balbuciava Elena.

- Onde? Perguntou ele.

Elena apontou para a floresta. E com sua velocidade vampiresca Damon correu e puxou as rédeas do cavalo.

Com a freada brusca a garota foi lançada pelo ar.

Por coincidência ou talvez sorte, Juliana caiu sobre um monte de folhas secas que estavam amontoadas a sua frente amortecendo a queda, ela caiu de bunda. Seu rosto surpreso e assustado fitava o de Damon que estava em pé segurando a rédea do cavalo.

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O rosto assustado dela se transformou em um sorriso acompanhado de uma gargalhada passado o susto, Damon rindo sentou-se ao lado dela nas folhas.

- Você bem que poderia ter me segurado e não o cavalo. Disse ela rindo

- Desculpe, estava preocupado em te salvar que não raciocinei direito. Disse ele rindo. – Mas da próxima eu presto mais atenção...

- Espero que não tenha próxima. Riu Juliana.

Damon se levantou e estendeu a mão para ajudá-la a se levantar.

- É melhor a gente voltar logo, Elena deve estar tendo um treco... Disse Juliana aceitando a mão dele e levantando-se.

Stefan chegou com sua velocidade vampiresca acompanhado de Caroline:

- Você está bem? Perguntou ele.

- Estou sim foi só um susto. Disse Juliana sorrindo de meia boca.

- Ai! Que bom! Disse Caroline. – Err... Stefan é melhor a gente ir agora que já sabemos que ela está bem...

- É mesmo. Disse Stefan. – Vamos!

Os dois saíram, Caroline queria deixá-los sozinhos para ver se si acertavam.

Caminhando os dois seguiram em direção a casa.

- Muito Obrigada Damon! Disse ela.

- Pelo que? Perguntou ele.

- Por ter me salvado ora...

- Não, o que isso! Não fiz mais que a obrigação. Disse Damon.

- Obrigação? Que obrigação? Você não tem dever nenhum. Disse Juliana andando.

- Tenho sim, uma necessidade que vem de dentro, necessidade de não deixar que você se machuque em todos os sentidos. Disse ele deixando-a sem reação.

- Quer saber de uma, eu não aguento mais! Disse ela parando a caminhada.

- O que foi? Perguntou Damon assustado. – Não agüenta o que? Ele parou diante dela.

- Não agüento mais ficar brigada com você! Disse Juliana surpreendentemente abraçando Damon.

Surpreso e contente, Damon se deixou envolver pelo abraço. Abraçou-a forte e inspirou fundo aliviado, como se esse tempo todo nunca tivesse respirado.

Os dois saíram da floresta e chegaram na casa bem diferentes, era impossível de não notar que eles já estavam de bem outra vez, sorrisos e gracinhas eram trocadas.

- Santo Cavalo! Disse Caroline para Juliana quando eles chegaram.

- Ha ha... Muito engraçado. Disse Juliana.

Após deixá-la a salvo em casa Damon e Stefan seguiram para fazer a ronda, já estava anoitecendo. Caroline aproveitou o momento enquanto as moças estavam na varanda outra vez.

- Vai conta tudo! Disse ela.

- Contar o que? Perguntou Juliana.

- O que aconteceu na floresta é claro! Disse ela.

- Não aconteceu nada ora... Desconversou Juliana.

- Tá bom! E a gente nasceu ontem! Disse Bonnie.

- Você está com cara de que viu o passarinho verde! Disse Jenna.

- Ela viu foi o ‘passarão’ isso sim! Disse Caroline.

- Caroline! Me respeita! Exclamou Juliana.

- Ah ta! E você quer que eu acredite que não rolou nem um amasso na floresta?! Disse ela rindo. – Deve ser selvagem! Vou levar o Tyler um dia na floresta! Riu Caroline provocando e brincando com a amiga.

- Não! Claro que não! Não rolou nada! Disse Juliana ofendida. – O que vocês pensam que eu sou?!

- Nem um beijinho? Perguntou Bonnie.

- Não! Só um abraço! Bem demorado... Suspirou Juliana.

- Oh! Que EMO! Disse Caroline. – Damon está ficando fraco! O que você está fazendo com ele?

- Nada! Disse Juliana.

- Esse é o problema! Disse Caroline.

- Não dê ouvidos a ela. Disse Elena que até então estava quieta. – Mantenha-se assim como você é! Disse ela.

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- Aff! Namoro assim é amizade! Exclamou Caroline. – Tem que ter uma pegação’zinha de nada só para descontrair!

Juliana revirou os olhos.

- A gente não está namorando. Só fizemos as pazes!

- Hum... Disse Caroline. – Mesmo assim aproveita sua boba! Não é todo dia que a gente tem um vampirão como Damon aos nossos pés!

- Aproveitar como você aproveitou? Perguntou Bonnie. – Você aproveitou dele e quase foi morta!

- Águas passadas... Disse Caroline.

- Damon nunca me faria mal algum! Disse Juliana defendendo-o.

- Eu não tenho tanta certeza quando se trata dele... Disse Bonnie defendendo seu argumento.

- Pois eu tenho! Você não o conhece como eu conheço! Nem o entende como eu entendo! Eu sei quem ele é! E ele nunca me faria mal algum! Defendeu Juliana.

- Talvez não a você... Mas existem vários pescoçinhos aí para ele morder ou quebrar! Disse Bonnie.

- É melhor a gente mudar de assunto! Disse Elena percebendo que o atrito estava indo longe demais.

- É melhor mesmo, não quero ficar com raiva de você Bon, não vou te convencer e nem você vai me convencer... Disse Juliana.

- É verdade! Mas o que será que o Zach diria se te visse amiguinha do Damon? Disse Bonnie se retirando e entrando na casa.

No dia seguinte Juliana acordou um pouco mais tarde, pegou seu Ipod, um livro e foi em direção do lago.

Damon que estava no chalé de visitas observava a garota de longe pelo vidro da imensa janela.

Ela colocou o Ipod e o livro dentro de um bote e tentava em vão empurrá-lo da margem até a água.

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Damon saiu da choupana e foi na direção dela. Enquanto Juliana se espremia e fazia força nada do barco de madeira se mover. Chegando até ela, Damon deu uma empurradinha de leve com uma das mãos e disse:

- Voilà!

E o barco foi parar na água. Ele sorriu para se mostrar.

- Exibido! Exclamou ela.

- Uh! Desculpe Senhora Não Preciso de Ajuda! E de nada!

- Ha ha... Disse ela revirando os olhos. – Obrigada! Disse contra a vontade.

- O que você vai fazer? Perguntou ele.

- Ler um pouco. Disse Ela.

- No meio do lago? Perguntou ele novamente.

- É! Pelo menos lá a Caroline não fica me enchendo o saco sobre umas coisas aí... Respondeu Juliana.

- Eu vou com você. Disse Damon.

- Por quê? Perguntou ela surpresa.

- Para te proteger! Para que mais?! Disse ele.

- No meio do lago?! Eu vou estar cercada só de água?! Disse ela confusa.

- Você ficaria surpresa... Disse ele criando uma desculpa.

- Hum... Então você rema!

Damon remou até o meio do lago.

- O que você vai ler? Perguntou ele.

- O Retrato De Dorian Gray. Disse Juliana.

- Você só gosta dessas coisas de fantasia, é? Disse ele.

- Olha, não fala nada dos meus livros que eu não falo nada de Scarlet, okay?! Disse Juliana rindo.

- Okay. Disse Damon.

...

Entediado por não fazer nada, apenas observá-la ler Damon começou a provocá-la. Molhou a mão na água e jogou as gotículas nela em forma de chuvisco.

- Tá chovendo? Perguntou ela olhando para cima e tirando o livro de sua cara.

- Não! Disse ele jogando mais água nela.

- É você?! Para! Vai molhar meu livro! Exclamou ela.

- Vamos cair na água está ótima... Disse ele.

- Não! Eu vim aqui para ler, nem trouxe biquíni...

- E quem disse que precisa de biquíni? É só cair... Disse ele. – Estou entediado.

- Problema seu! Eu vim aqui para ler! Me seguiu porque quis... Disse ela levantando o livro para ler de novo.

Damon puxou o livro da mão dela, ficou em pé no barco e a pegou no colo.

- Se não vai por bem vai por mal! Disse ele.

- Não faça isso! Me solta Damon! Disse Juliana.

- Foi você quem pediu! Disse ele jogando-a na água e pulando em seguida.

Juliana caiu na água e em seguida subiu a superfície, mas Damon não estava lá.

- Você me paga Damon! Damon? Damon? Cadê você? Ela olhou para todos os lados e não o encontrou.

De repente ele emergiu bem na frente dela:

- Estou aqui. Disse ele com seu sorriso.

Os dois se entreolharam por um instante. Instigado, Damon avançou para ficar mais próximo de Juliana e beijá-la. Ela interrompeu o momento:

- Eu e você... Talvez nunca dê certo... Disse Juliana.

- Não precisamos dar certo, basta que a gente dê errado juntos! Disse Damon.

Juliana sorriu surpresa e não resistiu mais ao beijo e os braços dele que a envolviam.