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Julia viu o sorrisinho encantadoramente cínico que Damon não escondeu e ficou mais constrangida ainda.

- O que foi? – Perguntou ela notando que ele a olhava e continuava sorrindo.

Damon abriu a boca para fazer um comentário, mas desistiu, se o fizesse acabaria deixando-a mais sem graça, ele conhecia seu próprio jeito.

- Nada não... – Disse ele tentando relutantemente conter seu sorrisinho.

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Julia sorriu em amarelo.

- Bom... Acho melhor você ficar aqui enquanto eu trago o nosso jantar... – Disse Damon.

- Okay... Não saio daqui em hipótese alguma! Entendi... – Disse Julia.

- Isso mesmo! – Disse Damon.

- Mas e se eu quiser ir ao banheiro? – Questionou Julia sarcasticamente disfarçando a vergonha de pouco antes.

Damon revirou os olhos entrando no disfarce dela, mas não sendo enrolado.

Em poucos minutos ele retornou com uma toalha em seu ombro e os diferentes pratos do jantar num carrinho parecido com o usado por camareiros em hotéis.

- Voilà! – Disse Damon colocando um prato sobre a mesa, frente a Julia. (Voilá / Pronuncia: “Vualá” / Aí está! – Em francês).

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- Hummm... Que cheiro delicioso... O que é? – Perguntou Julia.

- É o nosso primeiro prato, Risoto de Camarão... Todo o nosso cardápio é 100% italiano. Nosso segundo prato é Cappellacci Di Zucca e a sobremesa é Tartufi... – Disse Damon apresentando o menu.

- Parei de entender os pratos na hora que você falou Risoto de Camarão! – Disse Julia.

- Que ultraje! – Disse Damon fingindo-se boquiaberto. – Como você não sabe o que são esses pratos? Pois saiba que a tradição de uma família italiana como a nossa é além de saber o nome de cada prato típico como também saber cozinhá-los, sei até fazer queijo defumado! – Damon se gabava.

- Okay, vovô! Mas os tempos mudaram e mozzarella só comprada no supermercado agora! – Exclamou Julia rindo.

- Vovô? Eu deveria te mostrar quem é o vovô! – Disse Damon aceitando a provocação.

- Ou você poderia me explicar o que são esses pratos! – Disse Julia. – Cappe... não sei o quê mais lá e tratu... o que?

- É Cappellacci Di Zucca e Tartufi! – Disse ele. – Cappellacci é feito a base de massa e abóbora _ ‘zucca’!

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- Ahh! – Disse Julia. – E esse Tartufi?

- São duas bolas de sorvete italiano, tem dois sabores e pedaços de frutas típicas, pode ser cereja, mas eu escolhi morango e pistaches moídos... – Disse Damon.

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- Hummm... Está muito bom... – Disse Julia depois de saborear uma garfada do risoto.

- Tudo o que eu faço é sempre muito bom... – Disse Damon cinicamente.

Julia estava constrangida, achava que hoje estava entendendo tudo no mau sentido. Acreditava que a conversa que teve com Elena deixou sua mente poluída. A qualquer momento pensava que Damon tocaria nesse assunto, ela tentava ignorar o comentário dele pensava que era tudo fruto de sua imaginação estranhamente corrompida nesta noite, entretanto ainda mostrava desconforto com a situação. Mal sabia ela que ele falou neste mesmo sentido obscuro para provocá-la e vê-la confusa.

Após dar seu sangue a Julia, Damon se sentia mais ligado a ela. Como se pudesse sentir tudo o que ela sentisse. Realmente algo tinha mudado dentro deles, por isso Julia estava tendo esses pensamentos estranhos e sonhos esquisitos. Os dois estavam conectados e cada vez ficava mais forte.

Julia era uma doppelganger de uma garota que Damon amou, o sangue do vampiro sempre esteve dentro dela desde que nasceu, por isso a alergia à verbena, devido ao sangue de vampiro em suas veias.

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A conexão que eles sempre tiveram era controlada, e eles estavam habituados. Mas desde que Damon a deu mais de seu sangue, hoje cedo, apareceram sintomas novos e perceptíveis. Julia estava mais sarcástica e irônica, sua mente estava notavelmente poluída, e ao dormir se conectou, pelos sonhos, com os desejos secretos de predador de Damon , desde o carnal até o sanguinário. Agora ela podia senti-los com tanta intensidade que podia se confundir com suas próprias vontades.

Damon sentia mesmo que algo estava diferente, mas não era uma coisa ruim. Era como se mesmo longe a presença dela estava forte, como se Damon pudesse encontrá-la em qualquer lugar do mundo sem receber sequer uma dica.

As consequências de mais sangue de Damon no sistema de Julia eram tão visíveis e não faz nem vinte horas que ele a tirou do hospital. Como eles vão lidar com essa situação que parece só piorar com o tempo?

- Tudo estava perfeito Damon! – Disse Julia terminando com seu Tartufi e segurando a mão de Damon que estava sentado ao seu lado.

- Não tão quanto você! – Disse Damon pegando a mão dela, beijando-a e olhando-a com seus olhos azuis matadores. Ele realmente sabia como enlouquecer uma garota.

Julia sorriu para ele:

- É isso que você fala para todas as garotas? – Perguntou ela.

- Só para as que dizem que eu tenho um bumbum bonito! – Exclamou Damon.

- Meu Deus! Você ainda se lembra disso? – Disse Julia.

- Claro, eu nunca vou me esquecer disso e muito menos deixarei você esquecer! – Disse ele rindo.

- Eu tinha acabado de acordar estava confusa e eu fiz uma piada, eu nunca vi o seu traseiro! – Exclamou Julia tentando se justificar euforicamente.

- Disso eu tenho certeza... – Disse Damon bebendo uma golada de seu vinho.

- Mas só porque eu nunca vi não significa que nunca olhei... – Disse Julia distraída brincando com uma pétala de flor caída sobre a mesa.

Damon ficou chocado ao ouvir aquilo, depois ficou tentando conter seu enorme sorriso descarado de satisfação enquanto digeria a conversa. Julia se tocou e olhou para ele:

- Eu disse isso alto? – Perguntou ela.

Damon não conseguiu se controlar e balançou sua cabeça positivamente com seu sorriso imenso estampado no rosto.

- Eu vou limpar a louça! – Disse Julia desesperadamente envergonhada levantando-se e começando a recolher os pratos.

Damon segurou o braço direito dela.

- Não! Eu faço isso! Pode ir para a sala já te encontro... – Disse ele pegando os pratos da mão dela.

- Tá! – Disse Julia praticamente correndo para a sala.

{To Be Continued...}