Everything

Capítulo 11


Na minha vida, eu sempre me precipitei em tudo, até o dia do nascimento, nasci uma semana antes. Buscava sempre encontrar o amor o mais rápido possível e é, encontrei. Aos dezenove. Meu primeiro ano de faculdade. Encontrei Edward em um curso a mais.

Ele todo lindo sorria para mim e me convidou para sair, logo nós estávamos namorando e eu engravidei. A gravidez me trouxe muitos desafetos, tanto com meus pais quanto a sociedade, uma garota grávida, que crédito ela tem?

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Edward me apoiou e até ficou feliz. Mas logo meu pai me deu as costas e a família Cullen me abrigou. Eu passei por muita coisa com meu filho e justo quando reatei com meu pai perdi o outro.

O que me dói por esses dois anos, a dor continua do mesmo jeito, como se nunca passasse.

É hoje que completa dois anos de sua morte. Estou em frente a lápide, seu caixão sobrou muito espaço, afinal um feto de seis meses, mal tinha o corpo formado.

Por incrível que pareça eu o amo do mesmo jeito. Mesmo ele não estando perto, deve ser coisa de mãe.

Senti um abraço e um beijo estalado na bochecha, mas o cheiro do Edward é inconfundível.

- Tudo bem amor? – Ele me perguntou.

- Acho que sim. – Minha voz já estava fraca, a vontade de chorar é imensa. – Sinto falta dele.

- Também sinto falta dele.

- E eu ao menos nem posso ter filhos mais.

- Estava pensando nisso ultimamente.

- E?

- Poderíamos adotar. Todo mundo faz isso.

- Edward essas coisas demoram e seria difícil eu conseguir.

- Que nada. Podíamos falar com Ian.

- É. Quem sabe? – Melhor não criar esperanças.

- Vamos para casa? – Ele perguntou repentinamente.

- Tem que pegar o Ian na escolinha de futebol, fazer o jantar, e ainda colocar roupas na lavadora, ajudar com o dever.

- Pizza, e ta na hora de contratar uma empregada meu amor. Hein?

- É melhor.

Nos levantamos e ele segurou minha cintura.

- Eu amo você.

- Eu também te amo.

Buscamos Ian na escolinha e voltamos pra casa. Enquanto nós comemos pizza Edward falou do tal assunto.

- Ian, o que acha de ter um irmão?

- Mas papai, a mamãe não pode. – Ele baixou a cabeça.

- Você gostaria meu anjo? – Perguntei.

- Sim.

- É que estávamos pensando em adotar. – Edward disse cuidadosamente.

- Sério? – Seus olhos brilharam.

- Mas eu tenho medo Ian, que ele não seja tratado igualmente por mim. – Eu confessei.

- Mamãe você é capaz de amar o mundo todo. – Ele me abraçou.

- Obrigada pequeno. – Senti pequenas lágrimas se formarem no canto dos meus olhos.

- Então vocês vão me dar um irmão?

- Sim.

- Obrigada.

Continuamos a nossa noite em família. Assistimos TV e Ian dormiu no colo do Edward, que logo o colocou na cama e voltou pro meu lado.

- Essas coisas demoram, espero que tudo de certo. – Disse enquanto me aconchegava em seus braços.

- Tenho visto sobre isso a certo tempo, e na semana que vem temos a entrevista com a assistente social.

- Você o que? – Fiquei de frente pra ele.

- Ah amor era só curiosidade e eu falei com o advogado e ele mexeu uns pauzinhos aqui e ali.

- Você é maravilhoso. – Abracei o forte.

- Quero recompensa. – Ele riu sedutoramente e mordeu a base do meu ombro.

- Não sei não – Fiz cara de desdém.

- Como assim?

Me levantei e sai correndo enquanto ele corria atrás de mim sem conter algumas lágrimas.

Ele me deu a chance de ser mãe novamente. Isso é incrivelmente maravilhoso.