Na hora em que ouvimos aquilo, automaticamente nós levantamos as mãos para cima, em sinal de rendição. Pois eu já tinha uma fama boa com a policia, então qualquer gafe cometida era fatal.

Nos viramos lentamente, e demos de cara com dois policiais apontando revolveres para a gente. Os dois tinham em média uns 30 anos de idade, um era meio loiro e o outro tinha o cabelo castanho, e o que eu não podia deixar de notar, os dois eram super bonitos.

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- Pegamos dois seqüestradores. – Disse o loiro pelo radio.

- Eles estão ali. – Eu apontei para Paul e a ruivinha.

- Tão querendo nos enganar em. – Disse o moreno, de cabelo castanho. – Eles são os reféns, vocês são os seqüestradores.

- Como? – Disse Jesse.

- Claro que não! – Eu gritei.

- Silencio mocinha. – Disse o loiro, vindo em minha direção, após guardar o radio transmissor.

Ele puxou meu braço para trás com a idéia de que ia colocar algemas em mim.

- Pode parar de graça! – Eu gritei, puxando meu braço, e saindo de perto dele.

- Suze! – Gritou mestre, que até então eu nem me lembrava que tinha vindo junto comigo.

- Como? – Disse o policial moreno, confuso.

- Eles são os reféns, e eles são os seqüestradores. – Disse mestre, apontando primeiro para mim e Jesse, e depois para Paul e ruivinha.

- Mas eles que estão amarrados. – Disse o policial loiro, como se fosse óbvio.

- É porque eles devem ter conseguido pega-los – Disse mestre.

- Ninguém vai me ajudar não! – Gritou a ruivinha que até então, estava calada.

- Não! – Gritamos eu, mestre e Jesse ao mesmo tempo.

- Policiais, não dêem ouvidos a estes loucos, nós somos as vítimas. – Disse ela.

- Abra esta boca de novo, que você vai ver quem é a vítima. – Eu disse.

- Não disse que ela era louca.

Quando eu estava pertinho de dar um tapa nela, Jesse me segurou. Ódio.

- Menino, você parece ser o mais sensato de todos aqui, nos explique o que aconteceu. Enquanto a gente solta estes dois. – Disse o policial loiro.

- Então... – Começou mestre, enquanto os dois policiais soltavam à ruivinha e o Paul.

Mestre contava a história inteira, desde quando a gente chegou aqui de carro, até agora. Ele contava tudo nos mínimos detalhes, como se tivesse contando um filme, até o som dos barulhos que ele ouviu, ele descrevia. O que deixava os policias mais curiosos ainda, apesar de que isto não seja um filme.

Depois de mestre esclarecer tudo com os policiais, todos nós tivemos que ir para a delegacia prestar depoimento. O que foi um saco, já que eu tinha ficha na policia, e ninguém acreditava em mim. E isto, que eu fui presa só em Nova York, e nunca aqui em Carmel.

Resumindo, depois de Paul afirmar que não tinha nada a ver com a história, que ele estava me ajudando e era só uma vitima, e ainda por cima ser rico a ponto de “fazer” os policiais acreditarem nele, ele foi liberado. Já a ruivinha não teve tanta sorte assim. Porque todas as provas apontavam ela, e como ela não tinha muito dinheiro pra sustentar a história dela. Ela foi detida.

Jesse foi o mais fácil de se acreditar, pois ele foi mantido como refém, e como ele era super educado, nada o abalava, ao contrario de mim, que dei algumas “patadas” nos policias que me questionavam, mais isto é normal.

Já mestre, recebeu até um cartão do policial, para caso quando ele crescer ele entrar para a academia da policia, pois ele era muito inteligente e blá blá blá... O que é algo óbvio, já que ele puxou a irmã.

Depois de toda esta confusão, estávamos agora em casa. Eu, Jesse e o mestre. Os outros, nem sei que fim levou. Qualquer hora eles chegam.

- Você acreditou mesmo, que eu tinha te abandonado pra ficar com a Pri? – Perguntou Jesse.

Jesse estava sentado no sofá, e eu estava deitada com a cabeça em seu colo, e enquanto ele mexia no meu cabelo, ele me perguntava um monte de coisas.

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- Se você chamar aquela vagabunda de Pri de novo eu te mato. – Eu disse.

- Calma minha hermosa. – Disse Jesse, se curvando para me dar um selinho. – E se você me matar, eu ainda vou continuar aqui, como fantasma. Não se esqueça disso.

- Hmm, eu te mato e te exorcizo com macumba brasileira. Ai eu quero ver. – Disse.

- Certo. – Disse Jesse, concordando comigo. – Voltando a pergunta, você achou mesmo que eu tinha de deixado?

- Sim. – Disse baixo, mais mesmo assim ele ouviu.

- Como você pode pensar isto, eu te amo.

- É que ela começou a me encher o saco, então eu fui ficando paranóica. E teve também a casa. Porque não me contou que tinha uma casa?

- Era surpresa. – Disse ele simplesmente.

- Surpresa pra que? – Eu perguntei. – O que custava você dizer “comprei uma casa nova”.

- Suzannah, é que você não entende. – Disse ele.

- Não entendo o que?

Quando ele abriu a boca pra falar, a porta é aberta com um rompante, que fez eu cair no chão de susto. Filho d...

- Eu ainda não desisti! – Disse Paul.