- Então, qual é plano? – Eu perguntei feliz por ter o feito parar de chorar.

- Não sei, ué! – Bela ajuda em. – Vamos ter que nos reunir com o Padre e o senhor de Silva, para resolvermos isso. – Disse com certa ironia ao dizer “senhor de Silva”.

- Ok. Vou telefonar para o Jesse, enquanto você vai La na sala do Padre Dom, certo? – Eu disse.

- Pois bem, como vocês perceberam o professor Harry, não entrou na sala. – Disse a irmã Ernestina, assim que entrou na sala. – Ele está com alguns problemas pessoais, e não pode dar aula para vocês. Então, podem ir para o pátio. – Então ela se virou e foi embora, deixando todos os alunos pulando de tamanha alegria.

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Todo mundo juntou a suas coisas, e saíram em direção ao pátio da escola, enquanto eu e Paul esperávamos um pouco mais atrás.

- Eu vou aproveitar que não temos aula, para falar com o Padre. – Disse Paul.

- Certo.

Quando todo o pessoal da saiu da sala, o Paul se levantou e saiu também, com certeza indo na sala do Padre Dom. Eu peguei meu celular, dentro do bolso e disquei o número do Jesse, sem ao menos olhar na agenda, pelo fato de eu sabê-lo de cor.

Depois de dois toques, ele atendeu.

- Oi, Suzannah, aconteceu alguma coisa? – Disse Jesse, assim que atendeu ao telefone.

- Não e Sim. – Eu disse, o deixando confuso. – Você ira vir me buscar né! – Eu disse.

- Sim. Por quê?

- Porque teremos que fazer uma reuniãozinha de ultima hora. – Eu disse. – Eu, você, o Padre Dom e o Paul.

- Suzannah, o que aconteceu? Diga-me. – Disse Jesse, transmitindo aflição ao falar.

- Não esquenta ok? – Eu disse, tentando deixá-lo menos preocupado. – Só venha.

- Está certo. Eu irei não se preocupe.

- Vou esperar. Beijos! – Eu disse.

- Beijos! – E então eu desliguei o telefone, juntei meu material e fui para o pátio.

Assim que cheguei ao pátio, vasculhei o local com os olhos para ver se encontrava Paul, em algum canto, mais como não encontrei nada, resolvi me sentar em um banco vazio, para esperá-lo.

Não demorou muito, eu avistei-o vindo em minha direção. Assim que ele chegou, ele se sentou ao meu lado.

- Falei com o Padre Dom. – Ele disse.

- E então? – Eu perguntei.

- Eu contei todo o ocorrido para ele, e ele disse que era para depois da aula, todos nós irmos até a sala dele, para tentar resolver o assunto. – Explicou Paul. – E você, falou com o Jesse?

- Falei, mas não expliquei a situação para ele. – Comecei a explicar. – Apenas disse que era para nós nos reunirmos e para conversar sobre um assunto.

- Beleza. E então, você e o Jesse, estão juntos né. –Disse Paul.

- Estamos. – Eu disse sem querer olhá-lo. – Mas você sabia que isto iria acontecer, mais cedo ou mais tarde.

- Mas eu esperava que fosse mais tarde. – Disse ele.

- Ai, Paul. – Eu disse, olhando nos olhos dele agora. – Não fique assim, você não merece isto. Você merece alguém melhor do que eu, e você sabe disto.

- Suze, você foi à única garota que me fez ver, o lado bom da vida. – Disse ele, olhando nos meus olhos. – A única garota que me fez ver o quão bom é ajudar os outros, ficar com a consciência livre. Resumindo, você é a única garota da minha vida, que eu sempre posso contar.

Lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos, enquanto eu dizia:

- Paul, pense em mim como uma irmã para você. Tudo isto que você disse que eu fiz, é coisa que uma irmã faria por você, entende?

- Claro, minha maninha. – Disse ele, rindo e ao mesmo tempo chorando.

- Vem da um abraço na sua irmã. – Eu disse, enxugando as lágrimas e rindo um pouco.

Nós fiquemos abraçados até a irmã Ernestina, nos chamar e mandar a gente pra sala.