Castlecalibur: Especial de Natal

Parte 4: eu sou seu pai, Alu!


Mathias estava em seu escritório sentado com os cotovelos apoiados na escrivaninha e a cabeça apoiada nas mãos.

- Como vou conseguir comprar todos esses presentes pra eles? E como vou contar que o Papai Noel não existe? E se não for contar, como vou seguir a farsa da existência do bom velhinho? E se o filme do Rafa não der certo? E se a Sociedade Protetora dos Personagens Mudos vier reclamar o elfo Link do Siegfried? E se a mancha de geléia da torrada não sair do carpete? Pelo submarino de Júlio Verne, o que eu devo fazer? Ó, deuses protetores da sabedoria, enviem-me uma luz!

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De repente, o velho relógio que não marca as horas badalou e fumaça começou a adentrar o ambiente.

- Ah, não! De novo, não! Isso não é bom sinal!

Mathias se escondeu atrás da escrivaninha até a fumaça sumir. Só então se aproximou do velho relógio, e viu que em frente ao pêndulo estava uma diminuta pessoa de uns seis anos de idade. Uma criança, pra ser mais exata.

- Ó, onde estou? – disse o menino, saindo do relógio. – Que lugar é esse? – só então percebeu Mathias. – Quem é você?

- Alucard, é você? – perguntou Mathias, intrigado.

- Sim, como você me conhece?

- Eu sou seu pai, Luke! Digo, Alucard! – anunciou Mathias, segurando um sabre de luz. Depois soltou o sabre e seguiu. - Você veio pra cá há um tempo atrás, vindo do futuro... mas você era... bem mais alto.

- Futuro? Então, aqui é o passado?

- Sim. Você não veio aqui pra impedir que eu virasse vampiro, veio?

- Não. Eu tava só me escondendo nesse relógio velho... porque tava com medo do Papai Noel!!! – e o menino se agarrou nas pernas de Mathias.

- Mas o que o bom velhinho tem de tão assustador?

- Uma pança enorme, uma boca enorme, olhos vazados e dentes afiados! E mora debaixo da minha cama!

- Ah, você confundiu ele com o Bicho Papão!

- Posso ficar aqui, por enquanto?

- Pode. Mas agora eu tô ocupado, vou levar você até a tia Hilde! Ela adora crianças, vai tomar conta de você...

Mathias pegou o pequeno Alucard pela mão e foi até sala onde estavam Hilde, Siegfried, Leon, Trevor e Link. A moça estava com o chicote dos Belmont em mãos, dando uma surra no alemão.

- Repete isso, se for homem!! – disse ela, dando um couro no rapaz.

- Ahh, desculpe, Hilde, eu falei sem querer!! Ahh, pára, tá doendo! – choramingava o rapaz, com os olhos marejados.

Trevor e Leon estavam escondidos atrás do sofá e Link, com as pernas bambas, estava sobre uma poça de xixi, aterrorizado.

- E vocês dois?! Não vão dizer nada? – perguntou, voltando a atenção para os Belmont.

- N-n-não... – respondeu Leon, se encolhendo atrás do sofá, louco de medo.

- Nossa, e eu achei que enfrentar o Drácula fosse difícil... – comentou Trevor baixinho.

- O que você disse?!?!?! – perguntou ela, chutando o sofá pra longe.

- Nada! Eu só, eu só...

- Mathias, você por aqui! – falou ela, finalmente notando a presença do rapaz. – E esse pirralhinho? Não me diga que é o Alucard pequeno que voltou do futuro? Vem cá com a tia, vem!

Mas o menino parecia apavorado e se escondera atrás de Mathias.

- É... é o Alucard... Hilde, eu já falei pra você não bater no Siegfried depois das seis da tarde de sexta-feira! – lembrou Mathias.

- Ah, já são seis? Desculpe, Siegfried, foi o jet lag. – justificou ela, esquecendo que havia meses que já havia mudado de fuso-horário. – Mas você veio aqui falar comigo? O que era, Mat?

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- Nada. Eu só vim mostrar a casa pro Alu...

- Mas você deve estar bem ocupado, não quer que eu cuide dele?

- Não, obrigado. – e Mathias afastou a criança.