No dia seguinte

POV Percy

No final da aula eu e o pessoal (menos a Annabeth) estávamos conversando escorados no carro do Grover quando eu vi Annabeth saindo da universidade e se sentou num banco (sozinha), só que aí me lembrei da noite anterior. Fui até o Ethan e parei do lado dele.

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- Posso falar com você? A sós? – sussurrei

- Claro. – sussurrou de volta.

Nos afastamos da gangue. Paramos na frente do estacionamento. Ele escorou na parede.

- Que foi?

- Há uma semana, para ser mais exato há cinco dias, eu estava indo para a aula de Box, vi você e Annabeth saindo de um motel. Será que você pode me explicar o que aconteceu naquele dia?

- Ah, então foi por isso que você terminou com ela?- o fuzilei. – Ah, maus, tá bom, foi assim: uma garota aqui da universidade marcou comigo naquele motel, só que eu fui de táxi e quando eu cheguei lá, vi que ela tinha furado comigo.

- O que isso tem a ver?

- Peraí, to chegando aonde você quer... Eu tinha trocado de celular e o único número que eu estava lembrando era o da Annabeth, eu liguei para ela e ela foi me buscar. Eu pedi para Annabeth me deixar dirigir, ela deixou e depois eu voltei para e ela para a dela.

- E do que vocês estavam rindo?

- Nem me lembro. – fez uma cara pensativa – Acho que eu falei que era burro de cair no papo da garota. Uma coisa assim.

- Ah. – foi a única coisa que eu consegui dizer. – Obrigado.

- Não há de que. – falou e saiu.

Fui para o banco debaixo da árvore e sentei. “Como eu sou burro!” pensei “Se eu tivesse ouvido ela ainda estaríamos namorando.” Enterrei o rosto em minhas mãos e algumas lágrimas desceram. Senti alguém sentar do meu lado, era Rachel.

- Porque você tá assim? – perguntou

- Por que eu sou o cara mais idiota do mundo. – falei olhando para cima. Um vento forte de outono de inverno passou bagunçando meus cabelos.

- E porque você é um idiota?

- Por que eu terminei meu namoro com a garota mais perfeita do mundo.

- Então porque você não para de ficar aqui se remoendo e não vai atrás dela? – ela se levantou. – Quem sabe a Annabeth não te dê outra chance.

- Você está certa! – falei me levantando. Limpei as lágrimas que tinham caído. – Obrigado Rachel.

- Não há de que. – falou e saiu.

Fui até onde o pessoal estava. Seguindo-a.

- To indo. Tenho que fazer uma coisa. – peguei minha mochila de cima do capô do carro e saí correndo.

//////////////

Cheguei a minha casa e fui tomar um banho. Coloquei minha roupa (link: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=33744921&.locale=pt-br) e desci. Minha mãe e Paul estavam na sala conversando e assistindo TV.

- Mãe, me empresta seu carro?

- Claro filho! A chave está aí na bancada.

- Obrigado. – peguei a chave.

- Vai aonde?

- Vou resolver um assunto.

- Tá bom. Beijos. – Fui até a cozinha e bebi um copo d’água. – Ah, filhos, quando você estiver voltando, passa no supermercado e compra arroz, açúcar e café para mim.

- Tá bom. – peguei um papel, anotei o que ela queria e enfie no bolso. – Tô indo. Tchau.

Peguei o carro dela e sai. O caminho inteiro eu fui pensando no que ia dizer para Annabeth, eu não tinha idéia do que dizer, eu sabia que tinha a magoado profundamente e que, provavelmente, ela não me perdoaria.

Parei o carro em frente a casa dela e desliguei-o, respirei fundo e sai. Tranquei o carro e fui até a porta da casa dela. Toquei a campainha e esperei.

O Sr. Chase abriu a porta, arregalou os olhos quando me viu (ele estava de costas quando atendeu, pelo jeito, dando um sermão nos filhos).

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- Olá Percy. – falou.

- Oi senhor Chase.

- Entra. – eu entrei quando ele deu passagem. – O que te traz aqui?

- Quero falar com Annabeth.

- Ela está no quarto dela.

- Obrigado.

Comecei a subir a escada.

- Percy. – o pai dela me chamou.

- Sim?

- Ajude-a, por favor. – não entendi, mas respondi:

- Pode deixar.

Terminei de subir as escadas e fui até o quarto dela. Abri a porta devagar e a vi sentada na cama abraçada com o travesseiro, chorando. Entrei sem fazer barulho e fechei a porta, também sem fazer barulho.

- Annabeth... – chamei.

Ela limpou as lágrimas e se virou.

- Percy! O que você está fazendo aqui?

- Vim falar com você. – falei sentando na cama.

- Percy, antes de qualquer coisa, me deixa explicar o que aconteceu naquele dia.

- Não precisa. – falei. Ela me olhou espantada.

- Como assim?

- Pedi para o Ethan me explicar. – sentei mais perto dela e peguei sua mão.

- E você vai acreditar nele?

- Vou. – olhei em seus olhos. Eles estavam vermelhos. – Annabeth, eu vim aqui para te pedir uma coisa.

- O que?

- Vim pedir seu perdão. Annabeth, me perdoa por não ter te escutado?

Seus olhos lacrimejaram e ela me abraçou.

- Claro que te perdoou Percy! – sua voz estava chorosa.

- Mesmo? – perguntei.

Ela me olhou nos olhos, eles estavam cheios de lágrimas, como se ela estivesse para chorar, o que era verdade.

- Porque eu não te perdoaria? Eu te amo, Percy.

Sorri. “Como ela pode ser tão doce?”.

- Eu também te amo, Annabeth. – abracei-a. – Annabeth... Volta comigo? Eu não aguento mais ficar longe de você.

Ela me olhou nos olhos e abraçou meu pescoço.

- Volto sim. – ela se aproximou e nós nos beijamos.

Peguei-a e coloquei-a no meu colo. Ela colocou a cabeça no meu peito e fechou os olhos. Observei-a melhor, seu rosto estava pálido e ela estava mais pálida que o normal, fiquei acariciando seus cabelos ate a hora em que percebi que ela havia dormido. Deitei na cama junto com ela, ela aninhou-se no meu peito e suspirou.

Foi aí que eu entendi o que o Sr. Chase quis dizer, para Annabeth estar do jeito que estava, pelo jeito, ela ficava trancada no quarto chorando e saia apenas para comer, e comia muito pouco. Continuei a acariciar seus cabelos, ouvi alguém entrar no quarto, era o Sr. Chase. Ele olhou para Annabeth, depois para mim e sorriu.

- Você conseguiu fazê-la dormir... – sorri fraco. – Percy, quando ela acordar, tente fazê-la comer alguma coisa. – ele saiu e voltou bem rápido com uma bandeja de comida. – Por favor.

- Pode deixar senhor Chase. – ele sorriu agradecido, colocou a bandeja na bancada e saiu.

Annabeth se mexeu um pouquinho, colocando a perna esquerda entre as minhas e depois segurou minha camiseta. Passei meu braço na sua cintura e, de novo, ela suspirou.

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Annabeth se espreguiçou, me olhou, deu um sorriso que derrete o coração de qualquer um [n/a: principalmente o seu né, Percy!] e se sentou, me sentei e levantei.

- Aonde você vai? – me perguntou.

- A lugar algum. – falei pegando a bandeja e sentando na cama do lado dela. – Você tem que comer alguma coisa.

Ela fez uma cara de filhotinho sem dono, mas logo começou a comer, me pus atrás dela, abracei sua cintura e fiquei beijando seu pescoço. Ela terminou de comer, me olhou e eu beijei-a. Depois, levantei-me, coloquei a bandeja e voltei para a cama.

Passamos o resto do dia juntos sem falar muita coisa e a noite, ela pegou suas coisas e foi comigo para minha casa (claro que antes eu passei no supermercado e comprei as coisas para minha mãe.).