Smile

Capítulo 1: I Wont Give Up.


Se cantar fosse o bastante, todas as noites eu cantaria até ficar rouco.

Se gritar fosse o bastante, todas as noites eu gritaria até que minha garganta falhasse e o sangue viesse à minha boca.

Se morrer fosse o bastante, eu não hesitaria em morrer mil vezes da pior morte possível, claramente sorrindo, com gosto.

Mas nada disso é o bastante para você, que ainda nega todos os meus pedidos e súplicas como se tudo que eu fizesse não passasse de um gesto sem sentido.

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Mas não.

Não me esqueça, não me ignore, teus silêncios doem mais que o pior dos ferimentos que o pior e mais louco dos psicopatas possa me causar. Dói mais que o rasgo da faca mais afiada, dói mais que o arranhão da pior fera, dói mais do que o pior veneno que não mata, apenas tortura.

Não me deixe de lado, não me trate mal por nada, teus olhares gélidos me assustam e atemorizam, mesmo que eu não demonstre. Dói por dentro e por fora e em todo meu corpo e inclusive na minha alma.

Eu tento tantas vezes. Me firo e me quebro num ciclo interminável de ferir e sarar, mas não desisto.

Dificilmente, não desisto.

Porque continuo a acreditar que bem no fundo dessa tua alma e desse teu coração ainda empedrado, há um sentimento que nutre por mim, nem que seja ódio. Porque o ódio é só uma das facetas do amor, e da forma mais dolorosa e torturante possível, você me ama.

Me dizem que o amor pode custar caro demais. Que custe. Vendo meu carro, meu apartamento, minhas roupas, meu corpo, meu órgãos, tudo apenas por você. Vindo de você, tudo é aceitável e estranhamente perfeito.

Perfeito.

Sei que por dentro você não é uma pessoa má, apenas não sabe lidar com os outros e teme se machucar. Corta relações como se corta o caule de uma erva daninha em seu jardim exclusivo.

Eu entendo.

E por isso espero pacientemente que um dia você olhe e sorria para mim, nem que seja só um pouco e dure milésimos de segundo.

E vou esperar.

Espero o tempo que for preciso, porque se for por você, tudo vale a pena. Tudo. Eu lambo o chão por onde você caminha. Eu o beijo. Eu roubo estrelas do céu e te prometo a maior e mais brilhante delas, e você olha para mim e balança a cabeça dizendo que não quer, mas mesmo assim, eu a pego e ponho na minha mão, e te mostro.

E você fica sem palavras, e acho lindo isso. Você, sem nenhuma resposta fria ou ignorante para me dar, e então transformo essa estrela numa flor e mesmo que não seja muito a sua cara ou que você tampouco goste, ponho nos seus cabelos, detrás da orelha.

E sorrio.

E se você ainda não sorri, continuarei sorrindo por nós dois.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.