Inimiga Mortal

Capítulo 9 - Choque


Acabaram-se as festas e o Salão Comunal da Sonserina deixou de ser totalmente meu. Pansy percebeu que suas malas haviam sumido e ela foi tirar satisfações comigo. Claro que não conseguiu argumentar comigo (e enquanto discutíamos, Draco e Blásio se acabavam em rir da cara da Pansy):

- E para terminarmos a nossa discussão básica – falei em um tom dramático e apontei a varinha para a Pansy – Obliviate!

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Senti novamente minha varinha sugando as memórias:

- Ah! Olá Riddle – ela disse fingindo alegria – como foram suas férias sozinha aqui em Hogwarts? – debochou.

- Boas, sem ver a sua cara, foram as melhores da minha vida.

Agora até Crabbe e Goyle riam da cara de Pansy, esta já estava vermelha de vergonha... E raiva.

Mostrei a língua para ela e só consegui pensar na música “Smile” da Avril Lavigne (N/A: eu sei que não é da época, porém...).

You know that I'm a crazy bitch


I do what I want when I feel like it


All I wanna do is lose control

Fomos direto para a aula de Defesa Contra As Artes das Trevas, onde eu veria (novamente) o meu pai. Sentei ao lado de Blásio – já que Pansy puxou Draco para sentar ao seu lado, eu ri tanto da cara dele!

Prestei mais atenção na aula do que o necessário e até agradeci que Pansy tivesse puxado o Draco, já que Blásio estava prestando bastante atenção e ele, não:

- Se... Senhor Ma-Ma-Malfoy, gostaria de pa-pa-parar de fa-falar?- bronqueou Quirrell/Papai.

Draco obedeceu, porém não deixou de rir baixinho, acompanhado de todos.

Menos de mim.

Não iria contar a ninguém que no corpo do perdedor do Quirrell vivia o meu pai! Mas nem morta!

***

Passaram-se alguns dias e eu percebi que o “trio maravilha” não saía da biblioteca, o que era realmente estranho.

Em uma tarde de sexta-feira, eu, Draco e Blásio (Pansy, Crabbe e Goyle estavam na detenção) estávamos sentados debaixo de uma árvore comendo Sapos de Chocolate, alguns metros longe do “trio maravilha”, que estava aos cochichos:

- Olha só! Peguei um sapo estragado! – começou Draco (o sapo não estava estragado e ele enfiou na boca de Blásio, que fez uma cara de protesto) – Vamos ver a carta? Olha só! – ele disse, em alto e bom tom, me mostrando a carta de Dumbledore – Ronald Weasley! – os três nos encararam – pobretão, traidor de sangue e com um pai que ama trouxas! Péssimas notas. E olha, ele tem um segundo nome! ORELHAS-DE-FOGO!

Eu ri, acompanhada de Blásio e alguns terceiranistas que passavam:

- Olha Draco, é do Dumbledore, o herói do testa-rachada!

Ele riu e eu comecei a ler o que estava escrito. Quando terminei, Potter tinha pegado da minha mão e correu para mostrar aos amigos. Draco começou a gritar que roubar é crime, arrancando mais risos e eu ouvi um coro “Potter-ladrão, volta pro lixão!”.

Fui até eles e peguei a carta:

- Acharam sobre o seu querido Nicolau Flameu? – sussurrei.

- Achamos, não está óbvio? – perguntou a Granger.

- Ui, ta irritadinha, cabelo de Bombril?

Ela ficou vermelha e eu me retirei, mas não antes de ouvir “vamos à casa do Hagrid, hoje a noite”. Sentei novamente entre Blásio e Draco e sussurrei na orelha do loiro:

- Vamos à casa de Hagrid, hoje à noite.

***

Eu e o Draco nos preparamos logo após o jantar. Pansy ficou insistindo para ir, porém Draco disse que chamaria muita atenção. Blásio, Crabbe e Goyle se convenceram, mas Pansy não parava de insistir:

- Então – disse – eu vou, a Riddle fica!

- Nem vem que não tem! – protestou Draco, parecendo um pouco desesperado, comecei a rir com vontade – vai dormir, Pansy.

Quando finalmente conseguimos desgrudar a Pansy, eu e Draco saímos do Salão Comunal , prestando atenção nos barulhos. Saímos do castelo, agradecendo por só termos encontrado a Madame Nor-r-ra.

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Chegamos em uma das janelas daquela cabana imunda e vimos o trio mais o gigante fedorento:

- Vamos contar para a McGonagoll! – disse Draco, já saindo correndo.

- Não, seu idiota!

Mas Draco já estava longe, com isso, o trio saiu andando às presas:

- Oi víbora – provocou o Weasley.

- Que foi, leitão? Ah sim, só para dizer, estamos todos de detenção, o idiota do Draco foi contar pra McGonagoll.

- Olha, a víbora admitiu que a doninha branca é idiota! – zombou o ruivo.

- Mas você não deixa de ser mais besta que ele.

Ele ficou quieto o resto do caminho.

Como eu disse, estávamos de detenção.

***

- Malfoy, você superou o seu nível de burrice – disse o Weasley, enquanto íamos para a cabana do Hagrid, uma semana depois.

- Então agora me chame de Ronald Weasley... Ah não, isso inclui ser traidor de sangue e pobre, coisas que eu não sou.

Desatei a rir.

Chegamos e encontramos o Hagrid com algumas lágrimas nos olhos, a Granger ficou toda preocupada, eu dei de ombros:

- Podemos começar logo essa detenção? – perguntei, impaciente.

- Claro, claro...

Entramos na Floresta Proibida e paramos:

- Estão vendo isso, crianças? – perguntou Hagrid, apontando para algo prateado no chão.

- Sangue de unicórnio – falei.

- Isso mesmo, Srta. Riddle – deu para sentir a repulsa de Hagrid a falar o meu sobrenome, mas não era só por causa do que o meu pai fez após se tornar Lord Voldemort, tinha algo por trás – viemos achar esse coitado, que ora está muito ferido, ora está morto. Eu, Hermione e Rony vamos juntos, Malfoy, Harry e Riddle vão para o outro lado.

- Tudo bem, mas o Canino vem com a gente! – ordenou Draco, tremendo de medo.

Covarde...

Seguimos pelo lado mais escuro da Floresta, com o Draco segurando o lampião e eu na cola do Canino:

- Espero que esse babaca do Hagrid ache logo esse maldito unicórnio para voltarmos ao castelo – comentou Draco.

- Se eu não te conhecesse, Malfoy, diria que está com medo – debochou o Potter.

Não pude deixar de rir.

- A Felícia é a única que não está com medo, já que você está se mijando, Potter.

- Então se agarra nela, machão.

Eu já estava rolando de rir! Aposto que Draco queria voar no meu pescoço, mas estava muito engraçado.

Ou, estava até agora.

Encontramos o unicórnio e... Um homem encapuzado tomando seu sangue. Draco berrou e saiu correndo, seguido por Canino e deixando o lampião cair.

Potter levou a sua mão à cicatriz e então reconheci o homem que vinha em nossa direção:

- Pai?

Potter ficou estupefato, e o homem também.

***

- Felícia! Felícia! – chamava-me Potter.

- Diga, Potter.

- Aquele era...?

- Sim, era Lord Voldemort... Meu pai.

- Você sabe o que acontece com quem bebe sangue de unicórnio?

- Vida eterna... Porém, amaldiçoada.