Meu Doce Lírio

Capítulo 20 - Você-Sabe-Quem


O inverno se aproximava à passos largos, e Hagrid previa um frio rigoroso para a estação. Porém o clima era o menos importante no mundo bruxo. O Profeta Diário tivera o maior número de exemplares vendidos na edição em que anunciava o autor dos atentados contra trouxas, nascidos-trouxas e traidores de sangue.

Não fora bem uma descoberta emocionante do jornalismo, na verdade, a mente por trás dos ataques confessou, em uma tentativa de publicidade e adimiração. Assustadoramente, a criatura cruel tinha acertado no golpe.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Em um discurso sobre a hierarquia bruxa (fato que lembrava muito as palavras que Lúcio Malfoy tinha pronunciado à meses na estação King’s Cross), o homem alegava estar em prol do bem maior, reprimindo quem era, considerado por ele, inferior à população mágica. E educando Traidores de Sangue e Nascidos Trouxas. Seu nome era Voldemort, Lorde das Trevas, e seu aparecimento criou um caos em Hogwarts, no Ministério e em toda residência mágica.

O temor era tanto que nem mesmo seu nome era frequentemente pronunciado. Se referiam à ele como ‘Você-Sabe-Quem’ ou ‘Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado’, e a maioria dos “sangues-ruins” beiravam ao desespero em temor às suas famílias e sua própria segurança.

– Lily, não se preocupe... Meus pais estão escoltando sua casa diariamente, minha mãe está considerando a possibilidade de se mudarem para sua cidade. Nada vai acontecer com sua família. – Garantiu James depois da milionéssima vez que a ruiva o perguntou sobre Cambridge.

Às vésperas do Natal, poucos alunos se aventuraram à sair do castelo para ver a família. Curiosamente a maioria dos que foram aproveitar as férias de inverno eram sonserinos, incluindo Severo, que mais uma vez iria se hospedar com os Malfoy.

Lily e Remo tinham organizado um campeonato de Xadrez Bruxo, em uma tentativa de animar os ânimos dos alunos. E Sirius usava daquela oportunidade para cantar Marlene, ansiando alguma atenção. Definitivamente a rejeição do garoto entretia a ruiva regularmente.

– Black, eu vou acabar pegando uma detenção... Você está me deixando sem escolha a não ser te azarar! – Era o alerta frequente da menina Lufana.

James continuava em sua estranha atitude de encarar Lily. E a garota de cabelos acaju não conseguia frear sua curiosidade para enfim conhecer a vaca que estava se encontrando com Potter. Certamente não era da Sonserina, todavia ela não suspeitava de ninguém da Grifinória, pois eram todas óbvias demais, e o pouco que sabia de tal ramo do menino, já tinha lhe ensinado que ele gostava de desafios.

Em uma tarde de fim de semana, a ruiva escreveu uma carta aos pais junto com o tradicional cartão de aniversário de Petúnia. Eles já sabiam da proteção que recebiam da família de James, e se comoviam sempre que eram lembrados desse ato nobre. Curiosamente Charlotte e a Sra. Potter tomavam chá juntas frequentemente, e John e o marido da bruxa tinham ido pescar juntos em dias chuvosos mais de uma vez.

Dumbledore reagia da forma estranha. Pouco antes do anuncio sobre o Lorde das Trevas, o diretor estava anormalmente presente nos corredores e arredores do colégio, até mesmo tinha flagrado Alice e Frank aos beijos no fundo da biblioteca, fato que constrangia a amiga bastante. Porém agora havia boatos de que o professor nem mesmo em Hogwarts se encontrava. Muitos diziam que era por que estava armando resistência e Lily gostava de pensar nisso, e até mesmo tinha vontade de participar de tal movimento.

– Certamente ele está lutando contra Você-Sabe-Quem... – Sussurrou Julian após um jantar de praxe em que a cadeira do diretor estivera mais uma vez vazia.

Os preparativos para os N.O.M.s distraiam a garota, e a deixavam confiante. Os estudos que vinha tendo com Remo na biblioteca agora eram práticos em um corredor vazio do terceiro andar. Lily estava também usando a sala de poções, com o consentimento do Prof. Slugorn, para ajudar Alice. E de contra gosto tinha aceito a proposta de James que vinha lhe dando aulas em Defesa Contra Arte das Trevas, uma matéria que ultimamente vinha se mostrando de vital importância.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Evans você tem que estar mais empenhada! – Repetia Pontas, depois da menina ter errado novamente o feitiço de estuporar.

– Eu estou tentando, não é simples sabia?

– Eu sei que não é, mas você é capaz... Tem que focar no alvo

Lily tentou novamente, sem sucesso após as faíscas na ponta de sua varinha morrerem antes de chegar ao destino final.

– Ela precisa de um incentivo real – Comentou Pedro que estava assistindo.

– Bem pensado – James virou-se para a ruiva – Eu já volto...

A garota não sabia do que se tratava o “incentivo real”e para ser honesta não tinha real desejo de saber. Ela se sentou ao lado de Rabicho, o menino gordo estava foleando um livro sobre transfiguração e lhe mostrou com orgulho o capítulo sobre animagos.

– Vocês foram geniais nesse assunto, me impressionou muito... – Ela sorriu para o amigo que ruborizou levemente com o elogio.

Ambos foram interrompidos por James que era seguido por um Sirius confuso.

– Qual é o motivo de você ter me arrastado para cá? – Black perguntou ainda atordoado.

– Almofadinhas, apenas fique parado aqui, quieto – Pediu o amigo. Lily sorriu já compreendendo, empunhando a varinha ela apontou para Sirius, que a encarou descrente.

– Evans...Q-Que você está fazend-do?

Estupefaça! – Um raio vermelho foi em direção ao tronco do garoto, que soltou um grito impagavél e voou nos braços a posto de James.

– Muito bem! – Pedro bateu palmas

– Foi perfeito... – Potter a olhou adimirado.

– P-Perfeito? Pontas, o que foi isso? – Black se recompôs, arrumando suas vestes e cabelos.

– Estou apenas ajudando Lily a se defender – James ainda enviava um olhar que mesclava entusiasmo e orgulho.

– Desculpe Black, mas não machucou não é? – A ruiva perguntou preocupada.

– Sorte a sua que Marlene não viu, Evans! – O garoto confirmou o quão deserto o corredor estava e depois voltou-se para a menina – Mas foi um bom feitiço, parabéns – Enfim pronunciou, nintidamente envergonhado.

– Não estou com um boa sensação sobre esse maníaco que se diz Voldemort... Temos que estar bem preparados... – James encarou pensativo os amigos e segurou com força sua varinha. Era ousadia da parte dele pronunciar aquele nome, e Lily foi tomada por adimiração à sua coragem.