S.O.S Eu Te Amo ?

Capítulo 25


Bella PDV

Caminhei pelas ruas até minhas pernas protestarem. Meu coração e minha mente batalhavam avidamente, cada um com sua opinião, e eu não sabia a quem deveria ouvir. Era extremamente notável o arrependimento de Edward, e também entendível que a idade e a situação da época colaboram para a atitude que ele teve diante da tal da Emily. Mas sinceramente, não justificava. Poderia até explicar, mas não justificar. Matar uma criança ? Um ser humano ? Só de pensar nisso eu sentia meu coração afundar dentro do peito.

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Caminhei mais um pouco até o Central Park e me sentei em um dos bancos. Precisava pesar todos os lados da situação, ponderar cada fato para poder tomar a minha decisão. Por mais que eu tentasse evitar, eu tinha que toma-la.

EDWARD .... CHARLOTTE ... CRIANÇA ... FILHA ... EU ... 17 ANOS ... MENINA ...

TRIM TRIM TRIM

Meu celular começou a tocar novamente, peguei já esperando ser Edward, mas não era.

- Oi Ali – atendi a baixinha.

- ISABELLA MARIE SWAN, ONDE CARALHO VOCÊ SE METEU, SUA PESTE ? TEM IDEIA COMO TÁ TODO MUNDO DOIDO ATRÁS DE VOCÊ ? QUER QUE EU INFARTE ? PORRA AINDA TENHO QUE ME CASAR COM O JASPER, TER UMA LUA DE MEL INCRIVEL EM PARIS... AHH PARIS, TÃO LINDA ... – gritava histericamente.

- Foco Alice, foco. – chamei sua atenção.

- Ahh desculpe ... MAS PORRA, ONDE VOCÊ TÁ ? – gritou novamente.

- Lice, Edward me contou tudo, eu precisava pensar. – ouvi ela suspirar do outro lado.

- É, eu soube. Ele me ligou desesperado dizendo que você tinha saído de casa. – disse.- Mas enfim, onde você está ?

- To no Central Park, Lice. To organizando meus pensamentos, para depois tomar uma decisão. – afirmei.

- Bella, olha, eu sei que é um momento crítico, que nós somos apenas meras adolescentes, que você pra sua idade já carrega tanta coisa nas costas, mas escute sua amiga linda e fashion aqui. O Edward te ama, ele precisa de você. É claro que ele errou no passado, mas quem não erra ? Agente só aprende com os nossos erros, e acredite, Edward tá sofrendo até hoje as consequências desse erro. Lógico que não defendo o que ele fez, até quando eu soube passei mais de um mês sem falar com ele, mas eu percebi o quanto ele se arrependeu, de como ele queria poder fazer diferente. E ele tentou fazer diferente, tentou conhecer a filha, mas infelizmente não deu. Bella, ele tem que viver com esse tormento. Imagina como não é, pra uma pessoa como o Edward, conviver com tais pensamentos. Não to lhe pedindo pra passar por cima disso e fingir que ele nada fez, apenas estou lhe pedindo para ouvir seu coração e apoia-lo no momento que ele mais precisa, pois ele fez isso por você uma vez e acho que agora seria uma boa forma de retribuir. – falou numa lufada só.

- Obrigada Lice, vou pensar sobre isso. Preciso ir. Beijos. – desliguei sem esperar uma resposta.

Por incrível que pareça as palavras da baixinha reviravam na minha cabeça. E no fim das contas, meu coração falou mais alto. Ela tinha razão, todos nós cometemos erros, e temos que aprender a lidar com as consequências deles, e Edward estava fazendo isso a anos. E quando eu perdi meus pais, quem foi meu chão, meu porto seguro, meu amigo, meu companheiro, foi ele, ele estava ali, ao meu lado, me apoiando, e agora que ele precisava de mim, eu não poderia fazer diferente.

Como não aguentava mais caminhar, e já era a noite, peguei o primeiro táxi e segui pra casa.

Minha mente voava, só percebi que tinha chegado em casa pois o taxista chamou minha atenção, joguei no banco umas notas que estavam no bolso do meu uniforme, e sair do táxi, corri, peguei o elevador, e entrei em casa feito um furacão.

- EDWARD – gritei. – EDWARD PORRA CADE VOCÊ ? – chamei novamente subindo a escada de dois em dois.

Entrei em seu quarto e estava vazio, olhei cada cômodo e por ultimo seu escritório, e nenhum sinal de Edward.

Me joguei em uma poltrona do seu escritório e tentei ligar pra ele, mas estava desligado. Mas aonde cabrunco aquele homem se enfiou ?

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Minha mente já imaginava mil e uma tragédias quando ouvi a porta da frente ser aberta.

Andei até a sala, dando tempo de ver um Edward arrasado, de ombros arriados e uma expressão sofrida, entrar em casa. Ele parecia está inconsciente da minha presença, pois seguiu direto para escada, sem nem olhar pros lados.

- Edward. – o chamei, fazendo-o virar pra mim.

- Bella, eu ... eu, não .. – se enganchou todos nas palavras. Parecia surpreso em me ver.

- Eii, tudo bem. Eu estou aqui. – fui até ele, o puxando pra um abraço.

Ele afundou seu rosto no meu pescoço e pode sentir as suas lágrimas rolarem. O puxei levemente e o levei até seu quarto. Deitei- o na cama, puxei seus sapatos, afroxei sua calça, e me joguei ao seu lado.

Minha mente revirava formas de começar aquela conversa, mas nenhuma palavra parecia apropiada, já estava me conformando com o silêncio, quando ele falou.

- Bella, eu não sei mais o que lhe dizer. Mas se você está aqui agora, é porque não irá me abandonar não é mesmo ? – perguntou virando-se pra mim e me puxando pra seus braços.

Afundei meu rosto em seu peito, inalando seu cheiro único, e sentindo imediatamente o efeito disso. Meu corpo amoleceu, minha mente virou um borrão. Aquele era exatamente o meu lugar. Jamais poderia ser diferente.

- Sim meu amor. Jamais irei lhe abandonar. – afirmei, levantando a cabeça e olhando em seus olhos. – Você fez o mesmo por mim uma vez, e tá na hora de eu fazer o mesmo.

Sorri, vendo um pequeno sorriso em seu rosto. Mas mesmo esse pequeno sorriso, não foi capaz de ocultar o martírio daquele homem. Edward estava sofrendo como ninguém, as lembranças pareciam corroe-lo aos poucos.

Comecei a fazer um pequeno cafuné em seus cabelos, e vi ele fechar os olhos, soltando um suspiro cansado. Tempos depois, Edward se entregou ao sono, me agarrando mais a si, sem me deixar escapatória.

Minha cabeça fervilhava com ideias, eu não podia ver esse homem sofrer, eu o amava mais do que a minha própria vida, não aguentaria conviver com um Edward assim. Eu tinha que fazer algo pra ajuda-lo e estava disposta a qualquer coisa por isso.

- Eu irei encontra-la, eu trarei sua pequena para ficar com você, nem que seja uma vez ao mês, você ainda vai ouvi-la lhe chamar de papai. – prometi, tomando minha decisão final.

Ficaria ao lado desse homem, e traria aquela que falta para a nossa felicidade está completa. E por incrível que pareça, sem nem conhece-la, mas eu já me sentia apaixonada pela pequena Charlote.

CONTINUA ...