Doomed Sun

Canção de Ninar


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Rukia havia chegado á Soul Society e foi procurar Renji para que lhe desse as informações.

- Nii-sama! – Ela exclamou quando viu Byakuya mais a frente, ele a olhou e parou a sua frente.
- Rukia. – Ele a saudou calmamente
- Você poderia me passar as informações importantes que me falaram? Eu não consigo achar outra pessoa.
- Não consegue pois quase não há ninguém aqui.
- O que quer dizer?
- Estamos sobre ataque. – Ele começou sem mudar a expressão – Criaturas chamadas Scrapjers estão se aproximando do mundo real e se fortalecendo devorando Hollows de um grau mais elevado. Alguns capitães e tenentes foram chamados para localiza-los e extermina-los, por isso não há ninguém aqui. Eles sugam a reiatsu do inimigo, tornando delas. Se elas conseguirem uma forte fonte de poder teremos problemas. Então devemos extingui-las enquanto ainda não conseguiram
- Se aproximando do mundo real? – Ela sentiu a tensão passar pelos seus ombros

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Rukia olhava para seu irmão estupefata. Como poderia existir tal criatura? Byakuya voltou a traçar seu caminho quando voltou a falar.

- Se encontrar com alguma, em hipótese alguma olhe em seus olhos. – Ele disse, e logo completou. - E um conseguiu escapar, consequentemente, diretamente para o mundo real.

Então byakuya voltou a andar, Rukia ainda estava processando suas palavras quando algo lhe atingiu como uma bala.

“Se elas conseguirem uma forte fonte de poder teremos problemas.
E um conseguiu escapar, e consequentemente, diretamente para o mundo real”

- Ichigo!

Então a pequena shinigami saiu correndo, temendo não conseguir chegar a tempo de algo ruim acontecer.

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Ichigo já estava em seu limite. Seu braço estava inutilizável e ele só conseguia lutar com o direito, seu corpo estava extremamente cansado e sua mente já não processava as coisas direito devido ás inúmeras dores de cabeça. A única coisa que conseguia fazer era defender-se dos ataques do inimigo, já que a única coisa que podia fazer é ler seus movimentos.

Ele não conseguia liberar a bankai. Toda vez que tentava a criatura o atacava denovo, o impedindo. Ofegava enquanto tentava manter sua cabeça em ordem e conseguir pensar em algo para o contra-ataque. Mas novamente a dor de cabeça lhe atingiu e o fez ficar vulnerável, fazendo com que o monstro tivesse outra brecha para atacá-lo.

Ichigo sentiu o corte nas costas que o lançou para frente, e que o fez cair no chão. Sua cabeça parecia que iria explodir, e suas forças estavam se acabando. Ele já não via saída, seus olhos mal ficavam abertos.

“Vamos” Disse para si mesmo “Levante!” ordenou “Você não pode morrer agora Ichigo. Levante!”

O Scrapjer ia ataca-lo denovo, mas a reiatsu de Ichigo começou a transbordar absurdamente e envolvê-lo numa cor negro avermelhada. Ele sentia um tremor em seu corpo todo, um desejo.. Matar, e apenas isso. Sua dor de cabeça o irritava cada vez mais e ele queria acabar com o causador disso. Foi quando ouviu entre seus pensamentos assassinos.

- Mae, Sode no Shirayuki. – a voz ecoou – Tsugi no mai, Hakuren!

Uma grande rajada de gelo passou pelo Scrapjer e o congelou instântaneamente.

- Ichigo! – Ele ouviu – Se recomponha!

“Rukia” Ele pensou, se acalmando.. A reiatsu a sua volta foi dissipando aos poucos, e quando dissipou completamente ela correu até ele.

- O que diabos aconteceu com você? – Ela perguntou o examinando – Você está uma grande bagunça!
- Saia.. daqui. – Ele pediu – Essa coisa.. Essa coisa é perigosa..
- E acha que eu não sei! – ela exclamou irritada – Eu tenho que te tirar daqui. Está correndo mais perigo do que eu!

O Scrapjer estava conseguindo se libertar do gelo, grunhiu ruidosamente irritado por ter sido atrapalhado. Rukia percebeu que a criatura tinha conseguido se libertar e pegou sua espada novamente.

- Imaginihs. – O monstro grunhiu – U e uov et ratam!

Rukia segurou a Sode a sua frente, posicionando para o próximo ataque.

“Em hipótese alguma, olhe em seus olhos.”

Ela fechou os olhos, evitando encontrar os do Scrapjer.

- Some no mai, Tsukishiro!

Um grande pilar de gelo prendeu novamente o scrapjer, e logo foi destruído, sendo a criatura destruída juntamente com ele. Rukia abriu os olhos e voltou a atenção para Ichigo, que estava sangrando absurdamente e com seus olhos meio vagos.

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- Ichigo, ei! – Ela o chamou – Fique comigo, não se atreva a desmaiar.
- Como se desse.. Sua.. Anã irritante – Ele gemeu e se retraiu, devido as dores dos machucados.

Ichigo perdeu a consiciência, pois liberara poder espiritual demais e também perdera muito sangue, sem contar que seus pensamentos estavam lentos e sua cabeça latejava. Rukia o levaria para a loja de Urahara para que ele tratasse de seus ferimentos o quanto antes.

Ela encarou os pedaços de gelo quebrados.

“ Estamos com problemas. ”

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Ichigo abriu os olhos atordoado, se sentia meio dopado. Sua visão estava meio embaçada mas foi clareando aos poucos.
Ele sentia um leve formigamento nas costas, braços e no abdôme. Sua cabeça não latejava mais, só parecia meio pesada. Sua visão ficou mais clara e ele encarou o teto de madeira do lugar.

- O.. quê? – Ele disse meio grogue

Ichigo virou o pescoço lentamente, olhando o local. Lhe era muito familiar.
Então ele lembrou do que aconteceu antes, da criatura o atacando. Ao ser atingido por essas memórias ele tentou sentar-se repentinamente.

Claramente, um erro.

Ele gemeu quando a dor o atingiu, ecoando por todo seu corpo cansado e dolorido. Era insistente e doía com a mesma intensidade. Ele ouviu passos se aproximando, mas ainda não conseguia concentrar-se em evitar a dor.

- Ichigo! – ouviu a voz de Rukia, e logo ela se ajoelhou ao seu lado – Droga. Urahara, o efeito está passando!
- Oh, Kurosaki-san finalmente acordou.

Ichigo não sabia direito o que estava acontecendo, seu cérebro ainda estava lento devido aos remédios de Urahara e a única coisa que ele conseguia pensar direito é que tinha que evitar gritar.

Embora estivesse realmente complicado.

- Ele está inquieto – Rukia disse observando Ichigo fechar os olhos com força e morder o lábio
- As dores estão fortes demais. Acho que se der mais algum remédio poderá fazer mal a ele, já que já lhe dei uma quantidade absurda.

Ichigo mordeu o lábio mais fortemente e soltou outro gemido. Parecia que sua pele estava pegando fogo.

- Então o que fazemos?
- Acalme-o. O que podemos fazer agora é tentar aliviar a dor, e se ele ficar desesperado apenas piorará.
- Apenas acalma-lo? – Rukia arqueou a sobrancelha
- A mente nos trái de várias maneiras Kuchiki-san, se ele ficar concentrado apenas na dor doerá cada vez mais. Se a mente dele se acalmar e não pensar apenas no que o corpo está sentindo ele ficará melhor. – Urahara deu meia volta e ia sair do quarto – E o coração do Kurosaki-san deve estar um caos, mas sei que você poderá ajuda-lo com isso Kuchiki-san.

Urahara saiu do quarto com um sorriso discreto e foi providenciar algo mais fraco que fosse eficiente e não agredisse o corpo de Ichigo. Rukia o olhou meio sem saber o que fazer e tentando ignorar a última frase de Urahara.

- Ichigo, hey. – ela lhe chamou a atenção, ele abriu os olhos com dificuldade e encarou a garota – Destruir sua boca não vai adiantar nada. Se acalme, ou vai ficar pior.
- Pior? – Ichigo perguntou – você só pode estar brincando.

Ele gemeu denovo

- O que está sentindo? – Ela perguntou
- Parece que estou pegando fogo, está ardendo e parece que eu levei uma surra.
- Bem, será que é porque você levou uma?
- .. Foi apenas um problema técnico.
- A verdade, é que você simplesmente não consegue se virar sem mim. Simples
- Cale a boca, sua anã convencida.

Rukia lhe deu uma porrada na cabeça, Ichigo gemeu denovo.

- Ah droga, Desculpe! – ela disse assim que percebeu o que tinha feito – É isso que dá você ficar me irritando!
- Força do hábito. – Ichigo disse com os olhos entre-abertos, tentando respirar fundo – Mas essa ardência parece derreter meus ossos, e eu não consigo me mexer direito sem que tudo doa.
- Tem algum lugar específico que esteja pior?
- Meu tórax.

Rukia tirou o futon de cima de Ichigo. Ele estava realmente pegando fogo.

- Aqui? – Ela colocou a mão sobre o peito do rapaz levemente
- Mais ou menos, mais pra cima está pior.

Ela subiu a mão alguns centímetros

- Aqui?
- Aí.

Rukia sentiu o bater do coração de Ichigo, estava rápido. Provavelmente por causo das dores que ele sentia e pelo nervosismo. Ela começou a passear com a mão levemente pelo peito do rapaz, como um tipo de massagem.

- O que está fazendo?
- Fique quieto e relaxe – Ela mandou – Eu já disse que quanto mais ansioso ficar pior será a dor.

Ichigo não podia negar que a sensação da mão de Rukia em seu corpo era boa. Só que mesmo com essa sensação as dores ainda o aflingiam. Ele soltou outro leve gemido quando sentiu uma pontada no braço esquerdo.
Rukia olhou o rosto de Ichigo, ainda não parecia totalmente relaxado. Ela queria que ele dormisse mais para que descansasse, mas com todas aquelas dores ele não conseguiria dormir.

- Dare no tame ni nan no tame ni.. – Ichigo ouviu rukia cantarolar - watashi tsuyoku naritai no. Mamoritai no ni tatakau mujun ni kimi wa kotae tekuremasu ka.
- Rukia?
- Hm? – Ela interrompeu o cantarolar e olhou para Ichigo
- Você está cantando?

Ela rolou os olhos

- Não Ichigo, estou recitando um mantra.
- Engraçadinha.
- Por que? – Ela olhou desconfiada – Quer que eu pare?
- Não. Pode continuar se quiser.

Ela voltou a cantar calmamente enquanto ainda passava a mão no peito de Ichigo. Ele estava relaxando de algum modo, e suas dores estavam começando a não incomoda-lo tanto.

- Ame ga furu niji o matsu kimi no sora e, ame ga furu owaranai yume no soto e. – Rukia viu os olhos de Ichigo fecharem - Tatta ichido no kisu de motto jiyuu ninareru, mou nido to konai kono shunkan o, genjitsu wo souzou wo koete kimi to.

O rosto de Ichigo estava um pouco mais tranquilo, e ele já não parecia mais tão incomodado com a dor. Ele começou a ignora-las e apenas prestar atenção na voz de Rukia. Era incrível como a voz da baixinha era linda de se ouvir, firme mas melodiosa. Ele sentiu um entorpecer lento e sua mente começou a esvaziar, então se entregando ao cansaço e dormindo profundamente.

Rukia percebeu que Ichigo finalmente dormira, e ficou surpresa por conseguir faze-lo se acalmar tão facilmente. Ela apenas começara a cantar para aliviar a tensão do momento, e não com a intenção de uma canção de Ninar. Mas ela não podia negar que preferia aquele rosto calmo e sereno do morango adormecido áquele rosto de dor e sofrimento que ele estava fazendo antes.

Ela sentiu um sorriso formar-se em seus lábios, enquanto acariciava a cabeça de Ichigo levemente evitando acordá-lo. Agradecendo por ter conseguido chegar a tempo.

Nee konna fuu ni kimi ga subete o kaeteiku. – Terminou calmamente a musica, deixando Ichigo descansar e saindo do quarto.

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Naquele momento, o coração do rapaz não era atacado por dúvidas ou medos, nem assombrado pela tempestade, apenas batia calmo e calorosamente.

Mais uma vez, a pequena shinigami havia afastado a chuva de medos do coração de Ichigo.