Love? Oh... Yeah.

Capítulo Único.


▬ 3 de outubro, 2009. Noite.

A tarde havia sido cansativa. Passara o tempo todo com Maiko, e a garotinha sabia como ser energética muitas vezes — e naquele dia não foi diferente. Sentir a tranqüilidade do dormitório ao chegar foi o bastante para deixá-la aliviada. Junpei, Fuuka, Yukari e Mitsuru estavam sentados no sofá da entrada como de costume, conversando ou lendo alguma coisa. Aigis permanecia de pé ao canto e cumprimentou Minako assim que esta entrou no ambiente. Ela retribuiu e, então, seguiu pelo corredor rumo às escadarias de seu quarto.

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No meio do caminho, porém, os olhos rubros da garota se desviaram para um canto afastado dos demais. Ele estava lá. Shinjiro Aragaki, sempre quieto e misterioso. Minako não havia trocado palavras com ele desde o dia em que mostrara o relógio perdido do rapaz, o qual ele acabou pedindo que ficasse aos cuidados dela por possuir uma importância significante; valor que dinheiro nenhum poderia comprar.

Sentiu um aperto no peito quando seu olhar encontrou o dele por breves segundos, porém ele acabou desviando a face para outra direção; evitando alguma coisa.

Deveria ela ir até lá e desabafar o que sentia em seu interior...? Amor, talvez fosse isso — e realmente era. Decidida a revelar os sentimentos ocultos, caminhou até o companheiro com passos lentos, assustados. Foi capaz de notar o punho do garoto fechar e tremer enquanto se aproximava. Shinjiro talvez quisesse evitar aquele encontro, mas não pode.

Minako pretendia dar a primeiras palavras, mas ele foi mais rápido.

— Acho que já agradeci por ter encontrado meu relógio de bolso. Eu acredito que você irá guardá-lo com cuidado... — e despediu-se com a cabeça, iniciando passos que foram interrompidos rapidamente.

— Podemos conversar?

— Você não deveria estar com os outros? Eu não posso fazer nada por você agora.

— Por favor, Senpai. Pare de me evitar e escute o que eu tenho a dizer. — ela tentara tocá-lo com as mãos, porém o rapaz se afastou de maneira indiferente. Ainda assim, havia aceitado o pedido da garota.

— Você já não gastou tempo o bastante comigo? O que mais você quer?

O silêncio após a indagação durou quase dois minutos. Durante este tempo, Minako fitou o chão buscando a coragem que precisava para usar as palavras seguintes. Quando conseguiu, encarou-o determinadamente e, enfim, disse:

— Eu o amo...

— ...Como? ...Não me zombe desta maneira! — ele exclamou pouco irritado, tentando esconder o rubor de seu rosto após a declaração da companheira.

— Eu não estou zombando você! É sério! Ou não acredita em mim?

— Ugh... — Shinjiro trincou os dentes e desviou o olhar. — Como pode dizer isso sem pensar? Logo aqui... próximo a todos.

— Podemos ir ao meu quarto se quiser.

— E-Eu... Eu não posso fazer isso. Ahm... — acabou tropeçando e gaguejando entre as próprias palavras, o que acabou gerando um doce sorriso da garota em sua frente. — Os outros irão pensar coisas erradas, é melhor não.

— ...E o seu quarto? — Minako não deixou de corar após a pergunta.

— ...Idiota! Eu... Eu... não sou um cara legal. Não posso deixar você ir ao meu quarto. Ainda não percebeu?

— Eu sei o que eu quero!

— Sem chance. Isso não irá acontecer. — Shinjiro deu os ombros. — Precisa cair na realidade.

— Continuo amando você, Senpai! — a garota bateu o pé no chão e insistiu. O rapaz apenas se deixou suspirar, vencido.

Iria dar uma chance.

...Idiota.”

[...]

Shinjiro’s room.

Não havia muito que se notar no quarto do rapaz. Vazio a não ser pela cama arrumada com lençóis brancos e a escrivaninha na qual uma caixa de papel estava sobre. Minako caminhou lentamente até chegar o centro e passar os olhos pelas quatro paredes, enquanto o rapaz fechava a porta. Pela segunda vez, Shinjiro deu inicio a conversa:

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— Está feliz agora...? — ela não respondeu. — Você me perturba o tempo todo. Não adianta quantas vezes eu tente evitá-la... irá sempre ignorar o que eu quero, huh?

Ele riu silenciosamente ao tomar proximidade da companheira. Por um momento ela sentiu-se acuada ao encarar diretamente os orbes acinzentados do rapaz, eram assustadores. Ainda mais com a aparência rebelde que ele possuía, a qual o julgaria apenas como um mau elemento.

— É... dois podem jogar este jogo. — e então diminuiu sua distância da garota, abraçando-a apertado de repente. Ela não pode negar que sentiu seu coração quase saltar pela garganta. O corpo quente do rapaz, os braços fortes... tudo a fazia perder o fôlego.

Ele continuou:

— Estou tão confuso... Isso tudo é sua culpa, sabia? — ele apertou o braço ainda mais. Se pudesse, não a soltaria mais. Desceu os lábios próximos ao ouvido de Minako e prosseguiu sussurrando carinhosamente. — Você é tudo que consigo pensar... dia e noite. Droga! Não deveria ser assim. — e a soltou, enfim.

— Shinji... — a jovem não conseguiu dizer outra coisa. Havia pequenas gotículas de lágrimas no canto de seus olhos.

— Você entendeu, certo...? Agora volte para o seu quarto. — ele deu uma pausa. Cerrou os punhos. — Se não for agora... não terá outra chance.

— Eu não vou a lugar nenhum! — e tornou a abraçá-lo. — Nenhum!

Embora estivesse aborrecido, Shinjiro sorriu:

— Você sabe como me dar trabalho... Tudo bem. Vou deixar claro agora: Não irei mais voltar atrás e ignorar... esse sentimento.

Ao finalizar, ele retribuiu o gesto da garota; da sua garota. Ambos ficaram juntos por um longo tempo, mas precisaram se despedir em um momento. Estava tarde e no dia seguinte seria lua cheia e uma grande shadow surgiria na cidade.

Precisavam estar prontos.

Shinjiro a carregou até o quarto e beijou-a docemente sobre a testa, despedindo-se com um caloroso ‘boa noite’.

Um ultimo boa noite... e o ultimo beijo.

Talvez Minako não fosse os presenciar outra vez.

[...]

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.