My Sweet prince

Pov Ron Weasley

Nunca pensei que você me faria transpirar

Nunca pensei que eu te faria o mesmo

Nunca pensei que eu me encheria de desejo

Nunca pensei que sentiria tanta vergonha

A Luna é louca; ela beijou o Zambine no meio do café da manhã, o que significa que agora todos estão paralisados sem saber o que fazer. Olhei pra mesa da Sonserina e a Parkinson estava rindo, eu nem sei o porquê, mas há algo nela que me atrai.

Pansy me viu olhando-a e me encarou com seus incríveis olhos negros, ela jogou o cabelo pra trás e deu um beijo no pescoço do Malfoy. Meu peito esquentou e minha mão se fechou na varinha sob a mesa.

-Fica calmo. – Hermione sussurrou em meu ouvido.

Desviei meus olhos da Sonserina e olhei pra minha tigela de cereais, imaginando como seus olhos estariam brilhando de felicidade por me ver irritado. Lembrei do dia em que ficamos juntos, e isso me fez deixar de comer, o que não era normal.

“Eu estava irritado, acabará de ver Hermione e Malfoy juntos, pareciam namorados, senti muita raiva, eu podia brigar com qualquer um naquele momento. Ouvi alguém xingando no banheiro feminino, era uma voz conhecida; era a voz de Pansy, ‘Ótimo, terei minha vingança!’ pensei.

-Idiota, pior que ainda é bonito, podia matá-lo por me fazer querê-lo tanto!- a escutei dizer irritada.

Entrei no banheiro esperando tirá-la do serio, irritá-la mais que o normal. Queria dizer que ela era uma idiota por ter se apaixonado por alguém que não a queria, mas quando a vi daquele modo não consegui dizer nada. Suas roupas estavam no chão e ela vestia apenas lingeries verdes, com rendas pretas. Ela ficou me olhando, primeiro assustada e depois sínica, sorriu de modo perverso e me olhou dos pés a cabeça, se encostou na pia do banheiro.

-O que você quer? – perguntou ainda tinha um toque de irritação em sua voz.

-Nada. Você é bonita de mais pra ser Sonserina. – respondi sem pensar.

Ela riu.

-Desculpe, mas são duas qualidades que preso bastante. – ela disse sarcástica.

Não consegui responder, ela dançou em passos lentos até mim, me olhou.

-Não vai falar nada? - seus lábios tocavam os meus enquanto ela falava.

-Sou mais de falar que de agir. – respondi.

-Bom, você ainda está só olhando...

Ela suspirou e voltou andando lentamente até a pia, segurei em seu pulso e a puxei antes que chegasse lá. Seus lábios estavam quentes quando os toquei, seu corpo e seus olhos iguais.

-Você não devia duvidar tanto de mim, principalmente quando estou irritado. – eu disse.

-Não sabia que ficava tão carinhoso quando está irritado. – ela observou olhando minhas mãos acariciando suas costas.

Não respondi. A levantei e coloquei-a sobre a pia, encostei-me a ela e a beijei, meus lábios beijando sua barriga, suas pernas, minhas mãos percorrendo todo o seu corpo, tirando-lhe a roupa enquanto ela fazia o mesmo com minha camisa. Suspirando e suando juntos...”

-Quer torrada? – Harry perguntou me tirando de devaneios insanos.

-Não! Aliás, vou dar uma volta. – respondi monótono.

-Vou com você! – ela disse.

Levantei-me ao ouvir Gina murmurar “Deixe-o”, podia ter-lhe dito “Obrigado”, mas apenas segui pra fora do salão. Eu realmente queria ficar sozinho, queria saber o porquê de estar tão confuso com relação a Parkinson, de sentir meu estomago borbulhar de ansiedade e minhas mãos formigar quando ela está por perto.

Enquanto passava pelo hall do castelo vi Blás e Luna se beijando, de novo, só que dessa vez era ele quem a agarrava, percebi isso porque as mãos dele a prendiam na parede. Fiquei feliz por eles, não que eu gostasse do Zambine – ele ainda é um idiota Sonserino -, mas eu gosto de Luna e ela é uma boa amiga que merece ser feliz.

Sentei no gramado perfeitamente verde. Suspirei. Fiquei olhando para as arvores por um longo tempo, até que senti um doce cheiro de amora, era delicioso, mas eu só podia tê-lo imaginado, pois as únicas vezes que senti esse perfume era quando Parkinson estava por perto.

-Olá Griffinório! – disse uma voz divertida e conhecida.

Assustei-me ao ver a morena de meus pensamentos sentada ao meu lado, ela tinha os olhos grandes grudados em meu rosto, seu sorriso dividido entre o sarcasmo e a diversão.

-Oi Sonserina! – respondi tentando não demonstrar nenhuma emoção.

-Vi você me olhando! – ela disse.

-Não... Não era pra você que eu estava olhando.

-Então era pro Draco, ou pro Theodore? Eu devia ter imaginado. – ela falou pensativa.

-Eu não estava olhando pra eles! – respondi bravo.

Ela riu.

-Você consegue ser mais idiota que o Blás!

-Porque você simplesmente não volta pro Malfoy e me deixa em paz?

-Draco? –ela riu e depois ficou seria. – Porque eu sei que você gosta de mim! – falou irônica.

E eu estava cansado de negar.

-Isso não muda nada!

-Muda tudo, você nem imagina o quanto isso muda as coisas. – ela disse seria antes de me beijar.

E talvez você nem imagine o quanto eu queria isso, sentir suas mãos em meu pescoço e seus lábios nos meus novamente era a melhor sensação do mundo. Quando paramos, ela ofegou e sacudiu a cabeça, me deu mais um beijo e sorriu.

-Você é meu Weasley! – minha morena disse com as mãos acariciando minha nuca.

-Por quê? – perguntei com um sorriso.

-Porque eu também gosto de você!

E me beijou, o melhor beijo do mundo. Percebi que ela ficava na ponta dos pés pra me tocar, então a ergui do chão e rimos enquanto nos abraçávamos.