Dammit, I Love You.

Capítulo 18


Estávamos todos entediados em um dia de sábado.

- O que aconteceu comigo? Eu costumava ir a festas todos os dias! – Romeu reclamou.

- Quem mandou vir morar com a gente? Agora você também é um loser. – Rafa falou.

A campainha tocou e eu fui atender, sendo surpreendida por Eduardo.

- Bom dia, flor do dia! – Ele disse, sorridente.

- Ah, olha quem está aí... – Ouvi Helena murmurar.

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Eduardo me abraçou e me deu um beijo de cinema sem se importar com a “plateia” nos assistindo.

- Eduardo! – O repreendi. – Aqui não!

- Ah, desculpa. É que eu estava com muitas saudades, meu amor. – Ele disse, me dando um selinho.

Voltei para o sofá o puxando comigo e percebi que Romeu fazia de tudo para não olhar para nós.

- E então Eduardo, além de matar a saudade da sua namoradinha, o que você ta fazendo aqui? – Romeu perguntou, com desdém.

- Ah, eu estava sem nada pra fazer em casa, então resolvi ficar com a galera.

- Galera? Que galera? – Joanna perguntou.

Todos a encaramos e 5 segundos depois, ela percebeu.

- Ah! Somos nós! – Ela disse, feliz por ter achado a resposta. – Desculpa, é que eu sou meio burrinha às vezes.

- Não me diga... – Helena falou.

- E eu que sou a loira, hein... – Comentei.

- Então, quais são os planos para o sábado? – Eduardo perguntou.

- Acho que nenhum. – Rafa disse, desanimado.

- Pois é... – Todo mundo concordou com ele.

- JÁ SEI! – Joanna gritou, assustando a todos. – A gente podia jogar verdade ou desafio!

- Meu amor, você é uma gênia! – Gabe disse, fazendo um hi-five com Joanna.

- Olha só, de burra passou pra gênia. – Falei.

- A gente não pode simplesmente estudar? – Helena perguntou.

- Meu Deus, Helena deixa de ser tão nerd! – Romeu reclamou com a irmã que o olhou, irritada.

- Mas tem que ter bebida no jogo, senão fica sem graça. Precisamos ter perguntas interessantes. – Rafa sugeriu.

- Ok. Rafa, termina essa sua cerveja aí pra gente poder girar a garrafa. – Eu comecei a comandar. – Romeu e Eduardo, vão ao supermercado aqui perto e comprem várias garrafas de ice; Joanna e Gabe, vão formando as regras do jogo.

Rafa bebeu todo o resto da sua cerveja de uma vez e a preparou para o jogo. Romeu revirou os olhos, mas aceitou ir ao supermercado com Eduardo. Joanna e Gabe começaram a pular enquanto bolavam as regras do jogo.

- Eu não vou jogar isso. – Helena cruzou os braços no peito.

- Helena, senta essa sua bunda no chão e cala a boca. – Eu disse.

Ela rolou os olhos, mas fez o que eu pedi.

- Ok, esse jogo vai ser demais. – Eu disse.

- Estão todos prontos? – Gabe perguntou quando estávamos todos sentados no chão formando um círculo em volta da garrafa de cerveja.

- Peraí! – Joanna pediu. – Quais são as regras mesmo?

- Meu Deus, foi você mesma quem as inventou! – Romeu disse.

- Eu sei, mas é que eu esqueci... – Ela se defendeu.

- Olha, nós giramos a garrafa. Se o fundo da garrafa for pra você, você terá que fazer uma pergunta pra quem ficou em frente à boca da garrafa. Se essa pessoa se recusar a responder a sua pergunta, ela vai ter que retirar uma peça de roupa que você escolher. Qualquer uma. – Rafa explicou para ela.

- Eu não to gostando disso... Vocês só pensam em besteira, é impressionante! – Helena reclamou.

- Pelo menos eu não fico pensando em equações o tempo todo. – Romeu comentou, fazendo Helena o fulminar com os olhos.

- Ok, da pra gente começar? – Gabe pediu.

- Ah! Só pra avisar, eu não vou beber nada. Vocês sabem como eu fico quando estou bêbada. – Helena interrompeu, afastando a garrafa de ice de perto dela.

- Fica bem melhor do que quando está sóbria. – Romeu falou.

- Romeu, se você fosse mais esperto, calaria a sua boca antes que eu taque um vaso na sua cabeça. – Helena o ameaçou.

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- Ok, ok. Não está mais aqui quem falou.

- Tudo bem, tirando a Helena, todos vão beber, né? – Eduardo perguntou e nós assentimos.

Ele girou a garrafa.

Ela parou com a boca virada pra Helena e o fundo para Gabe.

- Se você estivesse em um avião caindo e só tivesse dois pára-quedas, um para você e o outro para outra pessoa, quem você escolheria para salvar? Joanna ou Julieta? – Ele perguntou.

- Ah... – Ela falou, nervosa. – Desculpa Joanna, mas eu tenho que escolher a Julieta.

- Tudo bem. – Joanna falou. – Se fosse entre você e o Gabe, eu escolheria ele mesmo.

- UUUUH. – Os meninos, com exceção de Gabe, fizeram coro.

- Calem a boca. – Sussurrei para eles.

Giraram a garrafa de novo e ela parou em Eduardo e Rafa.

- Qual das meninas daqui você namoraria? – Eduardo perguntou.

- Joanna. – Rafa respondeu sem nem pensar.

Pelo canto do olho, vi Joanna sorrir para Rafa.

- Ai gente, vamos animar esse jogo. Ta muito sem graça. – Gabe disse, terminando sua garrafa de ice em um gole.

- Ih... A bicha vai ficar louca. – Rafa sussurrou para Romeu.

Nós terminamos mais duas garrafas de ice, cada um.

Giraram a garrafa de novo e ela parou em Rafa e Helena.

Rafa levantou uma sobrancelha para Helena e perguntou:

- Ok, vamos animar isso. Helena, é verdade que você não é mais virgem?

- Ai meu Deus, eu não posso ouvir essa resposta! – Romeu tapou os ouvidos.

- Espera, espera! Ela ainda pode se recusar a responder. – Eduardo disse.

- Ou você responde ou tira a camisa, Helena. – Rafa disse com um olhar perverso.

- E-Eu... Eu sou virgem. – Ela respondeu.

- Ai que alívio. – Romeu pôs a mão no peito.

- Qual é a da desconfiança, Romeu? Você achava que a sua irmã não era mais virgem? Olha pra cara de inocente dela! – Joanna disse.

- Eu não sei... Depois de toda aquela bebedeira nas festas ela muda totalmente.

- Ei! Eu não estava tão bêbada pra chegar a esse ponto! – Ela se defendeu.

- Ok, vamos pro próximo. – Gabe disse, girando a garrafa.

Ela parou com o fundo para Joanna e a boca para mim.

- Com quem você perdeu a virgindade? – Ela logo perguntou, se animando também.

- Oi?? – Arregalei os olhos, assustada.

- O que foi? Você esqueceu? – Rafa levantou a sobrancelha.

É claro que eu não havia esquecido. Eu nunca iria me esquecer.

Flashback on
Acordei na minha cama e levei um susto ao ver Romeu deitado ao meu lado. Ele estava com o braço em cima dos olhos, aparentemente dormindo.

Sentei na cama e olhei nossas roupas jogadas no chão.

- Bom dia. – Ele murmurou do meu lado.

- A gente...? – O olhei.

Ele tirou o braço dos olhos, me mandou um sorriso malicioso e assentiu.

Flashback off

- N-Não. Eu não me esqueci...

- Então Julieta, eu quero saber. Você já me contou que não era mais virgem, só não me contou com quem foi. – Ela disse.

- Hã... – Gaguejei.

- Essa eu também quero saber. – Eduardo levantou a sobrancelha.

- Ou é isso ou tira a camisa. – Joanna me deu um sorriso maléfico.

- Esse jogo ta ficando cada vez melhor... – Rafa comentou.

- E-Eu... – Gaguejei novamente. Por fim, tirei minha camisa, deixando meu sutiã branco com estrelas azuis à mostra.

- Woow! – Rafa gritou e Eduardo o encarou, irritado.

Romeu me encarou com confusão nos olhos e depois olhou para baixo.

Eu girei a garrafa e ela parou em Eduardo e Helena.

- Helena, me diga, com quem daqui você iria para a cama. – Ele perguntou.

- O que? Meu Deus, qual é o problema de vocês? – Ela perguntou, desesperada.

- Ou isso... Ou tira a camisa. – Ele disse.

Ela hesitou um pouco, mas no final, tirou a camisa, deixando seu sutiã rosa com bolinhas brancas à mostra.

- Helena, você tem corpo! – Joanna exclamou, surpresa.

- Pior que tem mesmo! – Rafa disse, quase babando em cima de Helena, fazendo com que Joanna o encarasse, enciumada.

- Ei! O que é isso no seu cóccix? – Romeu perguntou.

Helena contorceu o pescoço para tentar ver suas costas, mas não conseguiu.

- O que tem nela? – Perguntou e virou as costas para nós vermos.

- Eu não acredito nisso... – Comentei.

- O que foi? – Ela perguntou.

- Helena, você fez uma tatuagem??? – Joanna perguntou.

- O que? Claro que não! – Ela disse, assustada. – Eu nunca faria uma tatuagem.

- Então, veja por si mesma. – Gabe pegou um espelho e mostrou para Helena.

- MEU DEUS. – Ela gritou. – EU FIZ UMA TATUAGEM DE CAVEIRA?

- Aonde esse mundo vai parar? A minha irmãzinha fez uma tatuagem! – Romeu disse, desesperado.

- Revelações e mais revelações... – Eduardo disse.

- E agora? – Ela perguntou, também desesperada. – Eu não posso continuar com uma caveira no meu cóccix!

- É isso o que o álcool faz, querida... Lide com isso. – Joanna disse e, deixando o caso de Helena pro lado, continuou: – Podemos ir pra próxima?

Ela girou a garrafa que parou em Rafa e Romeu.

- Romeu... Eu queria saber com quem foi o melhor sexo que você já teve. – Rafa sorriu maléficamente.

- Provavelmente com alguma dessas biscates do colégio. – Joanna sussurrou para Gabe.

- Ah, eu não sei... – Ele parou para pensar.

- Ou isso ou vai ter que tirar a calça. – Rafa disse.

- Meu Deus, que coisa gay! – Gabe comentou.

- Olha quem fala... – Rafa revirou os olhos. – Então Romeu, qual vai ser?

- Ai gente, eu sei lá! Acho que foi com a Juliet... – Ele disse. Mas antes de completar a frase, arregalou os olhos, percebendo o que tinha dito.

- COM A JULIETA??? – Todos gritaram, surpresos.

- N-Não. Eu...Eu confundi! – Romeu tentou se defender.

Eu estava tão surpresa pelo fato de ter sido o melhor sexo que Romeu já teve, que não conseguia me mexer.

Mas, mesmo assim, percebi que Eduardo me encarava, assustado.

- Qual é, Romeu! Não se confunde uma coisa dessas! – Rafa disse.

- V-Vocês dois? – Helena apontou para mim e para Romeu, apavorada.

Romeu me encarava com um olhar de súplica.

E eu queria que aquele espanto todo acabasse logo.

- OK OK! SIM, EU E O ROMEU DORMIMOS JUNTOS! FOI HÁ MUITO TEMPO ATRÁS E EU NÃO QUERO FALAR SOBRE ISSO. AGORA CHEGA DE DRAMA, OK?

Todos ficaram em silêncio, ainda em estado de choque.

E tudo o que pude ouvir foi o barulho da porta batendo. Quando olhei para o chão, não vi mais Eduardo.

Fui correndo atrás dele para saber o que tinha acontecido e o encontrei do lado de fora da casa.

- Eu não acredito nisso! Você e o Romeu? – Ele perguntou, indignado. – Eu realmente achei que ele andava meio estranho comigo ultimamente, mas nunca imaginei que você teria um caso com ele!

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- Eu sinto muito por não ter te contado... – Falei. – Acabou, não é?

- Desculpe Julieta, mas eu não posso viver em um relacionamento baseado em mentiras. – Ele disse e virou as costas, me deixando ali sozinha.

E o pior, era que eu não me sentia nem um pouco triste.