Harry Potter e a Arma de Slytherin

Capítulo 8 – Poção Polissuco


Eram três da tarde: Aula de Poções. Os alunos do segundo ano entravam desgostosamente na grande sala escura, onde Alvo, Scorpio e Robson passaram tantas horas há um mês atrás.

O professor Adolf Greengrass era tio-avô e padrinho de Scorpio por parte de mãe. Quando Rose Weasley descobriu isso entendeu o motivo pelo qual o maligno professor protegia tanto o aluno Malfoy. Sendo professor regente da casa Sonserina, sempre garantia pontos aos alunos de sua casa, mesmo que injustamente.

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Alvo, como sempre, sentara na última carteira. Rose rapidamente sentou ao seu lado. Scorpio percebeu porque a garota fez aquilo, e só de raiva sentou na primeira carteira junto de Loreta Zabini, uma puro-sangue filha de um dos amigos de seu pai. Luana sentara na frente de Alvo. Estava com seus cabelos compridos e ondulados soltos e jogava-os freqüentemente para trás.

O professor de aparentemente sessenta anos, pálido, de pálpebras caídas, escreveu no quadro ‘’Poção Polissuco``. Os alunos começaram a cochichar entre si.

– Muitos de vocês já ouviram falar da poção polissuco. – concluiu o professor Greengrass, erguendo um pequeno caldeirão contendo uma substância semelhante à lama.

– Sim, professor. – Rose ergueu o braço. – A poção polissuco é a poção que permite o bruxo que a beber tomar a forma física de outro. Para que aja o efeito esperado, é necessário acrescentar algo da pessoa em quem o bruxo quer se transformar, tal como unha ou cabelo e demora cerca de um mês para ficar pronta.

– Uma conclusão decorada do livro, Srta. Weasley. – Os olhos azuis e cínicos do professor se enfureceram. – Eu deveria retirar dez pontos da Grifinória.

Os alunos da Grifinória esbravejaram. Jack Roman, um menino de cabelos encaracolados e castanhos soltou algo como ‘’Nada a ver, professor, nada a ver!’’. Então o professor fez um gesto para que houvesse silêncio.

– Contudo... Foi uma conclusão correta. Tirarei apenas cinco pontos da Grifinória. – finalizou o professor, dando um sorriso irônico com o canto da boca. Os alunos da Sonserina soltaram múltiplos risos de triunfo, inclusive Scorpio Malfoy.

– Pois bem. Para os alunos... – Greengrass pareceu que ia engasgar – nascidos trouxas que nunca viram o efeito da poção polissuco, hoje haverá uma demonstração.

Os olhos dos alunos brilharam de empolgação. Não era comum haver demonstrações de poções complexas como a polissuco. Os alunos nascidos trouxas, assim como Luana, estavam mais ansiosos ainda para verem como a poção funcionava.

– Voluntários? – perguntou o professor com uma voz enjoada.

Todos os alunos levantaram suas mãos.

– Muito bem... Vou dar a chance ao meu querido afilhado. – o professor puxou Malfoy pela capa até a frente da sala. Os alunos das outras casas escarneceram baixinho. Rose sussurrou para Luana: ‘’Ridículo!’’, que por uma tragédia chegou aos ouvidos de Greengrass.

– Ah, Srta. Weasley! – a voz do professor soou seca. – Você não perde mesmo a oportunidade de se aparecer! Pois bem, venha até aqui!

Rose corou de imediato. Ficou sem reação.

– O que está esperando? Venha até aqui e me de um fio de cabelo.

Rose levantou-se rapidamente e fez o que o professor pediu antes que ele tirasse mais pontos de sua casa. Scorpio Malfoy mantinha uma expressão apavorada no rosto. O professor lhe arrancou um de seus fios de cabelo louro-pratedos.

– Reparem como estou colocando os fios de cabelo dentro da poção já finalizada. – o professor estendeu as duas poções idênticas para que a turma pudesse ver. Alvo já estava rindo antes mesmo de ver o que estava para acontecer.

Scorpio e Rose tomaram juntamente as poções gosmentas, que estavam separadas em copos distintos. Os dois fizeram expressão de nojo. Nos instantes seguintes o cabelo de Rose começou a encurtar e clarear. Ficou mais alta e robusta. Logo sua face se tornou idêntica a de Scorpio.

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Em menos de trinta segundos era possível ver o aparente Scorpio Malfoy com o uniforme feminino da Grifinória e Rose Weasley com o masculino da Sonserina, que ficava um tanto largo. Os dois estavam monstruosamente abismados com o que estava acontecendo.

– Poção divertida, não é? – indagou o professor. – Mas ela já foi muito usada por malfeitores e ladrões. E fiquem sabendo que é terminantemente proibida na escola a não ser durante a minha aula e com a minha permissão.

Os alunos ainda riam da cena. Malfoy – com a aparência de Rose – estava furioso. Scorpio e Rose voltaram a seus lugares, mas a poção ainda estava em seu efeito.

– Se acalmem. A poção dura mais ou menos uma hora.Continuemos a aula. – Greengrass começou a escrever os ingredientes no quadro.

Os alunos nascidos trouxas olhavam para os dois voluntários admirados. Rose estava começando a se incomodar. Detestava Malfoy, e agora tinha que agüentar uma hora inteira sendo ele. Scorpio se sentia pior. Afinal, virou – temporariamente – uma menina. Uma menina Weasley.

Um pouco antes de a aula acabar a poção polissuco perdeu seu efeito. Scorpio ainda estava com a cara amarrada.

– Foi tão ruim assim? – perguntou Alvo, tentado disfarçar o riso.

– Prefiro não comentar. – sua voz soou mais arrastada do que o normal. – Mudando de assunto... Você se inscreveu para o Clube de Duelos?

– Claro. Não vou perder a chance de demonstrar minhas habilidades. – disse Alvo, confiante.

– Excelente! – os olhos frios de Malfoy pareciam acesos. – Também já estou preparado.

Os dois andaram até o pátio. Havia muita gente conversando em meio aos corredores, dificultando a passagem. Um tumulto se formava entre os professores, que pareciam estar reunidos. O professor Hazel apressou-se em direção aos dois.

– Boa tarde, professor! – disse Alvo, que já estava habituado a conversar com seu professor preferido fora do horário das aulas.

Emperor Hazel parecia estar com pressa, mas jamais deixaria de responder ao cumprimento de um aluno.

– Boa tarde, garotos. Adoraria conversar, mas a diretora mandou os professores investigarem o castelo.

– Por quê? – Alvo e Scorpio perguntaram juntos, curiosíssimos.

– O Espelho de Ojesed foi encontrado aqui na escola.

– Mas o que tem de errado nisso? – Alvo se interessou.

O professor Hazel pareceu confuso. Em seguida se abaixou na altura dos dois alunos. De modo que seus olhos escuros encontrassem os de Alvo.

– O espelho tinha sido destruído por aurores há quase vinte anos. Alegaram ser um objeto amaldiçoado. – Hazel começou a falar mais baixo – Mas hoje mesmo a professora Trelawney o encontrou na Sala Precisa.