Kyuketsuki

Capítulo XV- Sakura


Não sei quanto tempo estou aqui, aflita, preocupada e com certo medo. Viemos para cá por ordem do Sasuke-kun e não sei quando sairemos.

Estava amanhecendo quando nos trancaram aqui e Sasuke-kun, junto com os outros vampiros, foram para a luta. Estão por lá até agora.

Onde estou não é um lugar ruim ou sujo. Quando meu noivo disse-nos que iríamos para um esconderijo perto das masmorras, achei que seria frio, sujo e úmido. Mas a entrada na parede de uma cela revelava um interior bem aconchegante e sofisticado. Como se aguardasse nossa chegada há tempos.

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As paredes, por mais grossas que pareçam ser, tremiam conforme os ataques ao castelo lá em cima. Eram bem leves os tremores, mas suficientes para nos avisar de qualquer coisa.

O bebê de Mizuki não parava de chorar. Mesmo que a mesma fizesse de tudo, nada adiantava. Era evidente que o barulho o afetava também já que ainda estava se acostumando com sua superaudição.

Todo esse barulho me deixava extremamente irritada. E mais irritada ficava por saber que estava impossibilitada de fazer qualquer coisa para ajudar a acabar com isso. Foi me dito varias vezes que era mais seguro nos esconder, contudo a única verdade é que eles em vez de lutar suas próprias batalhas batalhariam as nossas nos impedindo de combater.

Injusto, injusto, injusto!

- Sakura-chan, por que não descansas um momento?- dizia Mikoto-san

-Não adianta shuutome( minha sogra), não vou conseguir descasar.

-Sei que essa é a sua primeira guerra e não irei pedir-lhe para não se preocupar e relaxar, contudo permanecer do jeito que estás agora não adianta.

-Sinceramente, Mikoto-san sentar e esperar também não adianta. Desculpe, estou irritada.

-Sem problemas, é compreensível.

- Tente se acalmar. Tudo irá passar.

*

Tente se acalmar. Tudo irá passar.

O conselho de Mizuki não funcionou, pois continuo aqui do mesmo jeito que antes.

Nenhum dos guardas postos nas masmorras adentrou esta sala até o momento. Não se sabe se foram derrotados ou se estão lutando. Na verdade nem sei mais se eles estão fazendo nossa guarda ou se foram forçados a lutar.

Isso só resalta o meu medo e insegurança.

*

A lua hoje tardou a levantar-se ao céu. Foste o dia mais demorado de todos. Já é de noite e pelo barulho pode-se dizer que ainda estão lutando apesar de que o som está bem mais suave agora.

Noticias nos foram dadas ao anoitecer e alimento também. Segundo o guarda, não se sabe exatamente a quantidade de mortos existentes. Os inimigos são bem resistentes, mas os vampiros do Sasuke-kun também são bastante fortes. Presume-se que eles não resistirão por mais tempo.

Até isso tudo terminar completamente continuaremos aqui. Ordens diretas do Sasuke-kun.

- Não aguento mais ficar encarcerada aqui – dizia Mizuki- Quando tudo isso terminará? Eu não quero morrer aqui.

- Ninguém irá morrer, não diga besteiras Mizuki.

- Não Mikoto! Faz dois dias que estamos lutando! Ainda! Nunca durou tanto como agora. Estamos ameaçados!

-Ninguém irá morrer. Só precisamos de tempo.

-Quanto tempo mais precisará?-perguntei.

- Não sei...

- Ei Mizuki-chan, não fique assim. – Ajoelhei-me diante a ela. – Disseram-nos que os caçadores não estão resistindo! Isso é bom, quer dizer que não vamos continuar aqui por muito mais horas. Já deve estar terminando.

- Sakura está certa. Quando estiverem mais seguros de que terminou nos tirarão daqui. Seu filho vai poder crescer em um reino seguro e livre de guerras e caçadores.

-Quero muito acreditar...

-Então acredite. Vai dar tudo certo.

*

Estava deitada quando ele chegou. Sujo, ferido, cansado mesmo assim ainda tinha forças para andar. Sua mãe se adiantou e o abraçou aos prantos. Logo foi minha vez, mas não me demorei muito. Eu não era seu objetivo. Itachi logo alcançou sua mulher e filho. Foi uma cena emocionante de se presenciar, uma família completa não separada pela guerra.

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Com o seu consentimento subimos atrás deles. Minha futura nora sogra se separou de mim rapidamente, encontrando Fugaku-sama bem perto de nós.

Procurei por Sasuke-kun no castelo, mas ele não estava. Fui então procurar pelo jardim imaginando em que lugar do imenso verde ele estaria. Em sua busca pude ver o grande estrago que estava aqui fora. Em um canto vampiros tentando conter um pequeno fogo que devorava as plantas e do outro buscando sobreviventes.

O estado do jardim era deplorável, o cheiro de morte era sufocante e ver os outros agonizando era doloroso, parecia que esse sofrimento era comigo.

- Sakura?

A voz máscula do Sasuke-kun me despertou dos meus pensamentos. Ele estava sentado no chafariz destruído junto de Kakashi e mais alguns homens que estavam sendo cuidados.

Corri até ele e abracei-o quando cheguei e mesmo suado correspondeu.

-Sasuke-kun, você está bem? Está ferido?

- Estou bem Sakura. Está tudo bem agora.