12 anos em 12
Capítulo 39
Passam o caminho todo discutindo o tom de voz que terão que falar de agora pra frente, com Vitor argumentando que as coisas não funcionam assim. Chegam até a fazenda e são pegos de surpresa...
– Meu Deus! - ri. Vocês fizeram tudo isso?
– Queríamos recepcionar nossa bebê...
– Por isso você veio antes Cintia...
– Que coisa mais linda! Vocês são incríveis...- se aproxima de Paula. Olha meu amor, tudo pra você...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Sol... - sorri e se aproxima.
– Ela é linda Paula...
– Né? - ri.
– Gente... está tudo lindo, mas você precisa deitá-la Paula.
– Verdade... Diva, venha vê-la.
– Estou tão feliz...
– Diva... - A abraça.
– Você merece toda essa felicidade...
– E você está aqui pra viver comigo tudo isso! Olhe como ela é linda...
– Muito, muito... Melhor levá-la logo pra descansar! Teremos todo tempo para babar nessa mocinha.
– Sim.- riem. Vamos Vi, vamos conhecer o quarto...
– Pensei que jamais veria... - faz careta.
– Vamos!
Todos resolvem ficar na sala, onde recepcionaram Paula e Vitória com uma mesa preparada para ambas. Deixam que Paula e Vitor fiquem sozinhos no primeiro momento em casa da filha. Ele se sente mais ansioso a cada passo, será a primeira vez ali com sua filha.
– Pronto? Segure ela...- entrega Vitória para Vitor.
– Certo... Abra agora!
– Devagar...- ri enquanto empurra a porta. Sejam bem vindos meus amores...
– Pulinha... - entra. Que coisa mais linda! O mural ali...
– Sim, esse espaço é pra você montar as fotinhas dela. Tudo pensado pra uma princesa...
– É lindo Paula. Muito lindo... Estou orgulhoso de vocês!
– Coloca ela aqui no berço...
– Paula, ela vai ficar sozinha? - Com a ajuda dela deita a bebê.
– Não... Na verdade, não pensei nisso.
– Paula... Como a gente faz?
– Vitor... Nosso quarto é aqui do lado. Mas, não... Não quero me separar dela.
– Isso é uma babá eletrônica? - pega na mão.
– Sim.
– Então devemos colocar o outro no nosso quarto. Quando ela chorar, ouviremos...
– Vitor... Não, vamos colocar ela pra dormir com a gente.
– Pulinha...? Não... A nossa cama não é confortável pra ela.
– Então colocaremos um berço lá.
– Sim... Isso.
– É tanta coisa...
– Mas daremos conta. Vamos voltar pra sala...
– Ela fica aqui?
– Vamos ligar isso. - Coloca na tomada. Agora aperta aí...
– Pronto.
– Agora vamos pra lá e levamos esse outro, se ela chorar a gente escuta e vem!
– Que estranho isso...
– O quê? - abre a porta.
– Me separar dela... - vai até o berço.
– Pulinha... A gente tá aqui do lado.
– Não é isso... Parece que fico deixando uma parte de mim aqui.
– Mas, meu amor...
– Vai você. - interrompe. Ela logo acordará e eu vou amamentar ela... Pode ir e peça desculpas por mim.
– Está bem... Daqui a pouco eu volto.
Paula permanece com Vitória no quarto, observando a filha e organizando algumas coisas que estavam fora do lugar. Vitor chega a sala e explica o porquê ela não veio, se desculpando. Comemoram ali, por elas. Tudo estava sendo muito novo para os dois, na verdade para toda família... A chegada de Vitória fez com que todos mudassem hábitos e isso se intensificava ainda mais conforme os dias que passavam. Vitor teve que retornar aos shows, com outro semblante, outra energia em palco e fora dele; ligando a toda hora para saber como estavam. Se passaram longos quinze dias que ele não retornou para casa, devido a agenda que se lotou por terem cancelado muitos compromissos com o nascimento da bebê. Paula está na sala com Dulce e Marisa, quando o telefone toca...
– Eu atendo... - pega o telefone. Alô? - se retira.
– Por que não atende seu celular?
– Vitor! Desculpa branquelo... Nem sei onde está.
– Pulinha... Estou com tantas saudades. - respira fundo.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Já nem sei o que dizer... Volta pra casa logo!
– Farei isso... Sairemos hoje no fim da tarde. Não vou aguentar mais a agenda assim... Já falei com o Leo.
– Calma meu amor... Os compromissos estão acabando e logo volta ao normal.
– Mas, não quero isso... Quero ficar perto de vocês.
– Vitor... Nós queremos muito você aqui, mas te peço pra ter calma, pra não brigar com Leo por conta disso. Ele também tem uma família, também sofre por estar longe... A culpa não é dele.
– Eu sei... Na verdade, não sei de nada. Quero estar aí...
– Você está chorando? - Paula se preocupa. Vitor, calma...
– Você quem está sensível e eu que choro... É só saudades.
– Eu... Sinto sua falta. Tanto...
– Isso vai acabar, hoje ainda...
– Não vejo a hora!
– Como está a Vivi?
– Ótima... Comilona. - ri. Está me sugando todas as energias.
– Me mande uma foto dela por whats. - ri.
– A quinta só hoje! - riem.
– Me manda uma sua também...
– Pensei que nunca iria pedir.
– Deixe de ser boba, Pulinha...
– Não é bobeira. Que horas você chega?
– Eu ainda não sei amor, aviso assim que chegar.
– Estarei acordada esperando...
– Até porque Vitória não deixará você dormir.
– Nem me fale... Estou ficando preocupada Vitor, ela não dorme pela noite, mas dorme o dia quase inteiro.
– Uai, por isso... É normal. -ri.
– Normal? Você vai ver como é quando chegar...
– Fiquei tão pouco tempo com vocês.
– Por falar nisso, quantos dias ficará de folga?
– Três.
– O quê? Vitor... Isso é muito pouco. Você nunca passou tanto tempo fora e agora quando volta fica só isso!
– Já te expliquei... Por isso estou tão... Isso se eu não tiver que trabalhar aí.
– Já estou indo mãe. - grita. Quando você chegar falaremos disso, preciso ir que Vitória está chorando. Te amo, faça uma boa viagem... Beijos.
– Era Vitor? - Entrega a bebê.
– Era. - responde triste.
– E porque fala assim? Brigaram?
– Não... É que ele não está bem e fico muito preocupada. Já faz quinze dias que ele não volta pra casa, está cansado... E como se já não fosse bastante ficará só três dias de folga.
– Filha... Ele desmarcou muitas coisas quando Vitória nasceu.
– Eu sei... Mas, digo por ele se cansar muito nessa correria.
– Quando ele chegar você cuida dele!
– Só a senhora mesmo...- ri. Marisa está na sala?
– Não, foi preparar um suco com a Diva.
– Dormiu mãe... - olha pra filha.
– Balançando do jeito que você está, ela iria dormir mesmo..
– Shiu...
– Coloca ela no berço...
– Sim...
Paula vai até o quarto de Vitória e a deita. Antes de sair olha pra uma das paredes em que está o mural de fotos com apenas uma foto; ela, Vitor e Vitória.
– Que falta você faz... - passa a mão na foto.
– Paula... - sussurram na porta.
– Oi...
– Colocamos a mesa, vem...
– Já vou.
Assim que Marisa sai rumo a cozinha, Paula pega o celular e tira uma foto do mural, enviando ao Vitor.
No celular, *WhatsApp"
*"Estamos com saudades, papai...❤"
*"Pulinha... Meu ☀, amo vocês e já estou chegando...❤"
*"Nós te amamos também... Queria você aqui agora comendo seu doce predileto! kkk" - Observa Vitória mais uma vez e se retira.
*"Guarda pra mim Kkk"
*"Sempre... Diva e Sol preparam um café da tarde maravilhoso!"
*"Quero tudo isso amanhã..."
*"Pode deixar, sua mãe está aqui"
*"Que bom...Minhas vidas juntinhas."
*"Quando você chegar será perfeito... Já está embarcando?"
*"Sim, estou dentro do avião. Daqui a alguns minutos decolamos"
*"Deus abençoe sua vinda..."
*Amém ❤"
Paula desliga o celular e se senta a mesa.
– Vitor te telefonou?
– Sim, já está no avião!
– Que bom... Ele tem trabalhado tanto.
– Sim Marisa... Estou preocupada com isso.
– Tente falar com ele...
– Mas o que? - pega um copo de suco. Fico preocupada, mas infelizmente eu não posso mudar isso... Ele desmarcou muita coisa, e Leo não tem nada ver também.
– Lógico que tem, foi o nascimento da sobrinha dele. Fale com Vitor... Porque não vejo necessidade de tantos compromissos. Eles não precisam tanto... Os meninos também sentem falta do Leo...
– É... Vou conversar com ele. Não quero que ele se canse muito, Vitor já não tem 20 anos e mesmo que tenha uma excelente disposição tenho que pegar no pé dele para fazer algum exercício e manter a forma. - ri.
– Sim... Faça isso. - se levanta. Vou lá fora um pouco, qualquer coisa me chame.
– Tudo bem... - olha pra Sol. Está tudo ótimo!
– Fico feliz que esteja assim...
– Obrigado sol.
Paula termina o café e ajuda Diva a organizar o que farão para o jantar já que Vitor estará.
– Sol, separa o doce dele. - sorri. Deixa bem geladinho...
– Pode deixar - ri.
– Paulinha, sobre a Lucy...
– Peça pra ela vir e trazer o currículo, tudo bem?
– Está bem...
– Agora vou dar uma olhada na minha filhota... - ri.
– Paula, faço aquele bolo que ele gosta?
– Faz sim Diva... E separa as bolachas que a tia dele mandou também. Agora vou... - sai da cozinha.
A noite chega na Fazenda com muita pressa para Paula que mal percebe o tempo correr estando com VitórIa. Marisa retornou à cidade junto com Dulce, ficando apenas Cintia.
– Vitor ligou?
– Não... - respira fundo.
– O que foi?
– Por mais que eu ame amamentar, cansa um pouco... - ri.
– Ela come bem, né? - ri.
– Puxou ao pai... E que saudade dele...
– Logo ele chega aí... Fazendo aquele barulho todo.
– Sinto falta desse barulho. - olha pra bebê a acariciando. Pronto!? Está bom né meu anjo... Mamou até demais.
– Paula, deixa eu pegar?
– Sim... Cuidado... - entrega. Vou para a sala aguardar o Vitor, ele deve estar chegando, você fica aqui até ela dormir?
– Claro.
– Qualquer coisa me chame. - sai rumo a sala. Flokinho... Vamos!?
– Paula!? - gritam.
– Oi, Diva... O que foi?? - se assusta.
– Chegou um carro. Acho que é Vitor... - Vão até a porta.
– Tudo bem, mas não grite... - ri. Calma...
– Estou com saudades também. - riem.
– Vou até lá, segura o flokinho aqui.
Vitor desce do carro e retira as malas enquanto Paula vem ao encontro dele.
– Minha Pulinha! - ri, segurando-a no colo. Que saudade!!!
– Estava ficando preocupada. - desce do colo. Você não telefonou!
– Me perdoa... Quis chegar logo, fui buscar meu carro correndo pra vir o mais rápido.
– Tudo bem... O importante é que você está aqui agora!
– Com todo meu tempo pra você... - segura o rosto dela.
– Não fique tanto tempo longe! - o beija.
– Não vão vir pra dentro? - grita.
– Já estamos indo Diva. - riem. Ela morre de ciumes da gente...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Meu Deus... - pega a mala e vão.
– Oi meu menino... - o abraça.
– Minha diva, Diva! - ri. Oi Flokos...
– Está com fome?
– Muita fome!
– Vou preparar a mesa pra vocês e já volto.
– Vamos ver a Vitória... - se abraçam caminhando rumo ao quarto.
– Ela deve estar dormindo... Cintia? - entram.
– Shiu... - balança o berço. Ela está dormindo... Oi Vitor!
– Oi branquinha. - se aproxima. Vou pegar ela...
– Demorei séculos pra fazer ela dormir... Mas, tudo bem. - riem.
– E eu demorei séculos longe dela... - a pega.
– Cuidado Vitor...
– Oi meu amor... Papai está aqui. - se senta na poltrona.
Paula chama Cintia e saem de mansinho rumo a cozinha, deixando-os sozinhos.
– Que mesa linda! Nunca comi em uma mesa tão bem posta...
– Que injúria Paula! - riem.
– Estou brincando, você capricha sempre.
– Cadê ele?
– Está com Vitória no quarto. Cintia, se você quiser comer, fique a vontade... Ele vai demorar um pouco.
– Vou fazer isso... Estou morrendo de fome.
Paula aguarda Vitor para jantarem juntos, dispensando Diva para descansar. Não demora muito para que ele apareça e a surpreende enquanto mexe no celular.
– Já estava indo atrás de você... - se beijam.
– Fui fazer Vitória dormir novamente, tomei um banho... Que saudade eu estava.
– Se senta... Vou te servir.
– Isso tudo é pra mim? - ri.
– Esqueceu que agora você é um homem sabiamente casado!?
– Não me esqueço... É que nunca fui recebido assim.
– Mas agora vai ser... Tome. - o serve.
– Você não vai comer?
– Não... Mas, irei me sentar aqui com você.
– Já comeu?
– Não estou com fome.
– Pulinha... Você precisa se alimentar bem.
– Estou me alimentando bem.
– Está acontecendo alguma coisa?
– Não... Coma, vai. Diva preparou tudo pra você! - sorri.
– Está maravilhoso, como tudo que ela faz.
– E advinha o que tem de sobremesa?
– Nem imagino... - riem.
– Uai, doce de leite!
– Geladinho?
– Exato! Vou dar uma olhada na Vitória e já volto... - se levanta e Vitor segura ela pela mão.
– Fica aqui, a Cintia está lá. Faz tanto tempo que a gente não tem um momento assim...
– Vou pegar seu vinho então.
– Paula... - larga os talheres. O que foi? Tem algo acontecendo!
– Coma, depois conversamos. - entrega a taça.
– Com você assim comigo, fica difícil comer...
– Não fica não... - bebe o vinho e o beija.
– Pulinha...
– Termine sua comida, que foi feita pensando em você.
– Mas estou pensando em você agora... O que houve? - segura a mão dela.
– Não queria te falar isso assim... pensei muito e não diria nada por agora, mas quando vi você chegando foi inexplicável a segurança que você me passa. Não quero te incomodar com isso de novo, não quero que... - se emociona.
– Seu pai... - solta a mão dela e respira fundo, voltando a comer.
– Vitor...
– Te prometi que ele estaria no nosso casamento e que conheceria nossa filha. Você precisa confiar em mim...
– Não quero que mamãe saiba disso.
– Ela vai pensar que a ideia é minha... Se ela descobrir.
– Como assim?
– Paula... Eu vou resolver isso. Não se preocupe!
– Não queria te incomodar, você tem tão pouco tempo aqui.
– Não quero que pense assim, estou aqui pra isso também... Você nunca vai me incomodar.
– Me desculpe... Você chega em casa e eu nesse estado.
– Nesse estado Paula de ser? - ri.
– Não diz isso... Não sou tão assim... Nem me arrumei direito pra te receber.
– Meu amor você é isso aí também... Não me importa o que você veste. É até melhor quando você não veste!
– Você não vai mudar nunca... - ri. Vou tomar um banho e te espero no quarto... Tudo bem?
– Sim, levo doce de leite pra comermos lá.
– Estarei aguardando. - beija-o e sai.
Vitor termina o jantar e prepara o doce pra ir pro quarto, passa pelo quarto de Vitória conferindo se ela já foi pro quarto deles.
– Não bate...
– Tá bem... - Coloca o doce em uma bancada.
– Ela é tão gulosa Vitor... - sorri. Olha só...
– Nunca imaginei algo tão pequeno e tão delicado que pudesse ter todo o meu amor. É tão inexplicável... A gente tem vontade de enfrentar o mundo para que ela jamais sofra, para que não caia, para que não partam o coração dela Que ainda é muito pequenino, mas que já tem toda minha vida. É quando a gente entende o que é dar a vida por alguém... Não pensaria duas vezes em dar minha vida pra que ela viva.
– Você é o melhor pai que meus filhos poderiam ter...
– Sou apenas pai... - sorri.
– Nem sei o que dizer... Ela tem mudado os meus dias e mudou agora minha vida. Já pensou... Um pedaço da gente.
– Pulinha precisamos escolher os padrinhos dela.
– Sim... Por falar nisso, trazer nossas madrinhas pra ver ela também.
– Vou providenciar isso amanhã.
– Quem você quer que seja?
– O Leo...
– Claro. - ri. Bem inusitada sua escolha!
– E pensei na Cintia também... Os dois.
– Ela tem me ajudado tanto. Será que a Tati vai ficar chateada?
– Não... Ela vai entender. Talvez Paula fique... Mas, o próximo filho a gente dá pra ela.
– O próximo?
– Sim... Teremos dois.
– E quando você decidiu isso?
– Já faz uns anos...
– Não sei o que faço com você. - riem. Coloca ela no berço...
– Vem com o papai... - pega.
– Coloca a cobertinha nela...
– Agora deita que vou colocar em você a cobertinha... - se aconchega nela.
– Estou precisando disso mesmo... Que saudade de você aqui. - o abraça.
– Você está bem...? Não perguntei antes porque queria ficar assim bem juntinho pra gente conversar melhor.
– Estou... Com saudades sempre, do palco, da energia dos meus fãs, de você...
– A minha vamos matar... Do palco e dos fãs você logo matará. Pulinha... Fico preocupado com você, não quero que se entristeça por isso.
– Mas, não é tristeza. Estou muito feliz Vitor... Mas, me sinto um pouco inútil.
– Inútil?
– Não faço nada o tempo todo... Só cuido da Vitória.
– E isso é pouco? - ri.
– Pra mim sim... - ri. Nunca fiquei tão parada assim.
– O quê você quer fazer? Sabendo que não pode se esforçar muito.
– Não sei... Preciso voltar a malhar.
– E você já pode?
– A Bia entrou em contato com meu médico e fizeram um roteiro de algumas atividades que posso iniciar a partir da semana que vem.
– Que bom... Aos poucos você vai voltando às suas atividades... Ou melhor, à sua correria.
– Não exagera... - riem. Cuidar da Vitória é uma surpresa pra mim... Você sabe que não sei como é ser dona de casa e todas essas coisas.
– Alguma vez reclamei disso?
– Não...
– Então não fica se preocupando com isso, tudo é novo pra nós dois. Você estando feliz, é o principal... - segura a mão dela. Está cansada?
– Muito... Tudo bem eu deitar pertinho de você e dormir?
– Sim... - a abraça mais.
Paula adormece logo e Vitor se retira do quarto, levando o celular. Procura em seus documentos o número de uma velha conhecida.
– Erica?
– Vitor!? Milagres acontecem...
– Tudo bem?
– Tudo, porque sumiu?
– Não sumi. E então, podemos nos falar amanhã?
– Por que não agora?
– Logo pela manhã.
– Era bem melhor pela noite, naquele mesmo lugar.
– No restaurante Bambola, às 10h.
– Está com a esposa, né? - ri.
– Erica, já falei o que tinha pra falar. Esteja lá amanhã!
– O que ganho com isso?
– O que mais quer ganhar de mim?
– Recordar os velhos tempos seria ótimo.
– Boa Noite Erica! - respira fundo.
Vitor se sente encurralado, sem saber se fez a coisa certa. Mas, já que estava feito o melhor era seguir...
Fale com o autor