Lua e Sol

Acho que antes de lerem esse capitulo, terão que ler a fic inteira....


Após sair da casa de Tomoyo, com Asuka lhe enchendo os ouvidos sobre Tomoyo, Hanabi levou o afilhado até o clã. Deu ordens para que uma das empregadas da casa o cuidasse e então Hanabi entrou no escritório do líder do clã e sentou-se. Encostou as mãos como se orasse, o que realmente fazia sem perceber. Asuka. Seu único sobrinho, a criança que era o fruto de amor de Hinata e Naruto. Seus dois amores mais sinceros. Fechou os olhos, pedindo a não sabia quem, orientação. A conversa que escutara na sala da hokage estava ainda ecoando em seus ouvidos.

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Depois de cerca de uma hora, Neji entrou na sala, uma discreta batida a porta.

— Hanabi-sama, eu preciso...

— Neji, onde Asuka está agora? – ela pediu ainda de olhos fechados, as mãos em oração.

— Com seu pai, por que? – ele não entendeu a súbita preocupação da líder dos Hyuuga.

— Quero que você organize uma coisa para mim. Seja discreto e principalmente Asuka não deve perceber que está sendo monitorado, todos os momentos do dia.

— Recebeu alguma ameaça? – o semblante de Neji tornou-se duro. Ele jamais permitiria que algo acontecesse com seu afilhado, se estivesse a seu alcance.

— Talvez estejam pensando em levar Asuka para um lugar que não sei qual é. Eu não tenho certeza, mas como filho de Hinata como futuro líder dos Hyuuga... – Ela abriu os olhos. A determinação característica da jovem estava ali. – se alguém encostar no meu afilhado, eu mato.

— Entendo, Hanabi-sama. – Neji pediu, reconhecendo que a frágil Hanabi havia se dissipado por algo que ela não confiava a ele. Mas que a lutadora que superara Hinata estava de volta.

— Outra coisa. Quero que chame Tadashi, o filho de Mei e Yusuke. Quero adotar legalmente Asuka, para que sendo meu filho, não haja outra forma a não ser ele liderar o clã. - o rosto dela não deixava dúvidas que faria ser cumpridas todas as suas vontades.

— E se houver outra criança? Se você casar e tiver um filho?

— Asuka será o líder. – mais a determinação subia ao rosto de Hanabi.

— Será difícil fazer com que uma criança da Família Secundaria seja a líder de todo o clã.

— Não impossível. E já que Asuka possui o Byakugan, vamos ensina-lo a usa-lo.

— Naruto não queria que isso acontecesse. – Neji a lembrou.

— Enquanto Asuka for meu afilhado, meu filho do coração e estiver sob a minha guarda... Nem mesmo meu pai dirá o que será feito dele. A decisão cabe a mim. – Hanabi soltou as mãos enquanto seu coração pedia perdão a Naruto.

Lua e Sol

Lua e Sol

Shikamaru adentrou aos portões de Konoha sem acreditar que finalmente estava em casa. Cumprimentou brevemente os guardas que estavam de plantão, antes de seguir para sua casa. O pôr do sol já se mostrava no horizonte, enquanto ele suspirou brevemente. Iria atrás da sua problemática e apenas no dia seguinte, procuraria por Tsunade-sama. Ao entrar, foi recebido com o silêncio.

Levou sua mochila até o quarto, então foi até a cozinha. Pregado a geladeira, estava um bilhete, que fez seu coração disparar.

Shikamaru, se você chegar a ler isso é porque ainda não voltei do hospital. Apresse-se seu preguiçoso!”

Ignorou o fato que ia pegar uma água gelada e saiu disparado de casa. Ele não precisava pensar, se sua mãe estava com Temari. Ele sabia que a mãe, ao contrário dele, não largaria a nora, estando tão próxima do parto - a vontade de ter os netos era tão ou maior que a de ter o filho perto de si.

Estava chegando no hospital, quando percebeu uma jovem mulher, usando uma yukata azul escura, com o símbolo do clã Uchiha entrando no prédio. Seus cabelos negros, estavam presos em uma trança que ia até a metade das costas, em seus pés tinha sapatilhas da mesma cor.

Tomoyo-chan!- Shikamaru ouviu gritarem e a jovem parou. Virou-se e ele arregalou os olhos. A jovem a sua frente, embora fosse óbvio que era mais velha, tinha uma aparência semelhante a Nobue, a jovem que liderava a vila das virgens. O neto do Sandaima, Konohomaru, correu até ela, ofegante. Ele era todo sorrisos para ela, que parecia estar entediada. Fez um sinal que não com a cabeça, um meio sorriso aplacando a negativa. Konohomaru a pegou no braço, fazendo que ela o fitasse seriamente. Então, puxando o braço ela falou algo que fez o ninja corar e entrou no hospital.

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Shikamaru piscou brevemente, antes de balançar a cabeça. Estava ficando maluco… E seria um homem morto se demorasse um pouco mais.

Quando entrou, já não a encontrou. Pediu informações, rumando até o quarto que Temari estava internada. Encontrou a mulher, meio sentada, meio deitada na cama, a mãe dele sentada em uma poltrona.

— Até que enfim você apareceu. - a expressão zangada de Yoshino o fez suspirar.

— Mãe… Aconteceu uma coisa… - Shikamaru coçou a cabeça.

— Problemática. - Temari e Yoshino falaram juntas.

— Sim. - Ele entrou. - Mas o importante é que cheguei a tempo, nao é?

— Pelos menos isso. - Temari bufou.

— Ficou dormindo em cada árvore, que não encontrou o caminho de casa mais cedo? - Temari pediu com uma expressão de raiva no rosto.

— Vamos falar disso depois que o bebê nascer, que tal? - Shikamaru se aproximou dela, acariciando a mão feminina, antes de leva-la até os lábios. - O importante é que estou aqui não acha?

— Eu não consigo deixar de me preocupar, Shikamaru. Gaara está desaparecido e as buscas por ele foram encerradas. - Temari soltou de um fôlego. - Eu não sei nada do meu irmão…

Uma batida na porta interrompeu o que Shikamaru ia falar. Quando a porta abriu, entrou a garota parecida com Nobue.

— Temari-san, posso lhe examinar para ver se já pode ir para a sala de parto? - ela pediu, de forma cautelosa.

Temari bufou, dando de ombros. A garota tinha colocado roupas verdes, calça e camiseta, adequadas ao serviço médico, mãos enluvadas.

— Sei que preferiria que fosse Ino-san, mas ela está fora da vila. - Tomoyo aproximou-se da cama, Temari fazendo uma careta.

— Estão cada vez mais fortes. - Temari reclamou, pegando a mao de Shikamaru. - E mais perto uma da outra.

Tomoyo olhou para Shikamaru, que tinha os olhos nela.

— Você é parente de Nobue-sama?

— Nobue-sama? - Tomoyo piscou brevemente, antes de assentir. - somos primas distantes. O senhor deve ser Shikamaru Nara. Vai desmaiar na sala de parto ou prefere esperar seu filho fora? - Ela sorriu, demonstrando que estava brincando.

Lua e sol

Lua e sol

Tomoyo saiu do hospital, exausta. Estava ali a um dia e pouco... Vários médicos estavam em missões em conjunto. Ela não tinha ilusões, que se pudesse, Tsunade a tiraria dali. Não entendia o porquê da relutância da Hokage, mas respeitava. Se Tsunade soubesse as coisas que já havia feito, talvez nem em Konoha a hokage permitiria que ficasse. Ia caminhando distraída pelos sons da vila, quando, uma pessoa trombou nela. Resmungou um palavrao, enquanto esfregava a mão, que estava ralada.

Ergueu o olhar, para passar uma bronca na criança... que na verdade era Shikamaru Nara.

— NARA! – A voz de Tsunade fez que ele ficasse mais pálido que estava. Tomoyo levantou-se, ao mesmo tempo que Shikamaru, que engolia em seco, virando em direção a hokage. Tsunade praticamente espumava de raiva, todos que estavam na sua frente, tratavam de fugir, para não por acidente, serem esmagados pela hokage.

— Kami-sama...

Tomoyo puxou o ar, enquanto se decidia se ficava e tentava ajuda-lo ou se fugia como os demais, perante a aura assassina de Tsunade.