Lua e Sol

Capítulo 25


-Senhora Kyio? – Minato olhou a sala procurando por alguma das mulheres Uzumaki. sorriu ao escutar um ronco profundo. Caminhou silenciosamente em direção a ele, encontrando Kyio sentada, dormindo, no local que ela fazia de sala de costura. Foi em direção a ela, parando na porta. ela tinha um álbum de fotografias no colo. Ele virou-se para sair, quando escutou ela se mexendo.

- Kushina-chan...– a velha murmurou, no sonho. Ela endireitou-se na cadeira, mas não o suficiente para levantar-se ou acordar. minato aproximou-se rapidamente, quando percebeu a senhora simplesmente rolar para o chão. Impediu isso, em seguida a levou para onde sabia ser o quarto dela. Colocou a ancia com cuidado na cama. Colocou a manta que ela tinha nos pés da cama por cima dela. Kyio usava um robe antigo, sobre um pijama marrom, feito de flanela.

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Ficou fitando-a com carinho, por um tempo, apenas saindo daquela espécie de transe, quando escutou a voz de Yusuke.

- Vovó Kiyo? A senhora está...

- Ei, daria para baixar a voz? A senhora Kiyo está dormindo.

Yusuke estreitou os olhos. Em seguida deu de ombros.

- Você viu aquela peste da Saori?

- Não. A ultima vez que a vi, ela estava vindo para ca, para variar brigando com Hiei.

Yusuke encarou Minato, nenhum traço de humor no rosto.

- Preciso sair da vila por algumas semanas. Pode ajudar a vovó Kyio a proteger a vila?

- Yusuke... olha para mim. Acha que eu sou o que?

- Educação e sinceridade não andam juntas na resposta que eu quero dar.

- Ei... Está zangado comigo por que?

Yusuke suspirou.

- Esquece. A vovó Kyio lhe disse...

- Ela estava dormindo, quando eu cheguei e... – Ele arregalou os olhos. Finalmente encarou as roupas de Yusuke. Ele usava calças e túnica bordo. Botas negras. Um cinto negro, com uma placa de metal, nenhum símbolo desenhado nela. Uma espada estava pendurada em sua cintura. - Por que está usando essas roupas?

Yusuke se encarou, antes de voltar a encarar Minato e responder.

- Essa é minha roupa ninja... que uso quando saio em missões.

- Você é um ninja? – Minato encarou Yusuke por meio segundo, antes de cair na gargalhada.

Yusuke olhou para o alto, pedindo paciência.

- Sou um ninja... Não-oficial. – Yusuke falou, dando de ombros. – minha mae não permitiu que eu freqüentasse a academia ninja, mas deixou que o pai de Saori me ensinasse a lutar, jutsus ninjas.

- Porque não?

- Porque ela não queria se lembrar de meu pai. – Yusuke deu de ombros. – Sayuri já faz isso sem fazer muito esforço. Basta encarar minha mae e estreitar os olhos.

- Um dia desses eu gostaria de conhece-la.

- Ela não é tao terrível como Saori a pinta. Apenas tem a combinação das partes ruins dos gênios dos nossos pais.

Minato não falou nada, mas deu de ombros. Saori podia exagerar um pouco, mas quando falava suas descrições eram bastante apuradas. Quando ela contara sobre o cara pervertido de meia-idade, que usava um colan verde ridículo, ele visualizou com quase perfeição o homem.

Balancou a cabeça com força. Yusuke colocou a mao esquerda no ombro de Minato.

- Eu não sei porque Kami quer que você fique aqui, mas saiba que conquistou o direito a ficar aqui por seu mérito, Minato Uzumaki. Se algum dia, nossos destinos se separarem e se juntarem novamente, você terá um amigo a mais daqueles que você já possui.

- Como você pode saber que eu tenho amigos? Eu posso ser um assassino, ladrão, mentiroso...

- Pedofilo, bastardo, depravado... Você poderia ser qualquer coisa de ruim, mas não é. Nem eu mesmo tenho tido tanta paciência com Hiei, mesmo ele sendo meu sobrinho. – sorriu, acenando. - Ate a volta.

Yusuke curvou a cabeça, em seguida saiu da casa de kiyo. Minato por alguns minutos, ficou plantado. Sentia-se meio congelado, não pelas mãos de Yusuke. Quando estava perto do moreno, ele sentia uma coisa que não saberia nomear. Como se ao lado dele, estivessem suas lembranças. A hipótese que eles já se conheciam antes, já havia surgido em sua mente.

E a descartara quase imediatamente. Yusuke e ele não haviam se encontrado. Talvez, fosse o caso de Yusuke ser parecido com alguém que ele se relacionava...

- KUSHINA!- o grito de kyio fez Minatoarrepiar-se. Quando entrou no quarto dela, a mulher chorava desconsolada, abraçando-se a si própria, embalando-se como se fosse um bebê nos braços.

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- Senhora Kiyo, esta bem? – ele aproximou-se, mobilizado pela dor que o rosto da velha generosa evidenciava.

- Como eu pude ser tao cega? – ela ergueu a mao, colocando-a no rosto surpreso dele. – Você tem o sorriso de Minato... os cabelos, os olhos dele... – acariciou-o tremula.

- A senhora já tinha me falado que sou parecido com seu genro, que faleceu.

- Sabia que quando começa a brigar com Saori, vocês me lembram meus filhos quando crianças? Eram dois ninjas formidáveis... Eu não permiti que Kushina tivesse o treinamento adequado para uma guerreira virgem, pois já havia visto... – Lagrimas mais grossas começaram a correr. – Ela iria seguir o sol... E o seguiu...

- Calma. – Minato abraçou Kiyo, sentindo o coração se despedaçar. Kiyo retribuiu o abraço, desejando ter finalmente entendido o sonho. Ela queria que aquilo fosse verdade. Que Kushina chegava nessa casa, carregando um bebe no colo. Então, aparentemente conversando banalidades, ela saia e ficava na rua.

- MÃE! – O grito mais precioso que Kiyo desejara escutar novamente, ecoava em seus ouvidos.Quando observava a filha, ela erguera o bebe no colo e comecara a rodar. – Esse é sol que vai brilhar por todo o mundo!

E rodava... Rodava... muitas vezes. O bebe em seus braços, crescendo a uma velocidade impressionante. Kushina parava, de frente para o filho, escondendo o rosto dele. quando finalmente ela permitia que Kyio visse o rosto do menino, era o rosto do portador da raposa de nove caudas... com o coração mais generoso que ela já havia encontrado em alguém.

Ele a encarava e tirava de seus ombros mãos da mae, beijando-as. Quando Kiyo olhava para o rosto da filha, ele se modificara sutilmente. Rejuvenescera, ao mesmo tempo que as madeixas ruivas haviam perdido o vermelho intenso, os olhos eram de Hinako.

Saori e Minato lhe encaravam sorrindo, confiantes.

Lua

Lua

Saori levantou-se,olhando o terreno em volta com cautela. Se Kiyo descobrisse que ela havia simplesmente ignorado suas ordens, não precisaria limpar os ouvidos por semanas, tal a quantidade de xingamentos que a avó lhe lançaria. Nenhuma alma viva a vista. Comecou a caminhar, ainda olhando em volta. Ela não tinha certeza do caminho até a caverna, mas não importava. Ela acharia.

Precisava quebrar o selamento. Era a única forma que sua amiga tinha para se defender.

- Vai a algum lugar? – a pergunta de Yusuke a fez gelar.

- Eu? – quem sabe ela conseguisse enrolar Yusuke.

- Não. A piralha metida que atende pelo nome de Saori Uzumaki.

- Jura? Bom, quando eu ver ela, te aviso. – acenou alegremente, voltando a caminhar.

- Yusuke moveu-se pelas arvores, parando na frente dela.

- Vovó Kiyo vai ficar furiosa quando perceber que você a desobedeceu.

- Como eu não aceitei as ordens dela, fica mais fácil você dizer que eu sequer ouvi.

- Estamos trabalhando para manter vocês vivas e bem e o que temos em troca?

- Estamos trabalhando, quem cara-pálida?

- Esta pensando em ir ate onde, Saori?

- Ate a caverna, onde...

- Você vai dar meia volta. Estou indo para lá. E mamãe também.

- Ajudei a fazer o selamento! Posso dizer se o selo esta quebrado ou não.

- Minha mãe também. É para sua proteção que vamos verificar se existe qualquer chance de Tomoyo estar...

Yusuke ficou parado de repente.

- Você não vai verificar o selamento, não é?

- Tenho cara de quem é louca?

- Você não tem apenas cara de quem é louca. Você tem cara, mente, coração de quem não tem um pingo de juízo!

Saori fez um bico, parando com a atitude infantil, quando sentiu uma energia espiritual maligna. Ainda conseguiu deslumbrar a carranca de Yusuke, antes que ficassem de costas coladas.

- Quando isso acabar – ele jurou – vou bater tanto no seu traseiro que minha mao vai ficar doendo.

-- Mestra Hana não ensinou que é feio prometer o que não pode cumprir?

Yusuke puxou a espada, Saori os leques que havia resolvido utilizar enquanto não achasse o seu arco. Uma bolha magnética, similar a que rodeava o povoado, invisível a olho nu, comecou a formar-se. Ambos entraram em posicao de ataque, atentos ao menor barulho.

Uma risada masculina fez os dois respirarem fundo. Então, materializou-se diante deles, o responsável pela bolha.

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Os momentos de silencio eram angustiantes. Yusuke e Saori mal conseguiam respirar, ansiosos por verem a luta iniciar-se.

Possuía a aparência de um adolescente de uns catorze anos. tinha os olhos negros, o cabelo verde espetado e estava mascando chiclete. Usava botas verdes, luvas lilás, calças roxas e camiseta verde que terminava quando as luvas começavam. Ele fez uma bolha, estourando-a, enquanto analisava o casal, que silencioso também o media. Fisicamente ate seria atraente, se o ar de maldade não marcasse as feições.

- Uau... Maou-sama tem mesmo mal gosto para chocadeira... Primeiro, aquela coisa com olhos de coco de pomba... Bom, os peitos e coxas dela até que compensavam os olhos... Agora essa despeitada...

- DESPEITADA É A SUA AVÓ! – Saori gritou, sem conseguir se conter. Não avançou, pois Yusuke a segurou pelo punho.

- Mantenha sua cabeça fria. – ele falou em tom de comando.

- ... de mau gênio... – Ele completou, sem se importar. Telesetransportou, para o lado oposto, fazendo Saori e Yusuke virarem-se juntos.– E o que tem junto com ela? O Hyuuga corno, que vê e fala com os fantasminhas... tem um geniozinho mais ou menos... Sabe, carinha, a put... da sua mulherzinha, está la, fazendo a festa com os meus irmãos... Ela faz cada coisa gostosa....

Yusuke apenas não avançou, porque Saori o pegou pelo pulso.

- Cabeça fria, lembra-se?

- Eu vou arrebentar esse via... sem chifres!

- É claro que eu estou sem chifres.... Eles estão todos na sua cabeça! – comecou a gargalhar.

- Ele está implorando para apanhar. – Yusuke sentia dificuldade em se controlar.

- Vocês não vão me dar o prazer de iniciar a luta? – ele provocou.

- Não enquanto o seu amigo não aparecer. – Saori virou o rosto, na direção que ele havia aparecido primeiro.

- Adoro satisfazer vontades alheias. – uma mulher ruiva apareceu, segurando uma espada. Estava usando uma minúscula camisola rosa, com renda. Os pés nus, mostravam o mesmo esmalte vermelho das mãos.

Eca... posso escolher com quem lutar? – Saori fez cara de nojo. O olhar correu de volta para o adolescente, que segurava naquele momento um chicote, com bolas de aço nas pontas das cordas.

Como se tivéssemos muita opção. – Yusuke e Saori se separaram ao mesmo tempo, sentindo seus corações disparados como se vencessem uma maratona.

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- Eu tenho sonhado com isso desde que Saori chegou na vila. – Kiyo entregou a foto a Minato, que arregalou os olhos. Ele estava vendo a Saori de seu sonho... Junto daquele homem ao qual ela se agarrara com desespero. – preferi ignora-lo, mas não consegui esquece-lo.

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- Isso... é surpreendente, senhora Kiyo.

- Você é meu neto, Minato. Porque não me chama de vovó como deve? – ela não conseguia parar de examinar cada pedaço daquele rosto. Tocou-o mais uma vez. O Quarto Hokage não se importaria de saber que seu filho, ostentava o mesmo nome que ele... uma vez que era uma copia quase fiel.

- Onde eles moravam?

- Isso importa? – Kiyo perguntou, meio revoltada. – Eles não permitiram, não avisaram que você havia sobrevivido! Nas minhas visões, eu apenas consegui ver Kushina morrendo ao ter você! Eu não conseguia imaginar que você... Por favor... Não vá embora, me deixando sozinha outra vez! – Kiyo implorou, segurando as mãos de Minato. – por favor...

Apertou-as contra seu peito, o desespero estampado em sua face.

- Eu...

- Aqui você é desejado, Minato!

Um pequeno par de olhos perolados passou pela mente de Minato, mas foi uma visão tao rápida, que ele não conseguiu acreditar nela.

- Saori vai enlouquecer, quando descobrir que vocês são primos. – Kiyo sorriu. –Voces se dão tao bem... por favor... – Kiyo curvou-se o máximo que podia, Minato logo levantou a avó.

- Esta bem, eu fico... – kiyo com um pequeno grito de alegria, o abraçou novamente.

- Vovó Kyio! Vovó Kiyo! – Hiei entrou esbaforido pela porta, chamando por ela.

- O que aconteceu, Hiei?

- Saori e tio Yusuke estão com problemas. – Hiei passou a inalar grandes doses de ar e ao sentir o peito doer, fez uma careta.

- Como assim? Saori ficou encarregada de levar...

- Ela estava saindo escondida da vila, tio Yusuke estava passando um sermão nela, daí apareceu aquele carinha e...

- Hiei, com calma! – Kiyo sentiu o coração se apertar. – Me explique tudo novamente com calma e na ordem!

- Eu estava indo com o tio Yusuke para aquela caverna, onde prenderam... – ele pulou, colocou as mãos na cabeça – eu não lembro! Mais, daí quando a gente estava já perto da encruzilhada dos montes, o tio Yusuke me mandou voltar, para te avisar que a despeitada da Saori estava fugindo da vila, e que ele ia passar uma tunda no traseiro dela, antes de mandar ela de volta. Ai antes que eu viesse, aquele amigo da mae do tio Yusuke.... Aquele que me ensinou como espiar as garotas tomando banho, aquele de cabelos brancos, apareceu para ele e disse que ele tinha que se apressar porque doisonis estavam se aproximando da Saori e que ele tinha que...

Hiei finalmente parou, quando Kiyo impediu que Minato saísse correndo, segurando-o pelo pulso.

- Está pensando em fazer o que?

- Em ir atrás de Yusuke e Saori.

- Sem nenhuma arma?

- Acha vovó que eu vou conseguir ficar sentado aqui, esperando sem fazer nada?

- Espera ir atrás deles, sem nenhuma arma? – Kyio repetiu a pergunta, fazendo Minato a encarar.

- Eu não sou via... pra ficar usando lequezinho. E também não sei usar katana ou um arco.

- Eu não ia lhe dar nenhuma katana ou arco. Espere aqui.

Kyio ordenou, antes de voltar para dentro do quarto. Em alguns minutos, retornava tendo uma enorme bolsa antiga de couro nos braços. Minato estava impaciente. Kyio espalhou o conteúdo da bolsa no chão. Varias kunais, shurikens caíram de la.

- Eram da sua mae. – Kyio pegou uma kunai, entregando a ele. – ela me entregou no dia do casamento, confiando que eu guardaria para o pequeno sol dela.

Minato pegou uma kunai, observando-a atentamente. Olhou para a cicatriz em sua mao. A cicatriz que ele fizera, na companhia daquela garota de cabelos rosas, do cabeça de galinha e do cara de cabelos cinza tarado.

- Eu... sei usar isso.