Lua e Sol

Capítulo 13 - parte I


Capitulo 13

O shinobi de colan verde andava por uma estrada estreita, quando começou a escutar três vozes infantis, que cantavam. Curioso, aproximou-se delas. Mais ou menos da mesma altura, as três não tinham nada em comum, alem do fato de brincarem juntas. Uma loira, outra ruiva e a ultima morena.

A loira vestia com um calção verde, uma camiseta azul, com um grande numero cinco estampado na frente. A ruiva, um vestido bege, que seria mais adequado para uma festa de gala ocidental. A morena, um quimono rosa claro.

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Gai ficou observando aquele pequeno trio por vários minutos, até que percebeu, uma nova voz infantil.

- Saori! Saori-chan! – Gai virou-se naquele chamado, vendo uma figura mais velha que o trio. Um menino de cabelos espetados, que Gai sabia ser Asuka. Não. Asuka não tinha os cabelos loiros. Mas o rosto... Gai franziu a testa. Naruto chamava a menina de cabelos loiros, que gritou uma frase de despedida, correndo em direção a ele.

Quando chegou perto, Naruto se virou, gritando e correndo.

- Você não me pega, estou certo.

- Se não ficar quieto eu vou te beliscar, seu dobe! – a menina o seguiu, sem a menor hesitação.

Gai voltou sua atenção para as outras meninas. A ruiva havia desaparecido, sem deixar sinal. A morena, estava sentada, olhando para o vazio, enquanto uma profunda tristeza estampava-se no rosto dela.

- Garotinha... – Gai pigarreou, chamando a atenção dela. – Você não tem que ir para casa?

Ela fez que não com a cabeça, então falou.

- Papai disse que eu devia ser uma boa menina... E esperar que ele ia me levar para casa. – Ela falou, com os olhos brilhantes com as lagrimas que segurava.

Gai abriu os olhos, quando escutou um choro. Virando a cabeça, percebeu que Tomoyo chorava.

- Senhorita Tomoyo está bem? – Gai sentia a cabeça meio zonza, mais ou menos como antes do cheiro de amêndoas.

- Eu... – Tapou a boca com a mao, antes de desandar em um choro mais forte. Gai não conseguiu impedir-se de tentar consola-la abrancando-a. – Riko... Ela... Saori...

Quando finalmente acalmou-se, Tomoyo sentia-se dividida. Por um lado, sentia-se irritada com Riko. Aquele cheiro de amêndoas, sempre acabava ficando no ar, quando Riko realizava a materialização e desmaterialização de objetos ou pessoas. Por outro... Sabia desde o inicio que a missão era apenas de Saori. Que ela não tinha direito a intervir numa coisa que não era obrigação sua. E envergonhada pelo exagero da sua reação, ainda mais perante Gai.

- Onde está a senhorita Saori?

- Onde Riko a mandou. – Tomoyo encarou o espaço vazio a seu lado, antes de olhar para as coisas amontoadas a seus pés. As lagrimas começaram a cessar. O arco do pai de Saori! Saori tinha fixação por dois objetos. A frigideira e o arco.

Desvencilhou-se de Gai, antes de engatinhando, ir até a pequena pilha de pertences. Pegou-o na mao, sentindo a energia de Saori, ainda emanando com força.

- Se o arco de Saori está aqui... – Tomoyo começou a procurar a mochila. Quando percebeu, soltou um grito de raiva. – RIKO Nishimura! reze para estar morta antes de eu lhe encontrar!

Hum? – Gai sentiu uma gota formando-se em sua cabeça.

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Tomoyo riu novamente. Gai sorriu em resposta. Estavam entrando em konoha, onde ela lembrava-se de uma tia de Saori, morava.

- Então, o Hokage fez isso mesmo?

- Sim. Naruto fez o jutsu e quando percebemos...

- GAI-SENSEI!

Tomoyo se virou, para ver um homem jovem, usando um colan semelhante ao de Gai. Ele parecia desesperado.

- LEE! O que aconteceu?

- Sanae e Asuka desapareceram.

- O que? – Gai voltou a atenção para Lee.

- Eu estava cuidando deles quando... – Lee contou o acontecido rapidamente. Embora Tomoyo não demonstrasse nenhuma alteração na face, ficou preocupada. Pelo que Gai lhe contara, eram crianças extremamente ativas, que mesmo correndo perigo não faziam caso do mesmo.

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- Senhor Gai? – Chamou-lhe a atenção. Lee a olhou como se tivesse reparado na sua presença apenas naquele momento, o que ela não duvidava. – Existe algum lugar, alguma casa que esteja abandonada? Talvez as crianças tenham decidido brincar lá. Ou então, esconder-se para...

- Senhorita, não sei..

- O bairro Uchiha. – Gai interrompeu Lee. – Todas as casas estão abandonadas.

- Então vou ajuda-los a procurar. – Tomoyo falou, antes que Lee abrisse a boca. – Qual a direção dele?

- Senhorita Tomoyo...

- Senhor Gai, enquanto discutimos aqui, duas crianças podem estar feridas, sendo ameaçadas ou kami-sama sabe-se...

Enquanto falava, Tomoyo ia tirando a mochila das costas. Colocou a mao no arco, pensando onde deixaria suas coisas. Saori lhe arrancaria os olhos, pernas e coração e não necessariamente nessa ordem, se alguma coisa acontecesse com o arco.

Encostou tudo na parede de uma loja, que ela identificou como sendo uma floricultura. Colocou o arco encostado na parede, enquanto uma prece saia de seus lábios.

- Estou pronta. – anunciou, antes de postar-se ao lado de Gai.

- Senhorita Tomoyo! Eu não acho que... – Gai tentou dissuadi-la. Tomoyo o encarou firmemente.

- Se as crianças precisarem de uma curandeira, eu já posso iniciar os procedimentos para...

- Gai-sensei, quanto mais gente para achar as crianças, melhor. – Lee parecia ter se acalmado. Tomoyo sorriu, encostando levemente no braço de Lee.

- Vamos encontra-los. – deu um passo para frente. – em que direção? – Virou-se para Gai que passou a dianteira.

Os três encaminharam-se sem mais perda de tempo. Tomoyo acompanhava o passo apressado dos homens com facilidade.

Apenas quando pararam na frente do portão, ela permitiu-se respirar. Fechou os olhos por um momento, antes de entrar no bairro. O abandono, que já era grande quando Sasuke morava, havia se instalado de vez ali. Embora fosse a primeira vez que pisasse naquele lugar, Tomoyo sentia um desespero, uma coisa mórbida que ela não saberia explicar.

- Não os chamem.

- O que? – Gai virou-se para ela, surpreso.

- Só os chamem, quando forem sair de dentro das casas. E depois que os chamarem, ainda fiquem algum tempo dentro delas. – Ela olhava as casas atentamente. – ou antes se escutarem algum barulho diferente.

- Por que?

- Se eles estiverem escondendo-se propositalmente, não vão responder. – ela deixou os dois homens pasmos, indo diretamente até uma casa perto.

- Lee, você escutou a senhorita Tomoyo. – Gai sentia-se confuso, mas a forma como ela falara, aquela autoridade, parecia demonstrar que ela sabia o que falava. Gai ficou observando-a. Tomoyo fez uma breve reverencia, antes de entrar na varanda. Tentou abrir a porta, sem sucesso. Fez o mesmo com a janela, percebendo que ela estava apenas encostada. Pulou para dentro da casa, como se tivesse feito isso a vida inteira.

Lee correu para a casa mais próxima, chutando a porta sem se importar em acordar os mortos que estivessem lá dentro.

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Era a sexta casa que Tomoyo entrava. Sentiu imediatamente algo diferente dentro dela. Sentou-se com as pernas cruzadas, as mãos juntas no peito. Quando abriu os olhos, lentamente, percebeu chamas brancas, sem calor na madeira da dos pilares da casa.

- Peço permissão aos espíritos que habitam essa casa para cumprir minha missão. – falou suavemente. Fechara qualquer fonte de vento. Quando seus cabelos começaram a se agitar assentiu. – obrigada.

Levantou-se e aproximou-se de um pilar, escondendo-se da presença que sentira no andar superior. Tentou respirar o mais baixo que podia, considerando-se a poeira que havia nela. Alguns minutos mais tarde, escutou o ranger de passos. Apenas vivos faziam barulho, era o que ela acreditava.

O braço direito tomou involuntariamente, a postura que... trancou a respiração. Um pequeno vulto desceu as escadas, um formigamento subindo pelas costas de Tomoyo. O interceptou, o braço esquerdo segurando o direito. A mao direita, estava com o formato de uma garra.

- Oi mocinho. Podemos conversar?

Asuka encarou aquela mulher bonita.

- Eu não quero. Eu vou...

Sentiu-se tonto.

- Podemos conversar? – A mulher insistiu.

- Eu...

- Enquanto você não me disser que não vai fugir, antes de escutar tudo o que eu tenho para contar, não vou deixar você sair. – A tonteira em Asuka aumentou.

- Eu... não vou fugir.

- Ótimo. – Tomoyo assentiu. Chegou perto de Asuka, sentando-se no chão, soltando os braços. – meu nome é Tomoyo. Tomoyo Sato. E o seu?

- Asuka Uzumaki. – ele falou com orgulho obvio.

- Acredita em magia, Asuka Uzumaki?

- Magia? Eu não sou nenhuma garotinha boba!

- Você sabe... o que tem dentro do seu pai, não sabe?

- A raposa de nove caudas. Foi o meu vô Minato quem colocou ela lá dentro.

Ela concordou, os olhos fixos nos deles. A casa tinha diversos buracos, que faziam a luz do dia entrar com certa abundancia. O menino tinha olhos de lua.

- Bem, vocês escutaram alguma noticia, que a raposa de nove caudas estaria atacando novamente? – ele negou com a cabeça. – É porque o seu pai não morreu. – Tomoyo percebeu que capturara a atenção dele.

- Isso eu sei! – Asuka ficou impaciente. – Eu não sou burro, sabia?

- E você sabia que o Hokage só enfrenta ninjas extremamente fortes?

- Sei. E daí?

- Daí que imagino o seu pai, está sendo feito prisioneiro. E ele não vai conseguir fugir, se ficar pensando que o filho dele está tentando achar ele por aí. Ele vai ficar tão preocupado, que... pode morrer de verdade. – Ela sussurrou as ultimas palavras, fazendo que Asuka arregalasse os olhos.

- Meu pai não vai morrer assim!

- Como você pode ter certeza disso, se fica fazendo coisas idiotas?

- Eu não...

- Se escondendo em uma casa abandonada, para tentar fugir... Acha que o seu outro avô não vai atrás de você? Se continuar fugindo, todo mundo vai ficar vigiando você... Ao invés de tentar ajudar o seu pai.

- Eu quero que ajudem o meu pai.

- Então... você não pode mais fugir. Você tem que ir para a escola de ninjas...

- Academia!

- Que seja! – ela fez um gesto vago com a mão. – Você tem que se tornar o melhor ninja e as missões para fora da vila, quem faz, são apenas os melhores.

Asuka estava mudo, encarando a moça a sua frente.

- Está me olhando desse jeito porque?

Ele balançou a cabeça.

- Então, eu tenho que me tornar o melhor ninja da vila?

- Você tem que se tornar um ninja melhor até que o seu pai. Tem que ser mais forte que todo mundo. – Tomoyo respirou fundo. – Só desse jeito, você vai conseguir ajudar seu pai. Quer ajuda-lo?

- Eu vou ajudar o meu pai, estou certo! – Ele socou o ar, um enorme sorriso no rosto.

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