Não Consigo Viver sem Ti

Capítulo 23 (Bónus)


PVO Nahuel

Sempre passei uma vida modesta e simples. Não tinha nada de muito importante nela. Só tinha a minha mãe e a minha irmã para cuidar. O meu pai tinha morrido há um ano, deixando a minha mãe completamente destruída.

Eu não sabia o que era estar apaixonado, nem sabia como era perder o amor da nossa vida… Até a conhecer!

Depois do meu pai morrer, ainda tentámos viver da forma mais normal possível mas tudo fazia-nos lembrar dele. Por isso decidimos mudar-nos para a terra natal da minha mãe. La Push.

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E foi no primeiro dia que entrei dentro da escola de La Push, que descobri o que era amar realmente uma pessoa. A Renesmee não era igual às outras. A sua beleza… A sua simpatia… Tudo nela me atraía de forma arrebatadora. Mas no meio de toda a perfeição, tinha que existir um defeito… Um defeito enorme!

O coração dela pertencia a outro…

Foi como uma estaca no meu coração saber que a única mulher que amei, pertencia a outro.

Mas eu não podia obriga-la a amar-me da mesma forma que eu a amava, só a estaria a magoar ainda mais. Eu sabia que a tinha que proteger de se magoar ainda mais.

FLASHBACK ON

-Não quero que te sintas desconfortável ou algo parecido. Eu sou teu amigo. Não precisas de me esconder nada…

-Acabei de te conhecer! É complicado para mim. Só preciso que me dês tempo para me acostumar.

-Eu dou-te todo o tempo que precisares…

FLASHBACK OFF

Eu sabia que só seria o amigo que estaria lá para colher cada lágrima que caísse do seu rosto perfeito. Mas criei falsas esperanças quando começamos a “namorar”.

FLASHBACK ON

-O que aconteceu á pouco foi uma prova que eu quero voltar a ser feliz. Com alguém que me ame a sério. Eu sei que te preocupas realmente comigo e que eu tenho um lugar especial no teu coração. Nahuel… queres namorar comigo?

-Uau! Vou ser sincero… Desde o momento que te vi sentada nessa cadeira, com um ar tristonho mas com toda a tua beleza a irradiar á tua volta, que o meu coração bateu mais depressa. Quando te aproximaste de mim, senti uma alegria tremenda em poder partilhar tudo contigo. Pude- te ajudar a superar a dor e a raiva, colhi cada lágrima que rolou no teu rosto de anjo e agora sei que ainda não sentes o mesmo que eu, mas quero conquistar o teu amor, como conquistei a tua amizade. -tirei uma caixinha com um anel, que guardava para o momento em que dissesse o que sentia por ela. -Eu quero que tu sejas minha namorada e aceito o teu pedido.

FLASHBACK OFF

Mas não parecíamos namorados. Eu não suportava vê-la sofrer daquela maneira. Era tão… Torturante!

Mas tudo entre nós ficou ainda mais estranho quando ela queria ser minha à força.

FLASHBACK ON

-Nahuel… Eu amo-te. Eu desejo-te. Eu quero ser tua. Só tua… Esquece o Jake. Só existimos nós.

-Nessie… Não está certo, temos que saber esperar.

-Esperar é para quem quer apanhar um autocarro.

-Daqui a cinco meses.

-Dois dias. -proferi, cruzando os braços.

-Três meses.

-Uma semana.

-Três meses e meio.

-Um mês e não se fala mais nisso.

-Tu queres mesmo preencher o teu vazio com sexo?

-Não é preencher um vazio. É sentir-me completa…

FLASHBACK OFF

Eu queria que ela me amasse de verdade, não se sentindo na obrigação de o fazer. E era exactamente isso que ela estava a fazer. Estava a obrigar-se a amar-me. A toda a força e a todo o custo… E se ela não percebesse a tempo que era um erro, poderia haver terríveis consequências no final de tudo.

Eu só estava à espera que ela desistisse… Não a queria magoar de forma alguma! Era mais fácil se ela desistisse, do que ser rejeitada.

Claro que eu queria estar com a Nessie para sempre, mas a sua felicidade e o seu bem-estar eram mais importantes. Eu sabia que o Jacob era o rapaz certo para ela, apesar de mostrar em algumas das suas atitudes, não a merecer, nem merecer todo o amor que ela tem dentro de si.

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Tudo se compus para a minha linda quando desmascarou a Alex. Uma Renesmee determinada e corajosa impôs-se, uma Renesmee totalmente desconhecida aos meus olhos.

Eles voltaram a estar juntos e eu fico feliz em poder ver um sorriso tão enorme e lindo no rosto da Nessie! Ela é das pessoas mais importantes da minha vida e apesar de amar, eu quero que ela seja feliz acima de tudo.

Estava sentado numa esplanada muito agradável. Bebia um pouco de sumo de laranja, para ajudar a pensar na minha vida e no caco em que me encontro neste momento.

-Posso levar esta cadeira? -uma voz harmoniosa e doce como o mel, chegou aos meus ouvidos. Levantei a cabeça e deparei-me com uma menina simplesmente linda… Tinha uns cabelos escuros, que contrastavam com o seu sorriso brilhante e hipnotizante. Tinha uns olhos azuis como o mar e um corpo miudinho, mas perfeito.

-Está sozinha? -perguntei, sentindo-me demasiado bem ao lado de uma estranha. Mas não era uma estranha qualquer… Era aquela estranha!

-Sim… Sou nova na cidade. -respondeu, continuando com o mesmo sorriso encantador.

-Então sente-se ao meu lado. E esteja descansada que não tenho segundas intenções. -proferi, levantando as mãos. Ela corou e sentou-se à minha frente.

-Obrigada. -agradeceu, num fio de voz. -Sou a Aline. Mas costumam tratar-me por Aly.

-Prazer Aly. Sou o Nahuel. Queres pedir alguma coisa? Eu pago!

-Não. Eu tenho dinheiro para pagar. -respondeu-me e a cor avermelhada mantinha-se nas suas bochechas.

-Por favor! Eu gosto de ser um cavalheiro. Foi assim que me ensinaram.

-Uau… Obrigada. -agradeceu, encantando-me cada vez mais com o seu sorriso.

-O que é que vais querer? Não te importas que te trate por tu, certo?

-Claro que não. Estás à vontade. Queria um sumo de laranja. -chamei o empregado e fiz o pedido.

-Quantos anos tens? -perguntou, olhando-me atentamente.

-Dezoito. -respondi.

-Eu também! Entrei agora de férias e daqui a três meses vou frequentar a universidade de Seattle. Curso de culinária.

-A sério? Estou a pensar ir para engenharia informática. Sempre tive um pequeno romance com os computadores. -rimo-nos em conjunto.

-Eu acho que não vai ficar muito bem dizer que acho que batatas são muito atraentes… Certo? -perguntou rindo, fazendo-me rir bastante.

-Seria um bocadinho estranho…

-Bem me parecia…

-Aqui tem o seu sumo de laranja! -o empregado colocou o copo à sua frente, sorrindo de uma forma muito corteja para a Aly. Ela só se limitou a desviar o olhar e fazer uma expressão de nojo. Sorri internamente com a sua atitude.

-É tão irritante quando se começam a atirar para si de ti… -murmurou, bebendo um gole demorado do seu sumo. Assenti e suspirei.

-Estás bem? Quer dizer, só te conheci agora mas… Não pareces muito feliz… Devo-te estar a incomodar! Se quiseres posso…

-Não! Eu estou a apreciar bastante a tua companhia. Por favor fica! -pedi com um pequeno sorriso. Ela olhou-me com uma expressão indecifrável.

-Não pareces muito contente…

-Como é que sabes que não estou bem? -perguntei surpreendido.

-Sou observadora… -respondeu num fio de voz.

-É por causa de uma rapariga. Eu amo-a mas sei que não sou a sua alma gémea. Eu gosto demasiado dela para a fazer sofrer.

-Uau… É complicado! Eu nunca amei ninguém dessa forma. Vejo que és uma pessoa muito séria. O que tu sentes por ela é lindo… Um amor de melhor amigo, quase irmão.

-Como assim irmão? -perguntei confuso.

-Tu realmente amas essa rapariga, mas é como melhor amigo, um irmão, percebes? Só estás assim porque ainda não encontraste a pessoa que realmente amarás para toda a tua vida.

-Tens razão… Só preciso de esperar pela rapariga certa… Obrigada Aly. -agradeci, bebendo mais um pouco do meu sumo.

-Não tens que agradecer. Costumamos ficar uma verdadeira foça quando estamos assim, e no final percebemos que não tínhamos razão nenhuma para estar assim. -riu-se e eu concordei.

-Obrigada por me animares, a sério.

-Estou só a tentar passar a minha ideia de amor. Nunca estive apaixonada, tirando pelas batatas, claro. -gargalhei. -Entre mim e elas existe um amor doentio e impossível. Parte-me o coração. -gargalhei cada vez mais com as suas tentativas de me animar.

-Vejo que isso entre ti e as batatas é bem sério!

-Nem imaginas… -rimos em coro. -Mas é de família. A minha mãe é a mesma coisa. Adivinha a comida preferia dela! Salada de batatas. -voltámos a gargalhar.

-Nunca pensei que falar sobre… Batatas, fosse tão divertido!

-Eu faço com que qualquer assunto seja divertido! -gabou-se e fez um pequeno gesto com a mão, rindo-se de seguida.

-Obrigada por tudo, a sério…

-É bonita a casa! -exclamei, saindo do carro e olhando para a sua casa.

-A minha irmã remodelo-a.

-Estás em casa!

-Obrigada pela tarde. Foi um prazer conhecer-te Nahuel. -sorriu e fiquei mais uma vez hipnotizado por aquele azul da cor do céu.

Num impasse, capturei os seus lábios, beijando-a com amor…