Spencer Reid acordou, com o rosto levemente amassado e olhou ao seu redor na cama. Por alguns segundos se sentiu perdido, fora do lugar. Queria saber o porquê daquela sensação de cansaço misturado com satisfação. Não se lembrava da última vez que dormira tão bem. Olhou para o lençol. Havia algo diferente no ar, ele podia sentir. Aproximou seu nariz daquele pedaço, inspirando com força. Ele sabia! Tinha um perfume diferente ali, marcante, sensual. Quase como um feromônio. Delicioso.

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Levantou de sua cama devagar, coçando a cabeça. Ligou a luz, procurando qualquer vestígio. Vestígio do que? Perguntou-se, ainda sem rumo certo. Como uma das mentes mais brilhantes do BAU podia estar tão perdida em seu próprio quarto? Teria sido drogado? Vestiu o roupão sobre o corpo nu e dirigiu-se até o banheiro, intrigado. Entretanto, o fato de estar nu chamou sua atenção. Não tinha esse hábito. Tudo ficava cada vez mais estranho. Abriu a torneira e jogou água em seu rosto. Ao se olhar no espelho percebeu um pequena hematoma no pescoço...

Chupão?! Ele não era do tipo de homem que ganhava chupões de graça. Um flash veio. Lábios carnudos e úmidos. A pele quente e macia. O perfume invadiu suas narinas em cheio. Ele não podia acreditar. Não conseguia. Sentiu-se um pouco desesperado. Porque tinha ido embora? Teria se arrependido do relacionamento ter saído das paredes seguras do FBI? Olhou o chão do box. Estava um pouco molhado ainda. Provavelmente não fazia tanto tempo que tinha saído.

Ainda contrário a idéia do que acontecera e do sumiço de sua possível companhia, foi até a sala. Suspirou. Queria muito que ela estivesse lá ainda. Para curtirem aquele momento pós –sexo. Sentou no mesmo sofá de sempre, porém, nesse instante nada era mais como sempre. Não que ele não tivesse feito algo do gênero antes. Ele só nunca tinha recebido uma visita daquele tipo no seu pequeno apartamento. Deu uma olhada no tabuleiro de xadrez. Peças haviam sido movidas. Estudou por um tempo. Ela era boa jogadora, deveriam jogar juntos qualquer dia.

Spencer continuou ali, sentado, sentindo algo corroer por dentro. Fechava seus olhos e tudo vinha, devagar. Não se lembrava da vez que se entregou de maneira tão intensa. Conseguia sentir a firmeza de seus músculos nos seus dedos. Mais uma vez, o perfume. Lembrou dos longos cabelos que caiam pelo corpo ou cobrindo-lhe a face. Sentiu que estava ficando excitado e se ela estivesse lá, ele repetiria a dose sem problema. Esperava qualquer ruído do seu celular, dando notícias dela. Era agonizante não saber qual o resultado daquela noite.

Precisava distrair sua mente. Foi até sua pequena biblioteca e puxou o primeiro exemplar que viu. Não estava em busca de algo especifico. Tudo o que precisava era de distração, qualquer coisa que tirasse seu pensamento das curvas daquele corpo. Um tempo se passou, para ele o equivalente a uma eternidade. De repente, ouviu um barulho vindo da porta e se alarmou. Sua profissão havia ensinado que estar sempre pronto era necessário em toda situação.

Permaneceu uns segundos tenso. Até ouvir a voz feminina cantarolando algo enquanto entrava com algumas sacolas na mão. Para Spencer o tempo parou e ele acabou sorrindo. Vestia uma camiseta sua por cima da caça jeans escura. O cabelo preso no coque. Ela ajeitou as sacolas na bancada da cozinha e começou a tirar as compras de dentro, ainda com os fones no ouvido. Spencer não resistiu e se aproximou , abraçando-a pela cintura. Era aquilo que ele precisava para se acalmar.

– Reid!

– O que foi?

– Você quase me mata de susto. – sem fones.

– Porque você saiu antes de eu acordar?

– Eu queria fazer uma surpresa!

– Hum, entendo.

– Você dormiu bem? – selinho.

– Sim. Tão bem que acordei meio perdido.

– Ah é? O que você andou fazendo? – risos.

– Até aonde eu lembro passei um pedaço da noite muito bem acordado. – selinho.

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– Então você precisa de um bom café da manhã. – piscadinha.

Ficaram ali na cozinha, preparando a comida juntos, rindo. Spencer comeu fazendo um carinho leve nas pernas da moça que em contrapartida fazia cafuné no seu cabelo. Não queria que esse momento acabasse. Queria acordar todos os dias daquele jeito.

Tudo o que é bom dura pouco, já diziam os antigos. Os dois celulares tocaram e seus donos saíram em disparada até eles. Não foi surpresa nenhuma que fosse do serviço. Olharam um para o outro como se não quisessem ter que sair dali. Não tinha jeito, no final das contas. Trocaram-se e saíram juntos do prédio com direito a mão dada. Tudo neles indicava que se pudessem permaneceriam grudados. Com certa dificuldade partiram para seus caminhos, com o mesmo destino, imaginando se alguém desconfiaria de suas atividades noturnas.



CONTINUA...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.