Todas contra James

I Wont Give Up, not anymore.


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James POV

Por mais que eu quisesse correr atrás de Lily até o fim do mundo, a pedindo para ficar, não fui capaz de me mexer, e já fazia um mês desde que ela tinha partido.

Me lembro de acordar naquele domingo após o baile, pegar o carro e observá-la de longe colocando as ultimas coisas no carro, com o York que eu lhe dei de aniversário e uma Joan chorosa no colo.

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Depois disso, minha vida se dividiu entre ir à escola e passar horas parado à porta do quarto que era de Lily, me lembrando de como era bom quando minha maior preocupação era fazer com que ela me aceitasse em sua cama todas as noites. Até disso eu sentia falta, estava acostumadas a sentir sua cabeça em meu ombro e seus braços envolta de meu tronco, e dormir sem ela era um sacrifício.

- Você sabe que ficar aí olhando para esse quarto vazio não vai trazê-la de volta, não é James? – Charlie me encarava.

- O que você está fazendo aqui?

- Bem, minha namorada me pediu que viesse aqui te dar um toque e obrigá-lo a enxergar a verdade. – Ah é, eu ainda tinha me esquecido desse detalhe. Parece que no final das contas, ela não estava me traindo com Charlie Micknnon. Já que ele e Mandy pareciam bem felizes juntos. Eu tinha que admitir que eles formavam um belo casal.

- Isso não vai funcionar.

- Mas você é um cabeça-dura, não é mesmo? – ele riu divertido.

- Aprendi com o melhor.

- Ta ai. Esse pode ser um dos motivos para o qual nós nunca conseguimos superar as nossas diferenças. Ambos somos orgulhosos demais.

- É uma teoria.

- Não, é uma certeza. Assim como eu tenho certeza de que todo esse sarcasmo é apenas para esconder o fato de que você está sofrendo. Eu te conheço.

- E o que você quer que eu faça? – ele já estava começando a me irritar.

- Ir atrás dela. Pedir perdão, beijá-la até que aceite vir para casa...

- Ela mesma disse que ninguém a faria mudar de idéia, porque comigo seria diferente?

- Porque ela te ama. Porque você a ama. E nós dois sabemos que foi você que pediu a ela que sumisse da sua vida.

- Eu não sei se conseguiria perdoá-la...

- Me desculpe James, mas se você conseguiu perdoar à Lene e Dorcas, porque com Lily seria tão diferente?

- Porque eu a amava e ela pisou em mim.

- Não James, ela mentiu para você porque não queria te machucar, porque não queria perder você.

- Mas...

- Quer saber James, cale e boca. Pare e olhe através desse seu mar de mágoa e decepção. Olhe para o seu pai que parece um zumbi, quase tão ruim como você desde que Meg foi embora. Pense em Joan, que perdeu a oportunidade de ter uma família. Em Lene e em Dorcas que perderam a melhor amiga por causa de um plano estúpido que não deveria ter sido inventado, mas graças a ele vocês se apaixonaram. E pense em Lily, obrigada a deixar tudo para trás porque você não pôde ser humano e voltar atrás.

Ainda que a sinceridade de Charlie me magoasse, eu percebi que ele estava falando a verdade. Por mais que eu estivesse no meio de tudo aquilo, ainda existiam pessoas sofrendo, ainda existia Lily.

- Você sabe mesmo como acabar com a auto-estima de alguém.

- É um dom. Não a perca por causa de um orgulho besta. Nós dois já perdemos coisas demais por isso. Inclusive a nossa amizade.

- E se eu voltasse atrás? Quem me garante que ela não tenha seguido em frente, desistido de mim?

- Acho que você tem que descobrir isso sozinho.

Naquele momento resolvi que não era só Lily que merecia desculpas.

- Amigos? – estendi a mão para ele.

- Pensei que nunca fosse perguntar. Mas é claro pirralho. Agora vá e traga minha melhor amiga de volta. – saí correndo para pegar as minhas chaves, mas ele me chamou de volta – E James? Faça ela sofrer de novo e você é um homem morto.

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Lily POV

Voltar à minha antiga casa, mais do que doloroso, foi nostálgico. Ali, naquele bairro com sobrados iguais e crianças brincando no jardim, eu me lembrava de outra época, de outra Lily.

Parecia que quem eu era e quem eu já havia deixado de ser estavam entrando em conflito e eu não sabia qual rosto tornava os meus pesadelos piores: meu pai, Severus ou James.

Quando olho em seus olhos

É como assistir o céu noturno

Ou um belo amanhecer

Eles carregam tanta coisa

E como as estrelas antigas

Vejo que você evoluiu muito

Para chegar aonde está

Qual a idade da sua alma?

Eu me sentia como se carregasse o peso do mundo nas costas, como se minha alma tivesse mil anos. Porém, mesmo assim, eu me obrigava a levantar e ir para a escola, dia após dia. Não era justo que, mesmo depois de destruir a vida da minha mãe eu continuasse me comportando como a louca depressiva e anti-social, mesmo que por dentro eu me sentisse exatamente assim.

Durante o tempo que não estava na escola, eu tentava de tudo para me distrair. Porém tudo me lembrava James.

Ver televisão me lembrava de quando me quebrei toda e de nossas tardes deitados vendo seriados. Ler me lembrava a implicância que ele tinha quando dava mais atenção aos livros do que a ele.

Sem perceber, passava o dia com lágrimas nos olhos esperando que ele estivesse pensando em mim como eu pensava nele. Sempre e a toda hora.

Eu não vou desistir de nós

Mesmo se os céus ficarem difíceis

Estou te dando todo meu amor

Ainda olho para cima

E quando precisar de seu espaço

Para navegar um pouco

Eu estarei aqui pacientemente esperando

Para ver o que vai encontrar

- Posso te contar um segredo? – Frederick me perguntou, enquanto saíamos da aula, um mês depois de minha mudança. Ele era um garoto bonito. Loiro, forte e popular. Por mais que tudo o que eu não quisesse naquele momento fosse atenção, parece que meus antigos colegas resolveram que eu era interessante demais para ser deixada em paz.

- Fala.

- Eu nunca pensei em ver você de novo, ainda mais... assim. – ele me encarava sugestivamente. Maldita Marlene! – Nós bem que poderíamos ir juntos a festa do Brian semana que vem, o que acha?

- Obrigada, mas...

- Ela já tem compromisso. – Senti meu corpo paralisar. Quer dizer que além de ser atormentada por olhos castanhos a noite, agora eu andava ouvindo vozes também?

- E quem é você? – o loiro ao meu lado perguntou, claramente ameaçado. Pelo menos eu não estava ficando louca. Bem, já era um progresso. Comecei a me afastar rapidamente, com medo de olhar para ele e ainda pude ouvi-lo resmungar um “James Potter” contrariado antes de me seguir e me parar no meio da rua.

Porque até as estrelas queimam

Algumas até mesmo caem sobre a Terra

Temos muito a aprender

Deus sabe que somos dignos

Não, não desistirei

- Lily, nós precisamos conversar.

- Eu não entendo. – eu queria gritar com ele por aparecer assim, quando eu já tinha aceitado que nunca mais o veria. Porém, tudo o que eu sentia era isso: uma imensa confusão.

- Entende o que?

- Porque você está aqui. – ele passou a mão pelo cabelo, decidindo por onde começar. Nada me preparava para o que vinha a seguir:

- Seus olhos.

- O que tem eles?

- Não sei explicar. É como se me atraíssem para você. Como se eles fossem estrelas antigas. Belos, misteriosos e inebriantes. Seus cabelos, que queimam como se tivessem vida, e como se parte da minha estivesse com você. E está. E tem sua boca, que é a única que pode saciar a minha sede. A minha sede de você.

- O que isso significa? – eu lutava para compreender suas palavras sem dar esperanças para o meu coração, porque se ele me deixasse de novo, eu morreria.

- É por isso que eu estou aqui. Estou cansado de fugir do que nós dois sentimos por causa de algum plano estúpido. Estou cansado de ver você embora e não fazer nada. Estou cansado de viver sem você.

- Mas James, eu estava errada desde o inicio. Eu deveria ter te contado.

- Sim, você estava. Mas eu também. Eu me lembro de algum tempo atrás você me dizer que tinha medo de se apaixonar e de me magoar. Era por isso, não era?

- Sim, eu não queria te perder.

- Eu sei. Assim como também sei que, naquele mesmo dia, você me disse que não importaria de se machucar se eu ficasse bem sem você. A questão é que eu não fico bem sem você. Eu nunca ficarei.

Eu não quero ser alguém que vai embora tão facilmente

Estou aqui para ficar e fazer a diferença que eu posso fazer

Nossas diferenças fazem muito para nos ensinar como usar

As ferramentas, as habilidades que temos sim que temos muita coisa em jogo

E no fim, você ainda é minha amiga, pelo menos não fomos tendenciosos

Para funcionarmos, não quebramos, não queimamos

Tivemos de aprender a ceder Sem deixar o mundo ceder à pressão

Tive que aprender o que tenho e o que não sou

E quem sou

Nesse momento, James e eu estávamos chorando, lembrando da noite em que me declarei.

- Parece que tanto tempo passou desde aquilo. Somos outra Lily, outro James.

- Talvez. O antigo James não sabia quem ele era, ou quem ele não era.

- E esse sabe?

- Ele está aprendendo. Mas uma das coisas que ele descobriu foi que não pode ser nada sem você. Porque ele – eu – te amo e não vou desistir de nós dois. Nunca mais.

Eu não vou desistir de nós

Mesmo se os céus ficarem difíceis

Estou te dando todo meu amor

Ainda olho para cima

Tão fácil é a nossa vida

O que é meu é seu e o que é seu é meu

Dificilmente vamos sempre encontrar

Nós preferimos ser gentis

Eu não vou desistir de nós

Mesmo se os céus fiquem escuros

Estou curando esse coração partido

E eu sei que sou digno

Ele me abraçou e me puxou para um beijo molhado de lágrimas. Por mais que ele estivesse em meus sonhos diariamente, nada se comparava com a leve pressão de sua língua pedindo passagem para minha boca. Ou a maneira carinhosamente possessiva com que segurava minha cintura.

Era como se o meu coração tivesse passado tempo demais partido e só ele fosse a cura. O que eu não duvidava nem por um segundo de que era verdade.

Eu não vou desistir de nós

Deus sabe que eu sou durão, eu sou amor

Temos muito a aprender

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Deus sabe que somos fortes

Não, eu não vou desistir de nós

Deus sabe que eu já tive o suficiente

Temos muito a aprender

E nós, e nós somos dignos

- Eu te amo. – disse, assim que nos separamos por um segundo para recobrar o fôlego e ele brincou, me respondendo divertido:

- Eu te amo mais.

- Eu te amo muito mais. E não vou desistir de nós dois. Nunca mais. – e o puxei para mais um beijo, selando nossa promessa.

Não, eu não vou desistir

Não, eu não vou desistir