Todas contra James

Halloween and Bad Decisions.


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- Sabe ruiva, eu estava aqui pensando, e acho que nós deveríamos fazer uma big festa de aniversário para você. Não se faz dezessete anos todo dia. – James falou, enquanto assistíamos a Sexo sem Compromisso, algum tempo depois. Eu já estava sem as ataduras das minhas costelas e tinha voltado para a escola no início da semana.

- Bom, eu acho que deve ser porque isso só acontece uma vez na vida, não acha? – perguntei divertida – E eu duvido que você saiba quando é meu aniversário, de todo jeito.

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- Dia 27 de novembro, daqui a um mês. – pisquei surpresa e ele riu – Sua mãe me contou hoje no café, antes de você aparecer saltitando na cozinha.

- Safado. Por falar em cozinha, essas coisas, acho que já está na hora de eu voltar pra casa.

- Não mesmo. – ele me abraçou, possessivo – a única mudança que eu permito pra você é no máximo até meu quarto. Eu não vou deixar aquele idiora se aproximar de você e aproveitar o fato de você estar doente para te seduzir.

- O Charlie não é idiota e quem está se aproveitando da minha “doença” – fiz aspas no ar – é você.

- Você que está dizendo

- Até parece, Potter.

- Adoro quando você me chama de Potter. É sexy! – ele sussurrou em meu ouvido, antes de me beijar – por falar em sexy, a Lene vai dar uma festa de Halloween na casa dela, e nós vamos. Já comprei sua fantasia, está naquela sacola ali ó. – disse, apontando para um embrulho em cima da poltrona do quarto.

- Se você não percebeu, eu estou com a perna engessada. A não ser que eu vá de múmia, qualquer outra fantasia vai ficar ridícula em mim.

- Relaxa ruiva. Você vai ficar linda, como sempre.

- Não adianta me bajular, eu não vou.

- Quer apostar que até o final do dia eu te convenço?

- Claro, é sempre bom ganhar um dinheirinho fácil.

- Eu ainda não acredito que você conseguiu me arrastar pra isso. Ainda mais com essa roupa. – comentei, olhando para o ambiente enquanto James me carregava no colo.

A casa de Lene estava irreconhecível. Parecia mais uma daquelas mansões vitorianas assombradas. Quem quer que tenha sido o decorador da festa, estava de parabéns. Mas se tratando da minha amiga, isso não era nenhuma novidade.

- Como se você não estivesse gostando. Olha que casal gostoso nós formamos, você de policial e eu de mafioso. Bem que você podia me algemar em uma cama e me punir por ser um menino mal, o que acha red? – sorriu, malicioso.

- Isso antes ou depois de eu chutar suas partes íntimas com a minha perna engessada?

- Não fale assim do Jamesito, ele pode se ofender e não querer mais ter filhinhos com você. O que eu confesso que vai ser bem difícil com você nessa roupa.

- Aposto que você comprou isso em um sex shop. Só pode. Olha para essa saia, todo mundo deve estar vendo a minha bunda!

- Não se preocupe, eu protejo sua bunda desses tarados mal intencionados...

- Obrigada James, pela primeira vez você falou algo que preste.

- ... afinal, só eu tenho permissão para olhar, tocar e/ou apertar ela. – ele disse, e como que para comprovar o argumento me deu um pequeno beliscão na bunda.

- Opa, vamos com calma ai casal. – Six nos interrompeu, antes que eu tivesse a chance de retrucar.

- O que aconteceu com o Super Homem?

- O cara pode até ser foda, mas eu me senti um gay com aquela fantasia. Não. Lene vai ter que se contentar com o Capitão América mesmo. – disse, se referindo à fantasia de Lene, que era de Mulher Maravilha. Depois da nossa conversa, ela parecia cada vez mais próxima de Sirius, e eu sabia que era só uma questão de tempo até os dois se acertarem.

- Acho que ela ainda tem o Lanterna Verde ali para se consolar. – ri, apontando para um canto onde Lene estava beijando o Prewett.

- Porque você sempre corta minha onda ruiva? – ele perguntou emburrado – Como eu odeio esse cara.

- Faça alguma coisa então garanhão.

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- Quer saber James? Você tem razão. Com licença, o dever me chama. – saiu, com um sorriso malicioso no rosto. Logo depois encontramos Remus e Dorcas vestidos de Mestre Jedi e princesa Lea se acabando na pista de dança.

- Meu Deus, eu adorei a fantasia de vocês.

- Eu disse que ela era nerd. – James me zoou, e eles riram. Durante o tempo em que eu fiquei na casa de James os dois praticamente acamparam lá junto com Lene, e parece que todo mundo resolveu que me zoar por meu gosto por séries e filmes era legal.

- Você fala isso porque todo mundo tem fantasias legais, menos a gente. É isso que dá deixar você escolher as nossas fantasias em um sex shop. Dá próxima vez eu escolho.

- Deixa de ser exagerada Lily. Eu estava com o James quando ele comprou. – Dorcas riu – era isso ou James iria de médico sexy e te vestir de paciente.

- Tem a ver, vai. – ele riu, cara-de-pau.

- Além disso, eu bem que me lembrei daquele dia em que a gente estava bêbada e você disse que tinha uma fantasia sexual em que você era policial e prendia um cara gostoso. Só estou facilitando um pouco as coisas.

- DORCAS! – eu corei até o ultimo fio de cabelo, enquanto James e Remus riam do meu constrangimento.

- Bom saber ruiva, bom saber.

- Confesso que me surpreendi Lily. E eu que achei que você era certinha.

- Isso de santa só tem a cara, Rem. Aliás, acho que eu vou satisfazer o desejo da minha ruiva e procurar um quarto. – me colocou no colo novamente.

- Me solta Potter, ou eu corto suas bolas com um estilete!

- Bom, já que em briga de marido e mulher ninguém mete a colhar, Dorcas e eu vamos até a cozinha pagar umas bebidas.

- Falou cara. – James se despediu dos dois e começou a subir as escadas.

- Eu estou falando sério.

- Relaxa red. você está tão tensa, quer que eu faça uma massagem? Uma daquelas tipo Tantra e ... o que esse cara está fazendo aqui?

- Se você não sabe Potter, eu moro aqui. E esse é o meu quarto. – Charlie estava sentado em sua cama, nos observando. Droga! Com quantos quartos naquela casa nós tínhamos que ter parado justo no quarto dele? - Gostei da fantasia ruiva.

- Eu também. – E se tratando de Charlie Micknnon vestido de Jack Sparrow, tinha como não gostar?

- Obrigado. – fez uma reverência como da Johnny Depp, no filme. – Vejo que já está bem melhor. Acho que agora o Potter podia nos fazer um favor e parar de bancar a sua babá. – se virou para James e sussurrou –Te contar um segredinho, você está sobrando.

- Eu não vejo ninguém sobrando aqui. - James cruzou os braços na frente do corpo, de forma defensiva – Além de você, é claro.

- Meninos, parem com isso.

- Não se meta Lily!

- Hey, não fale assim com ela Potter. Tenha educação pelo menos uma vez na sua vida. – se virou pra mim e me deu um selinho – Fique quietinha ruiva, nós só estamos conversando.

- Quem você acha que é para beijar a minha ruiva assim na minha frente? – James já estava com aquela veinha da testa saltada.

- Eu “aparentemente” sou o cara com quem ela estava ficando até a sua (nossa) tanto faz, ex surtar e partir para cima dela e ela ser obrigada a ficar na sua casa. Ou eu devo te lembrar que você proibiu a minha entrada lá?

- Você nunca foi bem-vindo.

- Pare de ser hipócrita, nós dois sabemos que até algum tempo atrás eu tinha entrada livre lá. Mesmo assim, eu não acho que essa seja a opinião da “sua” ruiva.

- O que você quer dizer com isso? – James já ia partir para a briga, mas eu me coloquei no meio dos dois.

- Charlie, vá embora. Por favor.

- Eu vou Lily, mas pode ser que da próxima vez eu não tenha saco para escalar um muro pra te ver. Pense nisso. – saiu batendo a porta e nos deixando sozinhos. James não olhava para mim, parecia muito entretido com um pôster do Manchester na parede.

- James, eu...

- Eu não sei nem como eu ainda me surpreendo com uma coisa dessas. Quer dizer então que enquanto o babaca aqui estava fora você recebia visitinhas na minha casa? Mas que droga Lily!

- Foi só uma vez, eu juro.

- Só uma vez? E que se dane que foi só uma vez Lily. Eu não me importo! Sabe por que eu nunca te coloquei contra a parede? Porque pela primeira vez, eu tive medo de perder alguém, de te perder Lily. – ele tinha lágrimas nos olhos, e eu também.

Mais uma vez nossas bocas se encontraram. Beijar James era algo maravilhoso, e eu nunca soube realmente como descrever. Quando nos separamos, ele me olhou urgentemente.

- Escolha.

- Eu não posso, eu realmente não...

- Eu não estou pedindo Lily, eu estou mandando. Você quer ficar comigo ou com ele? Eu vou te beijar mais uma vez e quero que você pense bem antes de me dizer, porque dessa vez é definitivo.

Me puxou para um beijo de tirar o fôlego. Ao contrario do anterior, esse não era nem um pouco gentil. Eu podia sentir um fluxo de várias emoções e sei que ele sentia o mesmo.

Eu sabia que o modo como ele me fazia sentir e que uma hora ou outra a verdade sobre a aposta ia aparecer. Deus, como eu tinha medo de ele nunca mais olhar na minha cara! Era errado continuar com isso, porque se eu me permitisse envolver mais, sairia extremamente magoada no fim.

Tão de repente como beijo começou, ele acabou.

- E então? – ele me perguntou ofegante, assim que nos separamos.

- Não me faça escolher James, por favor não me faça te dizer que...

- É ele, não é? No fim, sempre foi ele. DROGA LILY, ME DIGA AGORA SE É ELE OU NÃO É! – senti meus olhos enxerem de lágrimas, enquanto escolhia o caminho mais fácil, o que magoaria menos à James e à mim. Estava pronta para responder, quando ele recomeçou a falar – Quer saber, esquece. Eu desisto. É isso ai Lily, James Potter acaba de jogar a toalha.

E saiu, batendo a porta do quarto em minha cara.