A Prometida

Amar e ser correspondido


* Pov Bella *

Ângela entrou na charrete e eu sentei de frente a ela.

- Está feliz? - ela perguntou.

- Na verdade não, eu não esperava me afastar de Edward, não agora que ele voltou de viagem.

- Bom... Quando você voltar, vocês poderão matar as saudades.

Eu encostei-me ao banco e apoiei minha cabeça na janela da charrete, vendo o bosque ao nosso redor.

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Ângela decidiu não falar mais e foi só quando saíamos do território de Horn, eu percebi o quão foi estúpida a minha declaração ontem a noite, Edward deveria estar feliz pelo fato de eu ficar 2 semanas longe depois dessa e eu me dei conta, que ele não procurou tocar no assunto ou talvez, só talvez, existisse a vã esperança de que ele já tivesse pego no sono quando eu soltei aquela pérola. Era uma possibilidade.

Enquanto eu olhava para a paisagem lá fora e pensava sobre diversas coisas, fui perdendo a noção do tempo e logo estava escurecendo, ao contrário do imaginado, o cocheiro não parou em Vienna e continuou o caminho, essa foi a minha deixa para me cobrir com a manta que Ang me dera e cair no sono.

* Pov Edward *

- Então você simplesmente deixou ela ir....?! - Jasper indagou, andando de um lado para o outro na sala.

- É óbvio Jasper, ela ja está grávida de dois meses, isso significa que logo eu irei transformá-la e ela não poderá ver sua família novamente.

- Mas mesmo assim... Será que você é o único burro que não percebe que Isabella ama o pai e que essa poderia ser a chance perfeita de ela não voltar? Bom, se eu estivesse no lugar dela eu não voltaria, não sabendo que teria uma Rosalie me esperando quando eu voltasse.

- Ela vai voltar. - eu jurei. - Ela me ama.

Jasper parou de andar e virou-se para mim, seus olhos azuis acinzentados brilharam em divertimento e dessa vez, ele deixou uma enxurrada de pensamentos entrarem em minha cabeça.

- Você sabia......! - eu acusei e recebi um sorriso irônico em troca.

Eu neguei com a cabeça, era claro que ele saberia...

- E você?

- Eu o que?

- Ama ela?

Eu olhei para Jasper com vontade de matá-lo, eu faria isso se ele não fosse meu irmão e eu não o amasse. Que pergunta mais estúpida, era óbvio que eu a amava, nenhuma outra mulher chegava aos pés de minha Bella.

Nenhuma outra corava quando algo a envergonhava, nenhuma outra possuía a inocência transparecente de seus profundos e brilhantes olhos castanhos, nenhuma outra possuia aquela essência que emanava de seu corpo e me atraia de tantas formas. Nenhuma outra possuía aquela beleza rara e encantadora. Nenhuma outra conseguia me deslumbrar com um simples sorriso ou um simples comentário. Isabella era perfeita e a muito tempo eu descobri que eu amaria ela para o resto de minha vida.

- Você sabe a resposta, não sei o motivo da pergunta.

Ele sorriu irônico mais uma vez e sentou no sofá a minha frente.

- Você contou a ela que a ama?

- Não, mas ontem... Bom, ela me disse, antes de dormir.

- Isso é bom, sinal que confia realmente em você.

- Você acha que ela já sabe que está grávida? - eu perguntei e vi meu irmão franzir o cenho.

- Gravidez de vampiros em mulheres humanas é diferente em vários aspectos, não aparecem os mesmos sintomas, provavelmente ela não faz idéia, lembra-se de Alice? Ela só soube por que teve a visão...

- Fico imaginando a reação dela quando descobrir...

- Ela foi criada para isso Edward, casar e dar filhos ao marido, por mais que eu ache esse tipo de educação um tanto machista, é assim que Bella pensa de qualquer forma.

- Ela está mudando... - eu retruquei.

- De certa forma assim, ela tornou-se mais madura e segura de si mesma, mas você não sentiu o que eu senti naquele tempo em que Tanya estava aqui, Bella andava como se tivesse carregando um castelo inteiro nas costas, era quase palpável a sua frustração, receio, medo, eu tinha medo até da minha própria sombra!

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Esse comentário me fez gargalhar, não por causa de Bella, o que ela sentia não era nem um pouco engraçado, mas pelo fato de meu irmão captar e absolver essas coisas.

- Alice não consegue ter visões com Bella e eu não posso escutar seus pensamentos, mas você pode sentir o que ela sente... - eu observei.

- Não é a mesma coisa que os outros, eu ainda posso sentir uma espécie de barreira quase não sensível em volta dela, as emoções que emanam de Bella chegam muito editadas em mim. - ele respondeu.

*Narrador* Rosalie Cullen *

A loira observava atentamente o jovem homem ordenhar os cavalos, ele estava de costas para ela, com as costas nuas e trajando apenas uma grossa calça. Seu coração batia lentamente e sua respiração vinha normal.

Enquanto ele mexia nos cavalos, ela podia ver os músculos de suas costas trabalhando e o suor carregado de sua essência escorrer por sua coluna.

Ela levantou a bainha de seu caro vestido e aproximou-se dele, o pegando de surpresa.

- Er... Olá Srta. Cullen precisa de algo? - o jovem criado perguntou inundado pela visão da incrível beleza de Rosalie.

Ela sorriu quando viu que causara o efeito esperado.

- Eu preciso que alguém me ensine a cavalgar, pensei que poderias me ajudar com isso. - ela procurou usar seu melhor tom de voz, e ouviu o coração do homem começar a palpitar mais rapidamente.

- Cl-claro que posso ajudar, venha comigo Srta. Eu tenho o cavalo perfeito para a Srta.

- Por favor, chame-me de Rosalie, qual o seu nome? - ela perguntou, enquanto montava com a ajuda dele, o cavalo que havia sido escolhido.

- Emmett McCarty. - ele respondeu, não deixando de ver o vislumbre rápido das pernas dela.

- Então Emmet, como se cavalga?

Ela lhe deu o melhor o sorriso, o que fez o rapaz perder a respiração por alguns momentos, logo, os dois saiam cavalgando em direção aos bosques que circulavam o território da família Cullen.

Rosalie ficou feliz ao ver que o cavalo não estranhara nada e continuou a cavalgar ao lado do homem que ultimamente ocupava seus sonhos, era óbvio para ela que ele seria somente mais uma conquista e depois ela o jogaria fora, Emmett McCarty era um simples empregado de seu pai, com quem ela jamais casaria-se, era um servo sem noção de nobreza alguma que serviria apenas para lhe oferecer o prazer que ela tanto alvejava.

Ela sorriu vendo o quão o homem já estava completamente caído na sua e quando já estava longe o suficiente do castelo, eles desceram dos cavalos e ela não perdeu a oportunidade de beijá-lo.

Quando ele resolveu corresponder, ela sentiu as tão famosas borboletas em seu estômago ganharem vida e correspondeu a altura, logo, ambos já estavam no chão, sem roupa alguma, entregando-se ao outro e talvez em algum lugar no fundo de Rosalie Cullen, ela sabia que o amava, mesmo negando profundamente.