Tentando Mckinnon

Prólogo - O que fazer para não enlouquecer?


Não sei qual é o conceito que as pessoas possuem do que amizade significa, mas eu tenho certeza de que nenhuma delas acredita que trancar a melhor amiga dentro de um banheiro junto com o cara que ela mais odeia é uma prática muito amigável.

Sim, isto mesmo. Estou presa na droga de um banheiro com aquele cachorro, vulgo Sirius Black. Somente o cara por quem eu nutro uma série muitíssimo grande de asco, ódio, repugnância e qualquer outro adjetivo pejorativo que se possa utilizar.

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E isto se deve, muito agradavelmente – e nota-se ironia – às minhas queridíssimas amigas, Lily Evans e Dorcas Meadowes.

Se é que se pode chamar de amiga alguém que faz uma monstruosidade destas.

Afinal de contas, quem foi o gênio que disse que ficar trancada com aquele panaca era uma situação legal? Por que, sinceramente, foi um louco.

Sirius Black é um idiota. Um galinha imbecil que se acha o máximo só por que tem mais de noventa por cento da população feminina de Hogwarts caindo aos seus pés. Aff, desde quando isto é algo para se orgulhar?

Quero dizer, tudo bem que ele era realmente bonito e todo aquele corpo escultural esbanjava testosterona. E tudo bem que aqueles cabelos negros sedosos davam aquela ligeira sensação de querer acaricia-los. E tudo bem que aquele sorriso dele era realmente cativante. Mas e daí? Perguntava-me.

Claro que a grande questão de tudo aquilo não era aquela, mas sim: o que fazer para não enlouquecer estando presa em um banheiro com Sirius Black?

Espere, sim, eu sei. Noventa por cento da população feminina de Hogwarts – e não apenas de lá – diria “agarra ele, Lene” ou, então “não ouse tocar nele, Marlene, por que ele é meu!”.

Mas, ah, eu nunca, jamais, faria uma idiotice daquelas. Afinal de contas uma das coisas que sempre me orgulharam era o fato de nunca, jamais, sequer ter olhado- muito – para aquele palerma. Não seria mais uma idiota em sua listinha. Não seria mais uma babaca daquelas que babavam toda vez que o viam passar pelo corredor. Não seria apenas mais uma em sua lista.

O único problema – Oh Deus, o PROBLEMÃO – era que, apesar de eu desprezá-lo com todas as minhas forças – tudo bem, nem todas assim -, Sirius Black estava preso em uma droga de banheiro apertado junto a mim. E, naquele exato momento, estava sem camisa.

Quero dizer, SIRIUS BLACK ESTAVA SEM CAMISA! E, como já salientei anteriormente: aquele corpo exalava testosterona.

Grande, grande merda.

– Black, será que dá pra você vestir a merda dessa camisa? – resmunguei quando achei aquele cenário demais para minha humilde visão.

Black apenas me encarou sem parecer se importar. Deu de ombros e disse simplesmente:

– Não estou a fim.

Cachorro!

Meu Deus, era melhor que alguém chamasse a porcaria dos bombeiros antes que eu começasse a subir pelas paredes. O que, infelizmente, não tardaria acontecer. E, mais infelizmente ainda, não seria apenas por irritação.

Oh, era impressão minha ou o calor daquela sala estava aumentando?

Droga.