Os sentimentos do meu coração

23° Capítulo: Estilhaços.

-

-

Medo, eu estava com muito medo. Medo de vê-lo, de perder meu filho, medo de tudo, de todos. As lagrimas iam escorrendo pelo meu rosto, enquanto eu estava colocando várias peças de roupas nas várias malas, estiradas pelo chão.

_Mamãe, o que a senhora esta fazendo?_ Ouvi uma voz fraca e um pouco rouca soar atrás de mim, me virei e fitei meu filho, vendo-o com os olhos arregalados.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

_Nós vamos nos mudar, querido!_ Afirmei a ele, enquanto eu o via fazer uma careta estranha.

Enquanto deixava-o com seus pensamentos, fui colocando as mudas de roupa na mala, fechando-a.

_Ele nós encontrou não é? Ele quer me ver, mais você não deixa, é isso não é?_ Ele me fitou com um brilho raivoso no olhar, me interrogando. Eu sabia que não poderia mais mentir, então simplesmente me sentei no chão frio, e chorei. Chorei como no dia em que decidi fugi. _ Mamãe, não chore... Mas por favor, não fuja... Por mim! _ Ele me implorou, enquanto ele se ajoelhava e me abraçava.


---Flash Back---

Estranho?

Talvez... Mas eu sabia que era por ele.

Sabia que era para o bem dó bebê que carregava comigo.

Eu estava ali, pois não poderia me arriscar.

O chão estava com uma pequena poça.

A poça com o meu sangue. Tão vermelho...

Mas eu tinha que protege-lo. Protege-lo de mim.

Tinha que me proteger de mim mesma.

Remédios? Porque... Porque eles têm que ferir você...

Porque? Seria tudo mais simples... Tão mais simples...

Várias pessoas com roupas brancas adentraram no local,

Colocaram-me numa camisa... Presa

Senti uma picada no meu braço,

Sono, meus olhos estavam tão pesados...

--- Flash Back off---

Eu sei que por mais difícil que fosse, eu teria de enfrentar, por ele. A única coisa que me restou, a única lembrança que tenho dele. Teria de enfrentar o meu único e eterno amor, pelas decisões que tomei. Droga. Se eu continuasse fugindo ia perder a coisa mais preciosa que eu tinha, mas se ficasse ia ter de enfrentar ele... Não sei se seria capaz de aguentar qualquer uma das opções.

Meu filho ainda estava grudado a mim, seus olhos estavam vermelhos. Senti um aperto, me senti a pior mãe que poderia existir, a única coisa que poderia fazer para me redimir e tentar não perder o Ryuh era simplesmente enfrentar Itachi.

Sakura - Ryuh, tudo bem... Eu vou fazer o que esta pedindo... _ Eu indaguei, limpando as lágrimas que insistiam em escorrer pela minha face.

Peguei meu filho no colo e o levei pra cozinha, esquentei o leite no fogão, enquanto ele ficava sentado na cadeira, me fitando.

O leite logo ferveu, passei-o na peneira para tirar a nata contida nele e coloquei o Nescau. Pequei o copinho de plástico com alguns desenhos do Scooby-doo. Coloquei em cima da mesa e cortei um pedaço do bolo que havia feito no mesmo dia, algumas horas antes.

Vi ele se alimentar e logo seus olhos ficaram um pouco pesados. Peguei-o novamente no colo e coloquei ele no quarto apagando a luz. Decidi ficar ali no sofá, sabia que ele não demoraria a chegar. Ele sempre era tão impaciente...

Acabava de chegar à pequena cidade onde o investigador havia me falado. Peguei um táxi e lhe entreguei o endereço. Depois de alguns minutos comecei apressar o motorista e logo estava em frente a um prédio.Paguei o motorista e desci do carro.

Adentrei no prédio e peguei o elevador chegando no sétimo andar. Toquei a campainha do apartamento 218 e logo alguém abriu... Ela abriu. Ela estava com seus longos cabelos soltos. Estava mais madura. Enquanto eu a analisei, ela também o fazia e logo disse numa voz um pouco tristonha.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Sakura – Entre Itachi... – Adentrei ao apartamento atrás dela, uma vontade louca de beija-la tomou conta de mim, tentei me controlar e não o fiz.

Olhei profundamente em seus olhos, as esmeraldas pareciam sem vida. Comecei a fitar o local, vendo alguns carrinhos e brinquedos jogados no sofá. Vi que ela carregava um livro de contos infantis. Ódio, ciúmes, amargura, dor, amor... Tudo se apossou de mim no momento, fiquei frustrado por perder tanto tempo da vida do meu filho... E raiva, dor, por ela ter me evitado desse jeito, mas não conseguia deixar de amá-la. O Deus, não, eu não conseguia.

Itachi – Onde ele esta? _ Tentei perguntar com o tom mais calmo e frio que conseguia.

Ela me olhou meio amedrontada, parecia uma pressa analisando como poderia fugir do caçador.

Sakura – Ele esta no quarto dormindo... _ Ela me disse cabisbaixa _ Você vai mesmo tentar tirar ele de mim? _ Ela me perguntou ainda com a cabeça baixa.

Eu não esperei nem um minuto a mais para lhe responder o que veio primeiro em meus pensamentos.

Fim do capitulo