Se o Destino Permitir

A realidade pode ser bruta as vezes


Pdv Draco Malfoy

Eu abri os olhos e me deparei com Hermione a minha frente tal como acontecerá a tantos anos atrás, tal como acontecerá naquela noite de inverno. Eu tinha cada lembrança daquele dia guardada em minha mente, infelizmente.

Olhei para a mulher que agora estava na minha frente, ela havia mudado, não era mais aquela sabe-tudo que andava pelos corredores de Hogwarts, não era, mais, a minha sabe-tudo. O silêncio pairou entre nós, não havia palavras que precisasse ser ditas, tudo estava em nossas lembranças, tudo.

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Olhei para os jardins com covas que nos cercavam, em um devaneio voltei aquela tarde onde eu quase morrerá.

Os meus olhos estavam pesados, eu não sabia o porquê de tudo o que lembrava era que a ruiva Weasley havia me atingido, mas o seu alvo era Hermione.

Eu ouvia Hermione chorando, ela estava deitada em cima de mim, pois podia sentia pressão que seu peso fazia sobre mim.

Eu sabia que não estava bem. O feitiço lançado era potente, não seria avada kedavra, pois se fosse eu já estaria morto, mas era algum muito forte. Eu não sabia onde havia sido atingido, mas minhas costas doíam como se estivessem em carne viva. Tentei me mover, mas a dor era muita.

Ouvi mais passos, logo depois um grito, era provável que fosse McGonagall. Senti que o peso de Hermione havia saído de cima do meu peito, por um momento eu me desesperei, achei que estivesse morrendo, mas senti que estava sendo posto sobre uma superfície plana, era possível que fosse uma maca, assim eu estaria indo para a enfermaria. Depois da sensação de estar sendo levantado eu apague.

Pov Hermione

Madame Pomfrey levou Draco para a enfermaria. Ele sangrava. Muito. Eu sabia que isso era um bom e um mau sinal, bom porque significava que ele não havia sido atingido por um avada kedavra, mal porque ele podia morrer de tanto sangrar, mais lagrimas escorreram dos meus olhos. Rony se aproximou de mim e me segurou, eu não sei se aparentava estar a ponto de ruir, mas eu me sentia assim, como se fosse desfalecer. Como se cada pedaço de mim fosse cair. Eu fechei os olhos e apaguei.

Hermione.... hermione .... acorde... – parecia a voz de Draco, mas eu sabia que era impossível, mesmo assim abri os olhos, involuntariamente. Como se aquela voz fosse a salvação, mas eu no fundo do meu subconsciente eu sabia que aquilo não podia ser real, mesmo assim abri os olhos. Deparei-me com o nada a minha frente, quer dizer tudo estava escuro. Eu estava sentada na minha cama. A lua brilhava do lado de fora, me levantei e fui até a janela, tudo parecia normal. Por um ato de desespero peguei a minha varinha, nem tudo em Hogwarts era ‘normal’ mesmo a guerra já tendo por fim terminado. Fui até a porta, abri e espiei pelo corredor. Havia fogo na lareira, que eu me lembre eu não havia deixado acesa na noite passada ou havia? Eu tentava me lembrar, mas não conseguia, como se fosse um bloqueio, eu não conseguia me lembrar.

Sai no corredor e abri a porta do quarto de Draco. Eu temia pelo que podia encontrar atrás da porta, mas mesmo temerosa a abri e me surpreendi com o que vi, era ele, deitado em sua cama. Ele dormir feito um anjo.

Me aproximei. Sentei-me ao lado da cama e chorei. Todos os momentos de pânico e terror que passei fora pra nada, eu estava vivendo um sonho, um sonho dentro de outro sonho, tudo o que acontecerá não passara de um sonho. Draco estava bem. Harry e Rony continuavam bravos comigo. Eu tinha apenas sonhado tudo isso, fora tudo apenas um... sonho.

-Mi? – Draco me viu ao lado da cama chorando – o que aconteceu?

- tudo, não, nada, ai Draco – eu deitei ao lado dele e chorei ainda mais – eu tive um sonho horrível.

- tudo bem amor – disse ele afagando os meus cabelos – foi só um sonho.

- mas pareceu tão real, você tinha morrido nele, Draco eu te vi morto – eu chorei ainda mais.

- tudo bem, mas agora eu estou aqui com você – eu olhei para ele, me perdi na profundeza de seus olhos e chorei ainda mais, afundei a minha cabeça em seu peito e dormi.

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