Entre Magia

Capítulo 27 - Lembranças... Traumas e Superações


Cap. 26 – Lembranças... Traumas e Superações.

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– Até que enfim vocês decidiram descer! Já estava pensando que... – Diogo perdeu a fala ao parar em frente a escada.
– UAU! Vocês estão divínas! – Davy expressou o que Diogo pensava. Realmente nunca vira as melhores amigas tão belas.
Elas em troca somente sorriram emcabuladas com o elogio recebido.

[vestidos: http://www.polyvore.com/cap_26_traumas_supera%C3%A7%C3%B5es/set?id=42874881]
[pentados: http://www.polyvore.com/cap_26_penteados/set?id=42941979]

– Estão lindas, queridas! – exclamaram Dona Clarysse e Dona Tâmara sorrindo encantadas para as garotas. – Nem acredito que hoje já é o dia da entrada de vocês para a sociedade! – completou Clar.
– Bem... vamos? – Jhu perguntou olhando os rapazes que usavam fraques compridos pretos basicamente iguais.

[fraques: http://thefashionjoker.files.wordpress.com/2012/01/00010m8.jpg?w=692]

– Vocês têm certeza de que não querem nossa companhia no baile? – Jullius perguntou.
– Não pai, obrigada. Acho que este passo temos que dar sozinhos... – Jhuly Anne respondeu confiante.
– Pra mim tudo bem se eles forem! – avisou Diogo, Sa e Da em uníssono.
– Eu... é que eles sempre estão conosco, e não é que eu esteja reclamando disso, muito pelo contrário, eu amo estar com vocês. Só que eu sinto que preciso seguir sem vocês, não sei explicar... mas... sei lá... – mais tarde ela descobriria que deixá-los ir era a melhor escolha...
– Já entendemos filha. – acalmou Jullius sorrindo pra garota.
– Então é melhor vocês irem, a carruagem já está aí fora lhes esperando. – comunicou Devon.
A carruagem era marrom com leves detalhes em dourado. Dois choffers vinham à sua frente para comandar os cavalos. Um deles se levantou e foi abrir a pequena porta de madeira para os quatro.

[carruagem: http://www.seuevento.net.br/img/news/carruagem-esta-na-moda_3_600_9128.jpg]

Eles sorriram e os meninos deram espaço para que as meninas pudessem subir primeiro.
– Bom baile! E Bem vindos a Sociedade! – os adultos gritaram a eles enquanto os cavalos trotavam em direção ao Grande Salão. Os quatro somente sorriram uns aos outros. Todos estavam nervosos demais para falar alguma coisa.
Jhuly sentiu uma pontada estranha ao se afastar cada vez mais de casa.
Esta noite eles estariam no baile da Sociedade no Grande Salão. Uma festa que só ocorria uma vez ao ano para comemorar e oficializar a entrada dos jovens ao meio adulto. Só era conciderado adulto aquele que já tivesse 16 anos.
Davy, Diogo e Sabrina preferiram esperar Jhuly completar 16 para poderem oficializar no baile.
A carruagem parou em frente ao Grande Salão. Estava na hora, eles entrariam de vez para o Sociedade.

[Grande Salão: http://static.br.groupon-content.net/60/70/1308174567060.jpg
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– Pronta? – Di perguntou a ela sorrindo. Os dois entrariam juntos enquanto Davy ia com Bina.
Basicamente toda a vila estava presente ali. Eles conheciam pouquíssima gente, isto devia ao fato de passarem a maior parte do tempo nos arredores de casa treinando.
Logo o baile começara. Eles dançavam e cumprimentavam todos ali presentes. Diogo e Davy logo foram à busca de algum bela donzela para dançar. Sim, ao termo popular eles eram pegadores.
– Jhu, sabe quem é aquela loira de vestido azul à nossa esquerda? – perguntara ele a um certo momento em que os dois dançavam por todo o salão.
– Mia Debuzze, 17 anos, filha de Liana e Marcos Debuzze presidentes do comitê da Sociedade. Por que quer saber? Já vai agir logo no começo do baile é? – perguntou ela zombeteira.
– Não posso perder tempo não é? – perguntara ele. Os dois pararam de dançar e se cumprimentaram formalmente curvando-se um ao outro.
Diogo subira a gola do fraque dando um ar diferenciado dele para os outros rapazes ali.
Jhuly sorriu ao ver o amigo se aproximar da moça dando-lhe um singelo beijo na mão direita fazendo com que a mesma sorrisse envergonhada com o ato. Logo os dois já dançavam ao ritmo de valsa que soava por todo espaço.
– Também foi abandonada pelo conquistador barato que mora conosco? – Sabrina assustou-a chegando por trás e lhe perguntando isto.
– O que... o Da também já foi à caça?
Sabrina somente confirmou com a cabeça apontando para o lado oposto ao qual Di e Mia dançavam. Ao virar-se em direção que lhe foi mostrada vê Davy com uma bela moça dos cabelos negros curtos com um lindo e longo vestido verde musgo rodado.
Em pouco tempo os dois casais, Diogo e Mia e Davy e a moça, se encontraram numa virada no centro do salão. De onde Bi e Anne estavam, notaram o exato momento em que os dois sorriram um pro outro mostrando as belas moças com as quais dançavam.
– Aquela ali não é Bianca De Vass filha do banqueiro? A burrice andante que achou que cortando o cabelo naquela altura ficaria ruiva dos olhos verdes? – Jhuly perguntou a Sabrina.
– A própria. E suponho que a moça dos longos cabelos louros é Mia Debuzze, a riquinha mimada de nariz em pé que se acha gente?
– Acertou com louvor minha cara prima!
As duas riram e foram para a mesa de bebidas se servir de um delicado ponche dos montes trazido do centro da floresta da fazenda dos Montiseus.
As horas foram se passando e uma sensação estranha começou a se aponderar de Jhuly. Uma sensação de que algo estava acontecendo. E isso só foi se intensificando com o passar do tempo. Jhu então decidiu que estava na hora de ambandonar aquele baile e voltar para o aconchego de seu lar.
– Com sua licença? – pediu ela ao cumprimentar e deixar seu par naquela dança. Olhou em volta à procura dos três e encontrou Sabrina indo junto a seu par até a mesa de buffet.
Rapidamente se dirigiu para lá.
– Sabrina, Sr. Santi. – cumprimentou os dois ao se aproximar. – Prima eu estou cansada, me ajude a encontrar os rapazes para irmos embora?
Ela logo entendeu que Jhuly estava preocupada e rapidamente foi ao encontro dos garotos para poderem ir embora.
Logo os quatro entravam novamente dentro de uma carruagem em direção a sua casa.
– Ai!
– Jhuly! O que houve? O que você está sentindo?! – Davy perguntava angustiado a irmã.
– Eu... eu não sei! Precisamos chegar logo em casa, sinto uma dor horrível com essa demora.
– Vamos descer então. Damos uma desculpa qualquer e vamos correndo, chegaremos muito mais rápido! – sugeriu Sabrina começando a ficar tão angustiada quanto Jhuly.
Em poucos minutos os três já corriam em direção ao casarão. Jhuly e Sabrina carregavam os vestidos com auxilio de magia. Ao se aproximarem mais do terreno perto da casa o cheiro forte de queimado os atingiu.
Aumentaram o ritmo. E ao chegarem no local...
– NÃAAO! NÃO! NÃO! – Jhuly gritava ao ver a casa pegando fogo sendo segurada firmemente por Sabrina. A dor a consumiu por inteira. Ela sentia, ela sabia que eles estavam la dentro no meio das chamas, mas já sem vida...
Caiu de joelhos no chão. O cheiro de insenso enjoativo rapidamente chegou ao alcance de seus olfatos.
– NÃO! PAI! – Diogo tentou entrar mas Davy foi mais rápido e o segurou a tempo.
Era normal ver os dois em maior desespero, todos sabiam que Anne e Diogo sempre foram os mais apegados a família.
E ali eles ficaram... olhando a chama corroer o único lar que tiveram em toda vida, exterminar os únicos adultos aos quais eles tinham respeito eterno, a única família de todos eles...

Todos ficaram em silêncio diante da descoberta da morte dos pais deles. Lágrimas escorriam livremente pelo rosto dos quatro. A dor ainda incomodava todos eles e provavelmente sempre incomodaria. Principalmente Jhuly, naquela hora a dor da culpa, do arrependimento, do sofreguidão de suas escolhas naquela noite. De que enquanto se divertia no baile seus pais e padrinhos lutavam com algo e perdiam sendo jogados no fogo.

– Nós temos que continuar... Sem eles nós... nós temos que manter a segurança como Incantros... nós... – Sabrina perdeu a fala. A dor machucava demais seu peito. Ela sentia um pedeço de si sendo desintegrado junto às chamas.
– Sabrina está certa. Jhu... – Davy olhou para a irmã.
Ela não aguentava tudo aquilo. Simplesmente levantou e saiu correndo.
– JHULY! – ouvia eles gritando por ela lá atrás, mas não pararia.
Ao ver o lago entrar no seu campo de visão aumentou a velocidade e se jogou nele, queria que a água acabasse com tudo, tirasse dela essa culpa e dor dilacerantes!
Sentiu alguém pular no lago logo após de si e braços a circundando levando-a para cima. Logo ela e Diogo respiravam novamente, ela somente deixou com que ele a carregasse para fora do lago, encostou sua cabeça no ombro do rapaz e deixou com que as lágrimas inundasse mais o seu rosto contorcido de dor.
– Você terá que ser forte Jhu, tem que aguentar. Eles não gostariam de te ver se acabar assim sabendo que você é melhor do que isso, de que você ainda tem muito o que correr por este mundo. – dizia ele tentando trazê-la à uma realidade alternativa, a se livrar um pouco deste tormento.
Concordou com a cabeça mesmo sem querer. Levantou com sua ajuda e juntos foram ao encontro de Davy e Sabrina que esperavam num local bem distante do lago e da casa.
Juntos, os quatro, levantaram a mão direita para um espaço entre duas grandes ávores. Um brilho fino fez um círculo entre as árvores e as mãos deles brilhavam, palavras incompreensíveis e muito baixas, quase como um silvo, saía das bocas deles.
E do nada uma passagem surgiu naquele cículo. Uma entrada pequena e que dava em uma escada em espiral que descia mais fundo ainda.
Os três desceram as escadas, a mesma ia cada vez mais fundo, parecia não ter fim. Um tempo depois eles deram de cara com uma parede irregular. Jhuly que estava a frente levantou as mãos e tocou a parede, onde sua mão relou um desenh – o muito parecido com a tatuagem que os Quileutes tinham – se formou com um brilho dourado.
Uma porta se fez logo após. Diogo e Davy empurraram a mesma dando numa enorme biblioteca luxuosa subterrânea.

[biblioteca: http://ibxk.com.br/2011/12/materias/5353364132318580.jpg]

A sala parecia estar constantemente num dia clareado. Luz essa que parecia não vir de um local exato. Ali continham as mais estranhas e escuras histórias. Basicamente todo o conhecimento do mundo antigo, novo ou futuro se encontrava ali, naquela enorme e subterrânea biblioteca.
Caminharam para o fundo dela num local mais escuro e protegido. Jhuly novamente colocou as mãos na parede e uma abertura apareceu, como se fosse uma gaveta, puxou o ferro detalhado a ouro dentro do buraco revestido a ouro puro se encontrava uma caixa detalhada e delicada, um brilho estranho e tremeluzente também dourado circundava a caixa.

[caixa: http://tudojoia.blog.br/blog/wp-content/2009/09/porta-joias.jpg]

Sabrina sumiu entre as estantes e pouco depois os encontrou na frente da porta por onde entraram e lhes entregou uma capa.

[capas: http://www.polyvore.com/cap_26_capas/set?id=42943244]

Vestiram as mesmas e subiram velozes para a superfície. Fecharam a passagem e jogaram o máximo possível de poderes de proteção que podiam.
Jhuly olhou uma ultima vez para a direção onde ficava a casa, colocou o capuz e se virou para a direção oposta a casa.
– Vamos embora. – foi a única coisa que disse.
E juntos foram correndo cada vez para mais longe do lugar pelo qual tanto amavam e ao qual tanto aprenderam. Correram em direção a suas novas vidas dali pra frente. A suas vidas de guerreiros...

Continua...

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