Amor Paternal
Poseidon
Me preocupava e me alegrava o fato de ter um bebê nos braços de Sally.
A criança não devia ter nascido e eu sabia que a culpa era minha. A futura bronca de Zeus, e nem o inevitável olhar zangado de Athena me preocupavam. O que não gosto de pensar é como esse garoto sobreviverá. Hades ficará furioso e com razão, porém o que aconteceu, aconteceu.
Me aproximei lentamente da bonita mulher e a abracei por trás, olhando o menino por cima de seu ombro.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Não se preocupe. Não vou deixar que nada aconteça a ele - ela me disse e percebi com quanta ternura olhava o pequeno.
- Tenho certeza que não irá, eu também não deixarei - respondi, sendo sincero. Aquele era meu garoto, afinal.
Soltei seu quadril e a contornei para poder olhar em seus olhos.
- Isso não será fácil, Sally. Esse garoto terá uma vida dura...
- Perseu - ela me interrompeu.
- Como? - perguntei delicadamente, erguendo uma sobrancelha.
- Ele se chamará Perseu, assim como o outro herói, cuja história acabou bem no final - Sally respondeu, voltando a olhar o bebê.
Eu não pude deixar de sorrir.
- Perseu terá uma vida difícil - falei, tentando explicar a ela como seria complicado criar uma criança que seria diferente de todos, perseguida por monstros e taxada de problemática.
- Sei bem disso, querido - ela falou, sem tirar os olhos de nosso filho - E estou disposta a dar minha vida por essa criança. Ele é meu, ele é seu. É nosso.
Em minha face, um pequeno sorriso se formou. Haviamos quebrado todas as regras e o resultado havia sido isso. Um menino. Perseu.
Nós dois sabíamos que seria difícil, pois ele não deveria ter nascido, porém isso não mudava o fato de que era nosso.
Dei uma passo a frente e olhei o rosto angelical do menino adormecido. Coloquei minha mão em sua testa e observei encantado ele abrir aos poucos seus olhos. Verdes, exatamente como os meus.
- Ele se parece com você - Sally me disse, parecendo contente.
Assenti com a cabeça, um pouco emocionado.
Abracei os ombros de Sally, segurando o bebê junto com ela. Ambos olhamos para a criança e eu me senti confortável naquele abraço. Percebi o quão aconchegante era ficar com aqueles dois, que a partir de hoje, fariam parte de minha família.
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