Além do Destino

Volte para mim.


- Como assim quem são eles, Ron? – questionou Harry, pensando ser vítima de algum erro. – Ele é Lorde Voldemort!

- Sim, eu sei. – respondeu Weasley, ainda encarando a imagem. – Mas quem é ela?

- Harry, Ron, o que está havendo aqui? – perguntou Gina, aproximando-se dos rapazes.

- Ginny... – começou Potter. – você sabe quem é ela?

Gina Weasley observou a foto tão atentamente quanto seu irmão. Sorriu.

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- Eles são belos. – disse por fim. Harry olhou-a incrédulo.

- Esta é Hermione Granger! Hermione Granger! – gritou para os dois. Ron o olhou desconfiado.

- Hermione...Hermione... esse nome não me é estranho. – conjeturou.

- É claro que não é! – Harry tirou de seu uniforme um livro amassado com uma foto no meio. – Aqui estou eu, você e...

- E quem mais, Harry? – questionou Gina, observando o rapaz.

Só após a breve pergunta da namorada Potter pôde olhar para a fotografia em que ele e Ron riam tranquilos em seu primeiro ano em Hogwarts.

- Ninguém. – disse vencido. – Não há ninguém mais.

* * *

- O tempo está fechado. – disse Rebeca, adentrando a cozinha da mansão, pronta para tomar café.

- Normalmente é assim por aqui. – explicou Felipe, com simplicidade.

- Hermione ainda não acordou?

- Não. Não irei acordá-la. – adiantou-se.

- Sabe que não irei sozinha para Hogwarts. Uma dama não vai sozinha para lugar algum. – disse Rebeca, fechando os braços na frente do corpo.

- Sabe ainda melhor que não devo sair da mansão. Ou melhor, não posso. – respondeu com desdém.

- Deixe a Hermione vir comigo. – replicou.

Felipe olhou para ela e deu uma leve mordida em sua maçã.

- Não. – sorriu. – Hermione só voltará para Hogwarts em minha companhia.

- Oras, bem sabe que não voltarei, e pronto. – continuou ela. – Abraxas teve uma queda essa noite, febre baixa, mas ainda resmungou. Creio que devo ficar com ele.

- Agora a situação está complicada em demasia, não está? - Felipe sorriu. – Abraxas está entrevado em uma cama, você não pode andar sozinha nem pode abandoná-lo, eu não devo sair da casa e Hermione não irá. Que maravilha.

- Deixe-a ir. – cogitou Rebeca.

- Já disse que não.

- Tem medo de que? Que Riddle apareça na frente dela e a mate, em plena escola, colocando todo o seu pomposo currículo em meio á círculos? – estreitou o olhar.

Felipe deu outra mordida na maçã.

- Tenho medo que ele peça perdão e ela aceite. Tenho medo que ele ainda a ame e que ela volte correndo para os braços dele. – apontou.

Rebeca sorriu graciosa como uma gralha.

- Eu sei disso. Sei que você gosta dela.

- Eu gosto, é claro, mas sei também que não sou correspondido. Somente contento-me com sua amizade, e seu bem querer, uma vez que salvei a sua vida e compartilho de diversas opiniões dela. Para mim, seja suficiente. – finalizou.

- Vou acordá-la. – Rebeca levantou-se. – Deve partir em breve.

Felipe não mencionou alternativa.

Rebeca estava se acostumando com a quantidade de escadas que a mansão possuía, ao contrário da amiga, que vivia reclamando do motivo de tantas portas. Subiu a escada menor, principal, seguindo para o terceiro corredor que esta se ramificava. Ao fundo, uma porta de vidro levava aos aposentos de Hermione.

Não estava agora fascinada pela bela visão que aquele corredor proporcionava, depois de ter passado horas observando-a. Antes de adentrar o quarto, havia um imenso jardim de inverno, coberto de girassóis e ervas daninha. O orvalho da madrugada ainda era visível sobre as densas folhas que cercavam os caminhos de pedra, alguns se transformando em espelhos de água.

A anestesia que tal lugar lhe causava era imediata, e por um minuto sentiu-se livre de todos os problemas, até chegar na porta do quarto e batê-la com força.

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- Hermione? – chamou, ouvindo passos seguidos a frente.

- Ah, Rebeca, bom dia. – disse ela, dando espaço para a amiga entrar no quarto. – O que devo a presença tão cedo?

- Deve ir á Hogwarts hoje. – foi bem direta. – Marcos chegou da França e foi, sem escalas, para lá, pensando que iria encontrar Felipe, uma vez que este nunca sai da escola nas férias. – ela sorriu melindrosa.

- Por que ele não vem para cá por uma chave de portal? – questionou.

- E existem chaves de portal em Hogwarts, minha amiga? – ela riu afoita. – Com as histórias dos ataques de Grindelwald, Dumbledore e Dipped trancaram os alunos por entre aquelas paredes.

- Mas como eu o trarei para cá?

- Sua mente sabe o caminho. – ela disse pensativa, sentando-se na cama arrumada de Hermione. – Aposto que ele usará o pincel.

- Você sabe do pincel? – perguntou aos múrmuros.

- Claro que sei, Felipe me contou. – ela sorriu. – Já desconfiava que Marcos não era lá muito normal, principalmente quando ele desapareceu da escola do nada.

- Sabe como esse pincel...bem, como ele funciona?

- A única coisa que sei – sussurrou ela. – é que apenas Marcos consegue controlar a magia toda, assim como Felipe tem a capacidade de controlar toda a magia do anel. Tem algo ligado ao sangue.

- Rebeca... você é bem inteligente. – disse Hermione, vendo a menina corar. – Acha que seria capaz de transformar algum desses objetos mágicos de acordo com a necessidade de uso?

- Como assim? – questionou confusa.

- Moldá-los à nossas circunstâncias, obriga-los a se modificar por nossos conceitos? – explicou.

- Eu não sei, sinceramente. – respondeu desapontada. – É uma pergunta complexa, não tem fundamento.

- Sim, não tem. – minguou.

- Felipe não pode sair da mansão. – conjecturou. – Se sair, as passagens estarão fechadas, uma vez que o anel e o pincel são cúmplices como uma chave. Malfoy está vegetando e eu devo cuidar de seu processo de fotossíntese. – ela riu deliciosamente. – Só nos resta a Srta.

- O que devo fazer? – perguntou ela, pondo-se de pé.

- Está pronta?

- Sim! – disse convicta.

- Vamos, Felipe há de te explicar. – puxou a outra pela límpida manga comprida da roupa de Hermione.

- Coma algo primeiro. – ordenou Felipe. – Rebeca, busque aquela sacola azul que deixei em cima da minha cama.

- Sim, eu já volto. – disse a menina, saindo da cozinha. Hermione pegou algumas bolachas e começou a comer.

- Está frio em Hogwarts. – explicou. – Deve ler isto antes de partir, guiará você. – e entregou uma carta à Hermione.

Querido irmão,

Nessas circunstâncias vejo que nossa situação encontra-se complexa. Fiquei desornado ao saber do ocorrido com a Srta. Granger, uma vez que pouco a conheci, mas estimo por ela.

Eis um enigma fácil para ser resolvido, e assim chegará até Hogwarts. Mantem-se calmo, não há nada de mais. O que quer que seja, somente guiará você.

No salão principal da casa, não aquele que sempre entramos e brincamos de esconder por baixo das milhares de escadas que o cerca, mas sim o qual nós, por muito tempo, não nos atrevemos a ir, há uma estatueta de mármore sobre um livro de capa verde, “os feitiços de Emília Hertzan”. Deve empurrar o busto com cuidado, e este revelará uma pintura contrária àquela que se encontra no meio da parede principal, meu estimado avô.

Atenção aos movimentos, pois esta é uma passagem arriscada. Deve manter-se firmemente apoiado em seus pensamentos, desenhando Hogwarts com seus olhos. Mesmo que a pintura já seja o castelo, temo que esta sofra algumas adequações perante o tempo. Somente insista.

Creio que sairá, do outro lado, próximo à estatueta de Godric Gryffindor, no salão comunal da Grifinória. Não se acanhe, eis que te aguardo.

Meus cumprimentos a todos, nos veremos em breve.

Marcos L. V. Fitsburg.

- Como ele faz mal uso das palavras. – comentou Hermione. Felipe achou graça.

- Marcos é o emblema de Vittorio. Pena não ter conhecido o pai, achá-lo-ia fascinante.

- E o que ele pensaria de mim? – riu ela.

- Imagino que ficaria encantando com a ideia de uma pessoa do futuro vir lhe visitar, aliás, com seu anel. – disse mais baixo. – Vittorio era uma pessoa de mente extremamente aberta, algo raro de ser encontrado. Sempre alerta, sempre buscando um equilíbrio perfeito.

- Todos buscamos um equilíbrio perfeito, e isso não é uma suposição. – afirmou ela. – Não tem a mínima curiosidade de saber de que tempo eu vim, e o que estou fazendo?

- Já disse que conheço a magia que te envolve e, mais do que isso, conheço as consequências dela. – objetou.

- Que consequências?

- É esta sacola, Hutter? – perguntou Rebeca, chegando mais perto.

- Sim, Crusois. – respondeu Felipe, pegando a sacola e mostrando seu conteúdo para Hermione. – Quero que encante todos que a virem. – disse, sorrindo maliciosamente.

Tirou da sacola uma túnica negra, comprida, que se fecharia no corpo de Hermione como um vestido. Era ornamentada de prata, nas mangas e no colarinho, este grande e intenso, um veludo arcaico. Cheirava a guarda-roupa.

- O que é isso? – perguntou Rebeca, com o queixo no chão.

- Era da mãe de Marcos. – explicou Felipe. – Não pude avisá-lo da mudança de planos, uma vez que não esperava voltar acompanhado para a mansão. Use-a e ele saberá que você está aqui, comigo.

- Mas não especificou na carta que já sabia ternamente da minha situação? – questionou embaraçada.

- Não exatamente, eu lhe contei o que se passou com Riddle, sobre o causo de ser uma nascida trouxa. – reverteu. – Nada sobre o desejo incerto de querer tirá-la do caminho.

- Tom estava revoltado. – defendeu.

- Que seja. – disse enfadado. – Use isto, e pendure o anel do pescoço. Não o use no mesmo dedo em que carrega a aliança de compromisso com Riddle, mesmo que isso seja bastante inadequado.

- Felipe, chega. – disse Rebeca. – Mione, coloque a roupa e não questione mais. E você, Hutter, sua opinião modesta não pode ser mais silenciosa do que já é. – advertiu.

- O silêncio é uma dádiva confortável. – riu Hermione. – Vou me trocar.

* * *

- Fiquei sabendo de sua crise com a garota Granger. – disse Marcos, sentando-se ao lado de Tom na biblioteca.

- As fofocas são intensas em Hogwarts, como sempre. – comentou Tom, desinteressado.

- Não deveria sentir-se tão afetado por um detalhe supérfluo como este, Riddle. Você é capaz de ser mais inteligente.

- O que está querendo dizer? Está insinuando algo sobre mim? – ralhou Tom, olhando Marcos pela primeira vez.

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- Não especificamente, mas creio que você tenha se arrependido de tal fato.

- E isso te importa? – perguntou.

- Sim, e muito. Felipe parece gostar dela, e uma vez longe de você, ele tem essa chance.

- Que chances Hutter ter contra mim? – riu Tom, fechando o livro de feitiços sobre a mesa de madeira.

- Ouça, Tom, sejamos claros um com o outro. Nunca fomos amigos, nem inimigos. Sempre competidores. – objetou.

- O que te coloca em uma posição demasiada inferior a mim, uma vez que faltou quase o ano todo a suas obrigações escolares. – o sorriso maldoso de Tom se ampliou.

- Tudo o que fiz ou deixei de fazer não entra em questão. O que quero que saiba é que conheço bem seu jeito de arrumar as coisas. Só acho que deveria repensar um pouco nos seus atos.

- Acaba de chegar da França, onde deve ter passado as melhores férias da sua vida com seu amado e rico pai, e ainda acha que pode me passar lições morais? – Tom alterou-se, levantando em alerta.

Marcos sorriu levemente.

- Meu pai está morto, Tom.

Riddle voltou a se sentar e observou o rosto do outro com atenção.

- Não parece triste. – comentou.

- Não estou, na realidade. – disse Marcos. – Não mais.

- Essa é uma atitude bem madura, aliás. – abriu novamente o livro, ignorando-o. – Principalmente para um Grifinório.

- Sempre preconceituoso. – riu.

- Sempre tão pacífico feito uma borboleta. – Tom suspirou. – Isso me irrita.

- Ela está com Felipe. – disse do nada.

- Eu sei. – respondeu Tom. – Isso me irrita também.

- Não vai fazer nada?

Tom levantou-se e observou o rapaz novamente.

- Vou matar seu irmão. – disse por fim.

Marcos sorriu.

- Que atitude madura, típica de um Sonserino.

* * *

- Preparada? – perguntou Felipe, empurrando o busto sobre o livro.

- Sim. – disse Hermione, derretendo por baixo do vestido de veludo negro.

- Se vier alguém perguntar de mim, diga que estou cuidando do herdeiro dos Malfoy. – os olhos de Rebeca brilharam.

- Direi.

- Não faça nada que a distraia de encontrar Marcos. Apesar de que, com certeza, ele já imagina que será você a encontra-lo. – informou Felipe.

- Por quê? – ranhetou Rebeca.

- Porque eu não posso sair daqui sem uma das relíquias, ninguém pode. – explicou diretamente para Hermione.

Rebeca olhou sem entender.

- Estou preparada. O que faço agora? – perguntou a morena, confusa.

- Atravesse o quadro. – disse a outra garota, com simplicidade.

- Atravessar o quadro? – Hermione riu. – Isso é loucura.

- Pode acreditar que é. – disse Felipe, erguendo-a sobre a mesa de modo que ela ficasse na altura da pintura. – Pense em Hogwarts, veja se possível. Ao seu dispor. – alertou.

Hermione deu pequenos passos em direção ao quadro, tendo certeza de que seria demasiado fácil. Porém, quanto mais se aproximava, mais sua visão mental tornava-se turva e borrada.

- Estou tendo crises de amnésia. – informou.

- Isso é exatamente o que quer que aconteça. Concentre-se. – alertou Felipe, mais uma vez.

- Posso seguir, mesmo assim?

- Não. Tem que estar com a mente limpa, equilibrada. Lembre-se, o equilíbrio é tudo.

“Não só o equilíbrio, Hermione, mas o silêncio. O silêncio é uma dádiva, não é?”

Não esperava que fosse tão rápido, tão incerto. Quando abriu os olhos novamente, encontrava-se diante da estátua imponente de Godric Gryffindor, na frente do retrato da mulher gorda.

Sorriu, pois acabara de chegar em casa.

Correu para as escadas, estas que jamais erraria de direção, mesmo sendo tantas. Viu que algumas pessoas a olhavam com curiosidade, pendendo-se nas suas vestes apropriadas para aquele clima: Hogwarts nunca esteve tão gelada.

Alguns a chamavam pelo nome, outros somente tentavam pará-la. Nada feito. Precisava achar Marcos e voltar rapidamente para a mansão Fitsburg, antes de a passagem se fechasse.

- Dérek! – gritou o amigo, vendo-o sair de uma rodinha de meninas.

- Hermione? – perguntou confuso.

- Sabe onde está Marcos Fitsburg? – adiantou-se.

- Marcos? – ele a olhou confuso. – Está procurando Marcos?

- Sim! – disse exasperada. – Sabe onde ele está?

- Deveras na biblioteca, mas não sei. – alertou. – É o primeiro lugar que deve procurar.

Hermione não esperou para agradecer, saiu correndo em direção à biblioteca, caminho que já conhecia cegamente. Achou um tanto estranho tamanha concentração de alunos, uma vez que faltavam alguns dias para o início das aulas.

Mesmo com toda a adrenalina, ainda sentia frio.

Será que Felipe havia previsto algo que ela desconhecia? Por que se sentia confiante, em vez de estar preocupada com a velocidade que o tempo passava?

É claro, meditou. Ele está controlando meu tempo.

Desacelerou os passos, acalmando-se aos poucos. Seu olhar estava clínico em todas as coisas que se passavam diante dela: as escadas, os alunos, as conversas. Ouviu seu nome, e o nome de Tom. Ouviu o quanto ele estava estranho sem a presença dela.

E toda a autoconfiança fora embora.

Estava tão focada em Marcos, toda a magia que estava aprendendo, que se esquecera, por alguns minutos, que Tom também estaria ali. Seu coração começou a palpitar.

Perdoá-lo-ia, sim, se ele pedisse perdão. Se olhasse nos olhos dela e se desculpasse, se dissesse que a amava. Deveria esperar uma atitude assim? Dificilmente, concluiu, uma vez que quase a matara. Esquecera totalmente das características de Tom que o equiparava com Lorde Voldemort, e mesmo assim, o perdoara. Estava loucamente apaixonada por ele, como sempre esteve.

Avistou o garoto de pele morena com um sorriso demente nos lábios, sentado de frente com aquele que queria tirar-lhe a vida. O sorriso de Marcos ampliou-se ao olhar para ela e, uma vez que Tom estava de costas, não perdeu tempo em provocar:

- Veja, Riddle, sua futura Lady, ou talvez minha futura irmã, se você realmente não a deseja mais.

Tom contraiu os lábios com raiva.

- Não brinque comigo, Fitsburg. – avisou-o.

- Vire-se, Riddle, e sorria.

Tom fez o que o outro cogitou, e realmente não pôde deixar de sorrir. Lá estava ela, parada no começo das colunas de livros, o peito subindo e descendo arduamente, buscando por ar. Vestia uma roupa demasiada elegante para somente permanecer em Hogwarts, os cabelos estavam caprichosamente mais lisos e os olhos brilhantes.

- Sempre linda. – murmurou para si.

- Marcos Fitsburg. – chamou ela, mesmo olhando para Tom.

- Sabia que meu adorado irmão não poderia vir para cá. – comentou displicente, indo até ela e beijando suavemente sua mão. – Mas não tinha ideia que mandaria você para abrir o portal de minha casa.

- Devemos ser rápidos! – alertou exasperada.

- Eu devo, Srta. Granger, você pode ficar aqui, não acha, Tom?

Riddle olhou para ele com curiosidade.

- Concordo plenamente. – e sorriu.

- Está feito! – Marcos adiantou-se para sair. – A propósito, Hermione, bonita roupa. Pode ficar com ela. Aposto que Tom concorda com isso também. – e saiu.

Tom se levantou, postando-se de frente à menina.

- Onde está Malfoy? – perguntou frio, porém seus olhos brilhavam como os dela.

- Quase morreu para salvar minha vida. – respondeu ao mesmo tom.

- Sabe que estou arrependido de tudo o que fiz. – anunciou com sinceridade.

- Não parece.

- Hermione... – começou.

- Tom, - ela interrompeu. – tem alguma noção do que fez? Não me responda, poupe-me de mais palavras silenciosas.

- Você sabe bem como sou, não tente entender-me. – disse tristemente.

- Por isso mesmo que não tem a mínima noção no dano que causou. Quase fomos mortos por Grindelwald! – disse mais alto, porém ainda sim controlada. – Abraxas quase morreu e eu... não sabia o que fazer! – chorou.

Tom tentou abraça-la, mas ela se afastou.

- Não me toque. – ralhou.

- Me perdoe. Isso basta?

- Não. Seu coração ainda afoga-se em preconceitos e ódios. – objetou convicta. – Mude suas ações, seu modo de ver a vida. Tantas vezes te alertei que o poder, um dia, trairá você!

- Meu modo de ver a vida está errado e eu prometo modifica-lo. – disse mais baixo, abrindo os braços. – Volte para mim. Perdoe-me.

Olhos brilhando, braços abertos, rosto apático.

Mais do que orgulhosa, tinha que ser ágil, coisa que Tom mesmo havia lhe ensinado. Hermione tinha uma missão, não tinha?

Foi de encontro à ele, inspirando todo o perfume que pudesse. Sentiu os lábios de Tom em seu cabelo, para depois encontrarem os seus.