O Lado Escuro do Sol

Verdades/ Primeiro amor/ Erro


***

Cheguei em meu quarto e fui colocado na cama, e logo depois começaram a limpar os meus ferimentos.

-Justo você Vinicius o racional da família, tinha que gostar de uma moça comprometida e ainda para variar com a moça que ira se casar com o seu irmão. Benjamin falou depois que terminaram de me limpar.

-Não foi porque eu quis, foi mais do que um acidente. Eu tentei, eu realmente tentei arrancá-la do meu coração, mas a cada frase dita com ódio pelo Alexander eu a amava e o odiava mais, tentei achar um modo de cancelar o casamento dos dois, mas caso isso aconteça ela não poderá mais se casar com ninguém, muito menos comigo. Eu falei mostrando toda frustração por estar passando por aquilo.

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-Eu realmente não entendo como isso foi justamente acontecer com você. Eu vejo em você meu irmão que isto não é apenas uma aventura e que você realmente a ama, e se eu pudesse adoraria ajudar, mas não tenho nem ideia de como o fazer. Benjamin falou me olhando tristemente, e foi ai que eu soube que ele me ajudaria em tudo o que eu pedisse.

-Consiga que ela venha me visitar ainda essa noite, e nós dois fugiremos, por favor. Eu preciso dela, e você será um ótimo rei. Eu falei para ele sorrindo com dificuldade graças aos ferimentos que eu havia sofrido na face, adquiridos graças à briga de poucos minutos atrás.

-Farei isso, mas me prometa que me manterá informado. Benjamin falou sorrindo depois de pensar um pouco e me deixando mais apreensivo do que eu já estava.

-Obrigado. Eu disse para ele sorrindo e quase transbordando de alegria.

***

Quando deu meia noite ela entrou pela janela com seu vestido branco dançando ao vento.

-Eu já estava acreditando que você não viria mais e… Eu comecei mais ela fez um gesto para eu me calar.

Anne se aproximou da cama descobriu o meu pescoço e me mordeu, tomou apenas um pouco e depois fez um corte em seu próprio pescoço e colocou minha boca para que eu bebesse. Ela deixou um bilhete do meu lado e foi embora sem me dizer nada.

No bilhete dizia que não era mais para eu sair durante o dia e que eu a encontra-se na próxima noite no jardim, no mesmo lugar em que conversamos pela primeira vez.

Já que eu não poderia mais vê-la naquele mesmo dia resolvi dormir.

Acordei com o papel em minhas mãos e deitado em uma pedra onde havia ossos espalhados por todos os cantos, eu estava na tumba da minha família. Mas o que eu estava fazendo ali? Eu não poderia ter… Não eu não tinha morrido isto é maluquice.

Esperei até que anoitecesse e movi a pedra como quem tira uma pedra dos sapatos e fui de encontro a minha amada Anne.

Eu a encontrei caída no chão com uma estaca em seu peito, Anne já não estava mais viva. Com ela tinha um bilhete de onde encontrar o tal Marcus que era o seu irmão. Chorei muito por ela, eu sentia como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado, como se nunca mais eu pudesse viver. A deixei dentro da tumba da minha família e fui procurar o mais rápido que consegui o seu irmão.

Quando cheguei ao castelo depois de viajar quase a noite inteira, eu me assustei, nem com toda a imaginação que eu tinha eu conseguiria imaginar um castelo tão lindo e tantas pessoas belas juntas no mesmo local.

-Quem é você? Um dos vampiros que cuidavam dos muros me perguntou.

-Eu sou Vinicius, fui mandando aqui pela senhorita Anne Night. Eu disse para ele tentado com a possibilidade de sair correndo dali.

-Pode entrar o senhor Marcus logo chegara, e você poderá falar com ele. O guarda falou me encarando de cima a baixo.

Voltei a andar e entrei no castelo procurando o Marcus de quem tanto falavam.

-Você deve ser o Vinicius. Um homem alto de cabelos negros e olhos caramelo falou sorrindo sentado em um trono.

-Sim, e você é? Eu sei que eu não devia ter perguntado para ele e desta forma meio evasiva, mas eu estava assustado.

-Eu sou Marcus Night, vampiro ancião, irmão de Anne Night que acabo de receber a triste noticia de que morreu com uma estaca cravada em seu peito, uma das poucas formas de se matar um vampiro ancião. Ele disse com um sorriso maligno no rosto.

-Minha falecida irmã falava muito sobre você. Acredito que foi por isso que ela te poupou e te transformou em um de nós, pena que mesmo depois de tanto te manipular ela não pode curtir a criatura que ela tanto amava. Marcus falou ainda com aquele sorriso maligno no rosto.

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Marcus é aquele tipo de homem que mesmo não falando absolutamente nada de ofensivo faz você sentir medo de irritá-lo, eu começava a me perguntar o que eu estava fazendo ali.

-Você sabe quem te matou? Eu acenei com a cabeça que não. Foi o seu irmão, o Alexander, e eu não me surpreenderia se ele tivesse descoberto o que ela realmente é tivesse sido ele que a matou. Marcus falou e eu cai de joelhos no chão.

-Agora você é um vampiro e terá de se acostumar com isso, aprendera o seus limites e nos ajudara com a guerra que se aproxima. Marcus disse e eu fui levado para a minha nova vida.

***

-Ela foi o seu primeiro amor? Não precisa responder por que eu sei que ela foi, e geralmente esse amor sempre deixa fortes marcas que as pessoas carregarão para sempre, seria tolice achar que você não sentiria falta dela depois de tudo o que aconteceu e depois de tudo o que vocês dois passaram. Eu disse o mais rápido que pude, eu queria saber da verdade, mas também queria o privar da dor então preferi falar rápido antes que eu me arrependesse.

- Mesmo sabendo que ela havia me usado o tempo todo, esse foi o segundo pior momento da minha vida. Vinicius me disse aparentando estar realmente triste.

-Qual foi o primeiro? Eu perguntei curiosa querendo saber o máximo que eu pudesse.

-Foi quando você foi embora. Foi quando eu tive que dizer adeus para você depois de uma briga idiota que me deixou mal por vários anos. Esse foi o pior de todos os momentos da minha vida. Vinicius disse se aproximando de mim.

-Você realmente não devia dizer essas coisas por que… EU travei pensando no que eu estava prestes a falar, eu jamais revelaria a ele, eu jamais diria o que realmente sinto porque isso simplesmente nos atrapalharia.

-Por quê? Ele me perguntou e eu senti como se estivesse em um interrogatório que eu nunca conseguiria fugir, mas eu precisava tentar.

-Por que… Por que… Porque eu sei que não foi fácil para nenhum de nós dois e que a nossa separação acontecesse e não gosto de saber que você a considera o pior momento da sua vida. Eu falei me culpando por ter começado com essa estória, eu realmente deveria ter ficado com a boca calada e não ter dito coisas que eu realmente sabia no fundo do meu coração que me comprometeriam.

-É só isso que você realmente pensa? A nossa separação foi horrível, pois eu te amava e ainda te amo, mesmo com esse gênio difícil de domar que você tem, eu a amo e você simplesmente não gosta que eu diga que me senti mal por tudo o que aconteceu, e por tudo o que não foi resolvido. Você sabe por que eu aceitei te ajudar nessa maluquice de vingança? Fiz que não com a cabeça e ele continuou. Porque eu não quero que você se machuque, porque eu me preocupo com você porque quero poder estar perto de você. Vinicius falou sério o tempo todo e eu me senti estranha como se não estivesse mais o olhando e sim a outra pessoa.

***