Voldemorts Daughter

Capítulo 48 - Desconfiança


Capítulo 48 - Desconfiança

Não consegui me concentrar em nenhuma das aulas na sexta. Minha cabeça latejava e ainda ter que me preocupar com o que meu pai planejava não ajudava em nada. O próximo final de semana seria o passeio a Hogsmeade, mas eu não me sentia nem um pouco animada com isso.

Teria que falar com Harry ainda esse final de semana, sabia que ele não tinha colocado o próprio nome no cálice, mas tinha que escutar isso através de sua boca e olhando nos olhos dele. Não fui na aula de Astronomia a noite, fiquei no dormitório tentando juntar as pontas soltas dessa história mas não consegui, a única coisa que consegui foi fazer minha cabeça latejar mais do que o normal, por isso dormi antes que as meninas voltassem da aula.

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Sonhei com meu pai, ele estava falando com Rabicho.

- Harry foi selecionado é um dos campeões do Torneio Tribruxo, Crouch fez um ótimo trabalho. Fico feliz por estar aqui, filha. - a poltrona se virou para mim.

- Foi Crouch então?

- Sim. - Rabicho respondeu encolhido no canto da sala.

- Por que eu não consegui perceber isso? - encarei os olhos vermelhos de meu pai.

- Ah, você percebeu. - senti um arrepio na nuca e uma lembrança invadiu minha mente.

Estava no meio da ronda noturna e vi um vulto entrar no Salão Principal, naquela hora nenhum aluno deveria estar fora da cama. Segui o vulto para descobrir quem era, não passou pela minha mente tentar descobrir quem era antes de entrar no salão.

Abri a porta e Moody estava colocando um pergaminho no fogo do Cálice, sabia que era Crouch.

- O que está fazendo? - perguntei chamando a atenção dele para mim.

- Saberá na hora certa, milady.

- Estupore! - uma segunda voz chegou aos meus ouvidos e tudo escureceu.

Abri os olhos e olhei ao redor, estava em minha cama no dormitório as meninas dormiam em suas camas.

Tinha sido controlada, manipulada. Olhei o relógio, ele marcava cinco da manhã, cedo demais para sair andando pelos corredores da escola. Troquei de roupa e desci as escadas indo para o Salão Comunal.

- Dane-se as regras. - murmurei para o nada e saí dali. Subi as escadas que levavam para o Saguão de Entrada e com um toque da varinha a porta estava aberta, atravessei o jardim e parei na margem do lago.

Estava furiosa. Tinha sido manipulada e tinham tirado uma memória de mim, era por isso que eu não conseguia entender como o nome de Harry tinha ido parar no Cálice. Eu estava sendo usada como um fantoche pelo meu próprio pai até ontem.

Ele estava controlando minha mente, escolhendo as coisas que eu poderia me lembrar e fazer e as coisa que eu não podia.

- O que faz aqui, Katherine?

- Posso fazer a mesma pergunta, Severo.

- A marca me acordou, e você?

- Acordei sabendo que estou sendo controlada pelo meu pai. - respondi sem olhá-lo.

- Como? - me repreendi por ter falado demais, ou teria que inventar uma mentira muito boa ou contar a verdade para ele.

- Se lembra da minha mãe, certo? - ele assentiu. - Eu sei onde ela está.

- Pensei que o Lorde das Trevas tinha apenas compartilhado as memórias com você. - ele arregalou os olhos.

- Também. Se lembra quando eu estava de detenção por ter lançado uma azaração no Draco, e você tentou entrar na minha mente sem conseguir nada? - novamente ele assentiu. - Naquele dia eu tinha encontrado com a Luna. Anna me contou o paradeiro dela através de uma carta, essa carta acelerou o processo de sua morte. Luna está morando em Hogsmeade. - contei.

- E o que isso tem a ver com estar sendo controlada pelo Lorde das Trevas?

- Ele estava me controlando para tirar o feitiço que colocou na Luna, usando meu corpo e meus poderes para tirar esse feitiço de manipulação dela. - rezei para Merlin esperando que Severo acreditasse nessa mentira.

- Como se sente?

- Horrível, - me sentia horrível por estar mentindo para ele - furiosa, fraca e desprotegida. - já esses sentimentos era por ter me deixado ser controlada pelo meu pai.

- O que pretendia fazer? De verdade. - ele acrescentou as duas palavras antes que eu pudesse responder.

- Passar pelos feitiços que cercam a escola e ir atrás dele. - eu respondi, era essa a minha real intenção.

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- E por que não fez isso? Não faz sua cara parar.

- Uma batalha mental é frustrante demais e sempre dá uma dor de cabeça insuportável. E depois que meu pai voltou para o país, eu que acabo recuando. - respondi sinceramente, se eu fosse até Little Hangleton teria uma batalha mental com meu pai, que podia ser evitada.

- O Lorde das Trevas está tão forte assim?

- Está forte o sufuciente para me deixar fraca por alguns dias.

- Venha, vamos voltar para o castelo. Você parece estar mais calma e logo os monitores virão verificar os jardins. - ele falou se levantando depois de verificar a hora.

Segui ele até o interior do castelo, fui para o Salão Comunal e subi as escadas para o dormitório apenas para pegar um livro. Asha resolveu fazer companhia para mim e se enrolou em meu pescoço quando sentei em uma das poltronas em frente a lareira para passar as próximas duas horas.

Minha intenção era ler o livro mas meu pai invadiu minha mente.

- O que quer comigo? Vai me controlar novamente?

- Não, e eu não te controlei.

- Tirou uma memória minha sem permissão.

- Era algo que você ainda não deveria saber, Katherine. Você confrontaria Crouch e poderia estragar os planos. - ele falou soltando um suspiro pesado.

- Vai me contar agora quais são os seus planos? Colocar o Harry dentro do Torneio Tribruxo faz parte dos planos não?

- Sim.

- Vai me explicar seus planos?

- Venha me encontrar, Katherine. Explicarei o que planejo apenas quando estiver aqui. - ele falou cedendo. - Aconselho vir primeiro me encontrar antes de ir falar com a Luna.

- Estarei aí no próximo final de semana. - coloquei o escudo ao redor de minha mente e deixei o livro de lado. Tinha que pensar em como faria para ir até Little Hanglenton.

- Katherine! - Hermione me chamou no meio do corredor com um guardanapo cheio de torradas.

- Aonde vai Hermione? - perguntei parando e esperando ela me alcançar.

- Atrás do Harry. - ela respondeu dando de ombros. - Acho que ele não pretende descer para o café. - ela ergueu as torradas. - Acha que ele se inscreveu no Torneio como todos pensam? - ela perguntou olhando para mim incerta.

- Não.

- Acho a mesma coisa. - Hermione falou sorrindo para mim. - Vou trazer o Harry para cá e vamos... ahn, dar uma volta. - ela falou correndo até o quadro da Mulher Gorda. Ela nem precisou falar a senha, o quadro se abriu deixando Harry sair e os dois vieram se juntar a mim.

- Boa idéia. - Harry falou respondendo a uma pergunta de Hermione. - Bom dia, Kate.

- Bom dia. O que é uma boa idéia? - perguntei olhando para Hermione.

- Vamos dar uma volta, um lugar vazio de preferência. - Harry quem respondeu.

- Um lugar vazio e que ninguém conheça. Tenho um. - sorri para os dois. - Meu dormitório.

- Ok, vamos para lá. - Harry concordou.

Não paramos na sala como fazíamos sempre, fomos para o quarto e sentamos na cama em uma roda deformada. Com um aceno de varinha a janela estava aberta e entrava em vento gostoso, refrescando o quarto.

Eu e Hermione escutamos o que tinha acontecido depois que Harry deixou a mesa da Grifinória. Vi o alívio em seus olhos quando nós acreditamos em suas palavras.

- É claro que eu sabia que você não tinha se inscrito. - Hermione falou quando ele terminou de contar o que tinha acontecido na câmara vizinha ao Salão Principal. - A cara que você fez quando Dumbledore o chamou deixava muito claro! Mas a pergunta é, quem inscreveu você? Moody tem razão Harry, nenhum aluno teria capacidade de fazer isso. A não ser você, Kath. - ela olhou para mim pensativa. - Não, acho que nem você seria capaz de enganar o Cálice de Fogo e anular o feitiço de Dumbledore.

- Na verdade, eu seria capaz de fazer isso sim.

- Como? É impossível enganar a magia do Cálice.

- Usando as Artes das Trevas eu seria capaz de colocar o nome de Harry no Cálice sem nenhum problema. - dei de ombros. - O que eu quero dizer, é que seria fácil enganar o Cálice e anular o feitiço de Dumbledore usando Magia Negra.

- Não está tentando me matar, está Kate?

- Meu pai está, eu não. Não tenho nenhum motivo para matá-lo, Potter. - brinquei.

- Você viu o Rony? - Harry perguntou para Hermione, mudando de assunto.

- Vi... ele estava tomando café. - ela respondeu hesitante.

- Ele ainda acha que eu me inscrevi?

- Anh... bem, acho que não. - ela respondeu olhando para mim pedindo ajuda. - Não para valer.

- O que você quer dizer com não para valer?

- Harry, não está na cara? - eu e Hermione falamos juntas. - Rony está com ciúmes! - ela continuou.

- Com ciúmes? - Harry repetiu como se não acreditasse. - Com ciúmes do quê? Se ele quer fazer o papel de babaca na frente da escola inteira eu não me importo em trocar de lugar com ele.

- Harry, sempre é você que recebe todas as atenções, você sabe que é. Sei que não é sua culpa. - Hermione acrescentou vendo Harry abrir a boca indignado. - Sei que você não quer isso, mas bem... Rony tem todos aqueles irmãos competindo e fazendo sombra sobre ele em casa, e você é o melhor amigo dele e ainda por cima é famoso. Rony é sempre deixado de lado quando as pessoas vêem você e ele aguenta tudo sem reclamar, mas acho que essa vez foi demais...

- Ótimo, realmente ótimo! - Harry disse irritado e com amargura na voz. - Diga a ele que eu troco de lugar quando ele quiser. Diga a ele que o meu lugar está às ordens.

- Não vou dizer nada a ele. - Hermione falou com rispidez. - Diga você mesmo, é o único jeito de resolver isso.

- Não vou correr atrás dele para fazê-lo crescer! Talvez ele acredite que não estou me divertindo com tudo isso quando partirem meu pescoço e...

- Isso não tem graça. - Hermione falou baixo.

- Concordo com ela, Harry. - apoiei Hermione, aquilo não tinha a menor graça.

- Harry, você sabe o que precisamos fazer, não sabe?

- Sei, dar um bom chute no Rony...

- Escrever para Sirius. - Hermione o cortou. - Você precisa contar a ele o que aconteceu. Ele pediu para você mantê-lo informado sobre tudo o que estivesse acontecendo aqui, é quase como se ele esperasse que uma coisa dessas fosse acontecer.

- Nem vem, Mione! Ele voltou ao país só porque minha cicatriz doeu, ele invadiria o castelo se eu contasse que alguém me inscreveu no Torneio Tribruxo.

- Katherine, diga alguma coisa. - Hermione pediu.

- Sirius realmente gostaria de ficar sabendo sobre isso, Harry. Ele iria gostar de ficar sabendo sobre isso através de você. - eu falei.

- O que quer dizer?

Troquei um olhar com Hermione e revirei os olhos, Harry era tão tapado assim?

- Harry, você é famoso e o Torneio Tribruxo também. Acha mesmo que não sairá nada no Profeta Diário dizendo que Harry Potter foi um dos escolhidos para participar do Torneio?

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- Exatamente. Sirius realmente iria gostar de ficar sabendo por você. - Hermione acrescentou.

- Tá legal, vou escrever. - Harry cedeu. - Mas vou usar a coruja de quem? - perguntou depois de terminar de comer a última torrada. - Ele me disse para não usar Edwiges novamente.

- Pergunte ao Rony se você pode pegar... - Hermione começou.

- Não vou pedir nada a ele. - Harry a cortou.

- Pode usar a coruja do Draco, eu falo que precisei dela. - falei quando Hermione olhou para mim buscando ajuda novamente.

- Vou pegar uma das corujas da escola. - Harry falou negando minha sugestão.

- Pode usar um dos pergaminhos da escrivaninha na sala. - eu falei.

- Não vai com a gente até o corujal? - Hermione perguntou.

- Não, preciso falar com os fundadores. Desde o começo do ano e tenho adiado isso, já que estou aqui vou falar com eles. Fiquem a vontade. - eu falei me levantando da cama e me colocando em frente ao quadro. - Até mais. - eu falei para os dois antes de entrar no conhecido túnel.

- Já não era sem tempo, Katherine. - os quatro me olhavam sorrindo no meio da sala.

- Olá para vocês também.

- O assunto é importante, Kate. - Helga ficou séria diante minha ironia.

- Sei que é Helga, mas um cumprimento não custa nada, certo?

- Não, não custa. - ela deu de ombros.Depois de cumprimentos forçados e perguntas sem nenhum sentido entramos no assunto mais importante: meu pai.

- Salazar nos falou sobre os últimos acontecimentos. - Godric falou depois que eu estava sentada em uma poltrona. - Ele está ficando mais forte e está deixando você mais fraca do que o normal quando entra em sua mente, não?

- Sim. - eu respondi, pelo visto eles ainda não sabiam do fato dele estar me manipulando, por falta de palavra melhor.

- Nós chegamos na mesma conclusão que você, Katherine. Por ele não possuir um corpo próprio, seus poderes estão se concentrando em sua mente. Esse é a única explicação para ele fazer tanto estrago em você quando invade sua mente. - Rowena me olhou preocupada.

- Não é só isso. - eu os interrompi.

- Como assim?

Contei a eles o que eu tinha descoberto nessa manhã. Eles me escutaram em silêncio, mas quando eu terminei de falar, a raiva nos olhos fantasmagóricos de Salazar e Godric quase me fizeram encolher na poltrona, quase...

- Como ele ousa fazer uma coisa dessa? - Godric perguntou fechando as mãos em punhos.

- Katherine, como você conseguiu se controlar para não ir atrás dele e tirar satisfações? - Rowena perguntou também com raiva, mas ela e Helga estavam mais controladas do que Godric e Salazar.

- Eu não ganharia nada se fosse atrás dele, a não ser uma dor de cabeça irritante. - dei de ombros.

- Deveríamos ter ficado de olho em você.

- Não, não deveriam. Não sou nenhuma criancinha, Salazar. Posso me virar perfeitamente bem. - eu retruquei.

- Irá falar com ele no próximo final de semana? - Helga perguntou.

- Sim, pelo menos se tudo der certo. Caso alguma coisa saia errado... bem, eu dou meu jeito.

- E sobre Harry Potter? Como pretende ajudá-lo? - Godric perguntou, percebi que Helga fechou a cara.

- Não pensa da mesma forma que os alunos da sua casa, certo Helga?

- Não tenho nada contra Harry Potter querida, mas não gostei de saber que ele também foi escolhido para o Tribruxo. - ela deu ênfase no "também".

- Ele não teve culpa. Ainda não sei qual é o plano de meu pai mas boa coisa não é. - eu o defendi.

- Sabemos disso, Katherine. - Rowena falou sorrindo tranquilamente.

- Me desculpe querida, mas é meio injusto para os alunos de minha casa. - Helga se desculpou.

- Nenhum problema. - sorri para ela. - Respondendo sua pergunta Godric: eu não faço a menor idéia de como vou poder ajudá-lo.

- Vai descobrir alguma forma, querida. - Salazar me reconfortou. - Mas acho que você já passou tempo demais conosco. - os outros concordaram. - Nos mantenha informados, Katherine. - e eles sumiram me deixando sozinha.

Na semana que se passou, a desconfiança se espalhou pelo castelo. Para todos, Harry era apenas um intruso. Ele não era visto como um campeão de Hogwarts, todos tratavam Cedrico muito bem, mas observei como os amigos de Harry se afastavam dele, principalmente Rony.

Alunos da Lufa-lufa que antes não tinham nenhum problema com Harry, passaram a olhar torto para ele. Não podia repreendê-los, mas era irritante ver os efeitos colaterais do plano, ainda desconhecido, de meu pai.

Por Cedrico ser um dos campeões de Hogwarts, ele foi afastado do cargo de monitor-chefe. Amanda Seeley ficou com todas as responsabilidades, Cedrico voltou a ser um simples monitor e quando as tarefas se aproximassem ele não precisaria fazer a ronda noturna.

- Riddle! - ele me chamou na biblioteca na sexta-feira.

- No que posso ajudá-lo, Diggory? - fechei o livro e me virei para ele.

- É sobre aqueles broches que a Sonserina está distribuindo. - ele se sentou ao meu lado.

- Sabe que eu não posso fazer nada. - sabia que era sobre os broches que Draco tinha criado para irritar Harry, no começo era apenas alguns alunos da Sonserina mas dentro de dois dias metade da escola possuía um.

- Sei disso, já pedi para Amanda falar com os monitores da Sonserina mas não adiantou nada.

- Então, você pensou que se fosse eu falando com eles daria algum resultado?

- Pensei que os alunos da Sonserina escutassem você. - ele deu de ombros.

- Sou apenas uma quintanista, Diggory.

- Filha de você-sabe-quem. - ele acrescentou.

- Isso é um porém. E eu já falei com os alunos responsáveis pelos broches, eles não me escutaram. - eu falei. - Mas até mesmo você acha que Harry trapaceou para entrar no Torneio, não é mesmo?

- Não vejo outra forma dele ter entrado a não ser isso.

- Não seja tolo, Cedrico. Harry pode parecer um suicida, pode ser que ele realmente foi atrás de encrenca nos três últimos anos, mas acha mesmo que ele tentaria entrar nesse Torneio sabendo que as chances dele sair vivo são menores do que dez por cento? Acho que ele não seria tão suicida assim. Ele só tem catorze anos e passou por mais problemas do que você.

- Posso estar enganado, Katherine. - ele concordou comigo. - Olha, eu só não quero que mais da metade da escola fique contra ele.

- Nisso pensamos da mesma forma.

- Poderia tentar falar novamente com os alunos da Sonserina?

- Faço isso todas as noites. - não era mentira, tentava fazer Draco calar a boca sem ter que lançar uma azaração nele.

- Obrigado. - ele agradeceu se levantando. - Me desculpe se interrompi seus estudos. - ele indicou o pergaminho aberto na minha frente.

- Na verdade, eu já tinha terminado. - enrolei o pergaminho e guardei o livro que estava consultando. - Deveria voltar para o Salão Comunal da Lufa-lufa.

- Digo o mesmo para você. - ele falou sorrindo como se nós fossemos velhos amigos.

- A primeira ronda é minha. - retruquei.

- Bom, acho que eu já vou então. - ele sorriu e saiu da biblioteca.

Além do problema criado pelo Draco, tinha as aulas de DCAT com o quarto ano. O Moody falso usou a Imperius no Harry até que ele pudesse resistir completamente à maldição, assim como eu. Na quinta tivemos a última aula com o quarto ano.

Se Crouch sabia que eu estava ciente sobre o fato dele ter colocado no nome do Harry no Cálice, ele não demonstrou e eu também não falei nada.

A pesagem das varinhas dos campeões também foi nessa semana e no mesmo dia Rita Skeeter apareceu no castelo para uma reportagem sobre o Torneio. Meu sangue ferveu quando vi aquela mulher. Embora quase ninguém se lembre do que aconteceu há cinco anos, eu me lembro como se fosse ontem. Tudo bem que sem a ajuda da Alexia, Skeeter não conseguiria nada, mas mesmo sem a ajuda da Alexia ela tinha conseguido causar um grande estrago na minha vida. (N/A: Capítulo 13 - Revelação ao mundo. A matéria do Profeta, foi a Skeeter quem escreveu.)

Não poderia fazer muita coisa contra a Skeeter, mas adoraria se ela se explodisse ou alguma coisa do tipo...

Seria nesse final de semana que eu ficaria sabendo sobre os verdadeiros planos de meu pai.

Sábado amanheceu ensolarado, um ótimo dia para quem fosse ficar nos jardins do castelo ou fosse para Hogsmeade. Eu, pelo contrário, iria até Little Hanglenton encontrar com meu pai para ficar sabendo qual era o plano dele.

Júlia, Lexi e Rachel não poderiam ir para Hogsmeade, não tinham conseguido terminar o trabalho que Minerva e Sprout tinham passado. Mel e Bianca ficariam para ajudá-las e Alexia não estava animada para ir até o povoado. Graças a Merlin eu não precisaria inventar uma desculpa para dar a elas.

Depois do café da manhã eu saí do castelo sem nem esperar por uma carruagem.

Não sabia quanto tempo eu perderia com meu pai e gostaria de voltar para Hogsmeade para falar com a Luna, e talvez até tirar o feitiço que meu pai tinha lançado nela há quinze anos.

Assim que saí dos portões de Hogwarts entrei no meio do mato a beira da estrada e aparatei. Quando abri os olhos, não estava mais nos arredores de Hogwarts. Uma mansão se erguia na minha frente, a antiga mansão dos Riddle.