Voldemorts Daughter

Capítulo 35 - Hallowen


Capítulo 35 - Hallowen

Na semana seguinte, depois da conversa que tive com Valentine e com os fundadores, minha vida em Hogwarts mudou.

Durante o dia, eu assistia as aulas normalmente, depois nas noites de terça e quinta eu tinha os encontros com os fundadores e Valentine. Era estranho como eu era parecida com ela.

Em pouco tempo aprendi a manejar a adaga que um dia tinha pertencido a ela, e depois de mais algumas aulas consegui canalizar minha magia através da adaga. Antes do Hallowen eu já inha dominado tudo o que ela tinha para me ensinar, e também já estava sabendo sobre boa parte dos segredos das quatro famílias.

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Era estranho estar com ela e com os fundadores. Os fundadores eram só uma presença, uma memória guardada para sempre dentro dos muros do castelo, eles só apareciam quando eu pedia ou quando era necessário, eu não podia tocá-los apenas vê-los. Valentine era parecida, mas ela parecia ser mais real ao lado dos fundadores. Eu não podia machucá-la durante os nossos duelos e nem ela a mim, mas era como se ela fosse um fantasma um pouco mais sólido, já que eu podia tocá-la mas sua pele era translúcida como um fantasma.

Quanto minhas buscas na mente de meu pai, elas não me levavam a nenhum lugar. Não conseguia as respostas que queria e ainda ficava vulnerável. Todos os sábados era a mesma coisa. Eu ia até o Salão Principal, comia uma maçã ou alguma fruta que estivesse disponível na mesa e depois me encontrava com Snape em meu dormitório. Então eu começava a entrar na mente de meu pai, ficava nisso até umas três da tarde, era quando minhas forças diminuíam e eu desmaiava ou ele conseguia me expulsar de sua mente.

A única coisa que eu consegui descobrir depois de três ou quatro tentativas, foi que minha mãe ainda estava viva e que ele sabia onde ela estava, mas quando eu forcei nossa ligação para descobrir o paradeiro dela, ele me expulsou da mente dele e a bloqueou da melhor forma que ele conseguiu.

Depois disso, eu não conseguia mais entrar facilmente na mente dele e quando conseguia, ele mantia as informações sobre minha mãe longe do meu alcance.

Snape se recusou a continuar me ajudando depois que eu desmaiei três vezes no mesmo dia.

- Eu tinha concordado em ajudar você enquanto fosse uma coisa racional, Katherine. Essas suas buscas na mente do Lorde das Trevas está claramente te desgastando. - ele falou preocupado e irritado duas semanas antes do Hallowen.

- Quer dizer que não vai mais me ajudar? - eu perguntei.

- Não por enquanto. Descanse por um tempo, depois do Natal eu posso pensar em voltar a te ajudar. - ele falou me entregando uma poção.

Dumbledore, os fundadores e Valentine concordaram com ele, até mesmo o trio, os gêmeos e as meninas concordaram com ele.

- Você deveria ver como você está pálida e emagreceu depois que começou com isso. - Hermione falou e Bianca e Melanie concordaram com ela.

- Isso estava acabando com você, Kath. - Júlia falou.

- Você conseguiu descobrir que sua mãe ainda estava viva não é? - Harry perguntou.

- Sim, mas... - eu comecei.

- Katherine, seu pai pode não ser a melhor pessoa do mundo, mas se ele não quer deixar você descobrir onde sua mãe está, pode ser que tenha um bom motivo. - Rachel falou me cortando.

Suspirei derrotada. Não conseguiria continuar discutindo com eles e nem poderia me arriscar a continuar vasculhando a mente de meu pai sozinha.

Aceitei relutante o conselho de Severo. Iria descansar por um tempo, teria que esperar para saber se ele iria voltar a me ajudar.

Na primeira aula de Trato das Criaturas Mágicas que o terceiro ano teve, Hagrid, agora o novo professor da matéria, levou hipogrifos para a aula. Não sei dizer quem foi mais idiota, Hagrid por ter levado os animais, ou Draco por ser tão tapado em não ouvir o que Hagrid falou só para se aparecer.

Resultado disso tudo foi Draco com um braço enfaixado e Hagrid com um problema nas costas, pois Lucius não deixou quieto o fato que Draco se feriu e além do mais, na aula de Hagrid.

Tive que aguentar Alexia me perguntando por uma semana inteira se Draco iria ficar bem. Ela parou de perguntar quando eu gritei com ela depois que ela veio me perguntar pela milésima vez no mesmo dia se Draco estaria bem.

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No dia do Halloween as coisas foram bem diferentes. Os alunos a partir do terceiro ano, tiveram autorização para visitar Hogsmeade, coisa que não foi surpresa. Fui junto com as meninas já que eu não teria nada para fazer. Descobri mais tarde, já em Hogsmeade, através de Rony e Hermione que Harry não tinha conseguido a autorização de Válter Dursley para ir até Hogsmeade.

Não fiquei por muito tempo lá, voltei sozinha para o castelo algumas horas depois do almoço. Encontrei Harry vagando pelos corredores do castelo igualmente sozinho.

- Harry! - eu o chamei e ele se virou para mim surpreso.

- Não foi para Hogsmeade? - ele perguntou.

- Já voltei. Não estava com cabeça para ficar lá. - eu respondi.

- Ainda está pensando em entrar na mente de seu pai para conseguir o resto das respostas? - ele perguntou.

- Sim, mas não hoje. Não estava afim de ficar andando por Hogsmeade no meio de mais da metade dos alunos de Hogwarts. - eu falei. - O que fez nas últimas horas? - eu perguntei.

- Lupin fez uma xícara de chá para mim e fiquei conversando com ele por algum tempo. Até o Snape entrar com um cálice cheio de alguma coisa que fazia o cálice fumegar. E depois que ele tomou eu saí. - ele falou. Sem que eu percebesse tinhamos andado até meu dormitório. - O que estamos fazendo na frente desse quadro? - Harry perguntou.

- Tinha esquecido que você e os outros ainda não sabiam sobre esse lugar. - eu falei sorrindo. - Voldemort. - falei para o quadro e ele se abriu.

- Voldemort? - ele perguntou.

- É a senha. - eu falei dando de ombros e indicando a passagem para ele.

- Que lugar é esse? - ele perguntou.

- Meu dormitório particular. - eu falei sorrindo.

Ele olhou ao redor e riu.- É bem sua cara. - ele falou. - Mas, Kate... - ele começou se sentando em uma das poltronas. - O que você acha tinha no cálice que o Snape levou para o Lupin? - ele perguntou.

- Não faço a mínima idéia. - eu respondi me sentando de frente para ele.

- Acha que ele estava tentando matar o Lupin? - Harry perguntou.

- Não mesmo. - eu respondi rapidamente. - Não na sua frente, isso eu garanto. - eu sorri para ele. - Mas sobre o que conversaram? - eu perguntei curiosa.

- Se lembra quando eu contei para você sobre a aula do bicho-papão? - ele perguntou para mim.

- Sim.

- Eu perguntei para ele o motivo de ele não ter deixado eu enfrentar o meu. - ele falou.

- E... o que o Lupin respondeu?

- Ele disse que pensou que meu bicho-papão poderia se transformar no Voldemort. - Harry respondeu. - O que me surpreendeu, foi que ele usou o nome. Ele não parou antes de falar o nome. - Harry falou mostrando total surpresa.

Não fiquei tão surpresa. Sabia que os membros da Ordem da Fênix usavam o nome escolhido por meu pai e não outro nome como 'Você-Sabe-Quem' entre outros.

Mudei de conversa depois de alguns minutos e continuamos conversando por mais algumas horas.

Depois do jantar que as coisas aconteceram. Mal tinhamos voltado para o Salão Comunal quando o monitor da Sonserina entrou apressado e gritou ordens para nós voltarmos para o Salão Principal porque alguma coisa tinha acontecido no sétimo andar.

Olhei para as meninas que me olhavam como se esperassem minhas ordens.

- Vão na frente. - eu falei subindo até o dormitório. - Asha! - eu a chamei. A porta se abriu atrás de mim e Alexia, Bianca, Melanie, Júlia, Lexi e Rachel entraram. - Eu não falei para vocês irem na frente? - eu perguntei pegando Asha e a colocando em meu pescoço.

- Veio pegar ela? - Alexia perguntou dando um passo para trás quando eu me aproximei da porta.

- Sim. - eu respondi antes de começar a falar com Asha. - Querida, quero que você vá até o Harry e pergunte para ele o que foi que aconteceu. Pode ser que eu possa ajudar. - eu falei para ela antes de sair do Salão Comunal. Com um feitiço simples que Valentine tinha me ensinado, transportei Asha até onde Harry estava.

Antes que eu chegasse até a escadaria que levava até o Salão Principal, já estava sabendo o que tinha acontecido. Sirius Black tinha invadido o castelo.

Com Asha novamente em meu pescoço, procurei pela mente de Snape dentro do castelo. Assim que ele percebeu que eu que estava tentando entrar em sua mente ele autorizou.

- O que você quer, Katherine? - ele perguntou.

- Quero ajudar. - eu falei.

- Não. - ele foi grosso.

- Eu posso ajudar, Severo. - eu falei.

- Estou no Salão Principal. Me encontre aqui. - ele falou me tirando de dentro da mente dele.

Bufei irritada. Fui até o Salão Principal para receber a mesma resposta. Porém...

- Deite-se longe das meninas da Sonserina e perto de Potter. Talvez você precise protegê-lo se alguma coisa acontecer. - ele falou baixo apenas para mim ouvir. - E fique perto da porta. Dumbledore disse que talvez venha buscar você para ter sua ajuda e dos fundadores. - ele acrescentou a última parte em minha mente.

Assenti e fui para longe dele.

Quinze minutos depois, eu já estava deitada longe das meninas da Sonserina e praticamente ao lado da porta. Harry, Rony e Hermione estavam a alguns metros de mim.

De hora em hora um professor entrava no Salão para verificar como as coisas estavam ali. Era quase três da manhã quando Dumbledore entrou no Salão e foi falar com Percy Weasley que estava andando entre os alunos e ralhando com outros que ainda continuavam acordados conversando. Alguns minutos depois, Snape entrou e foi se juntar a Dumbledore e Percy.

- Katherine, ainda está acordada? - ele perguntou na minha mente.

- Não. Estou dormindo. - eu respondi sarcástica.

- Muito engraçado. Saia do Salão e espere por mim do lado de fora. - ele falou e eu me levantei devagar, como Percy estava de costas, foi fácil sair depois de lançar um feitiço de desilusão em mim.

Alguns minutos depois Dumbledore saiu do Salão.

- Vou sair para falar com os dementadores. Severo irá falar com você. - ele se dirigiu a mim e depois desceu as escadarias rápido e silenciosamente.

- Katherine. - Snape me chamou saindo do Salão e fechando a porta atrás de si.

- O que foi? Escutei você falando que não tinham encontrado nada. - eu falei.

- E não encontramos mesmo. Quero saber se os fundadores não viram nada que possa nos ajudar. - ele falou.

- Posso falar com eles, mas eles não são fantasmas, Severo. - eu falei fechando os olhos já me concentrando nos fundadores.

- Não sabemos de nada, Katherine. - Salazar falou antes que eu pergutasse qualquer coisa.

- Mas, você deveria fazer uma última viagem até a mente de seu pai. Vai descobrir que Sirius Black não é o culpado de tudo. - Rowena falou antes que eu deixasse eles se afastarem da minha mente.

- E então? - Severo perguntou quando eu abri os olhos.

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- Eles não sabem de nada. - eu respondi.

- Você não tem nenhuma idéia? - ele perguntou.

- Não. Mas me responda uma coisa, vocês verificaram a Floresta Proibida? - eu perguntei.

- Não. Não teríamos como.

- Poderiam usar os dementadores, eles não estão tão anciosos para encontrar o Black? - eu perguntei.

- Dumbledore nunca aceitaria isso, Kate.

- Ele poderia estar na Floresta. - eu falei dando de ombros. - Posso voltar para dentro? - eu perguntei indicando a porta fechada do Salão.

- Claro. - ele falou abrindo a porta para mim apenas o suficiente para que eu entrasse no Salão.

Antes que Percy percebesse eu já estava dentro do Salão novamente e a porta já estava fechada. Minutos depois eu já estava entrando no mundo dos sonhos.